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Channel: MENTIRAS CONTRA A IGREJA CATÓLICA
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UMA CARTA A NATHANIEL - PORQUE ME TORNEI CATÓLICO

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Meu querido Nathaniel, 


Hoje é dia 23/07/2013. Enquanto escrevo essas linhas ainda te encontras no ventre de tua mãe, Camila. Tu, meu filho, és um dos grandes eventos deste ano de 2013. Esperamos-te com anseio e alegria, já crendo que o Senhor te fará um profeta de sua graça para este país. Meu desejo é que não te demores, mas, por outro lado, que fiques o tempo necessário da gestação, pois tua saúde é mais importante.


Resultado de imagem para recém nascidoO segundo grande evento, meu filho, é que depois de muito estudar, pensar, refletir e pesar na balança da consciência, papai decidiu não resistir mais à graça de Deus e deixou de ser protestante, tornando-se assim Católico Romano. Sei que nada sabes da repercussão que uma decisão destas acarreta e que nascerás no mesmo lar cheio de amor e da presença de Deus, mas encontrarás fatos novos, concepções diferentes das que antes teu pai possuía.

Resultado de imagem para banquete do cordeiroÉ como se agora chegasse a plenitude da vida religiosa de teu pai, meu filho. Não participo mais de uma realidade incompleta e insuficiente da fé cristã. Agora tudo está completo. O banquete do Cordeiro não é só um memorial, mas é a presença real de Cristo. As autoridades constituídas por Deus, por meio de Cristo e dos apóstolos, encontram sua sucessão no Santo Padre Francisco e nos bispos espalhados pelo mundo inteiro. Descobrirás que tens um enorme número de irmãos que já estão santificados no seio de Deus Pai, aquela nuvem de testemunhas de Hebreus 11, que nós aqui chamamos de “santos” e que são por nós venerados, porém nunca adorados. Enfim, encontrarás vários elementos genuínos da fé cristã que foi crida e desenvolvida ao longo de 2000 anos de igreja e dela farás parte. Não anseio somente pelo teu nascimento físico, mas pelo teu nascimento espiritual por meio do batismo. Sim, filho, papai realmente se tornou católico.

Resultado de imagem para scott hahnDescobrirás que és filho de um homem que seguiu o mesmo caminho de John Henry Newman, G. K. Chesterton, Scott Hahn e tantos outros. Como eles, papai foi chamado de traidor, herege ou de incrédulo por seus irmãos protestantes, e pela nossa nova família na fé, a Igreja Católica, provavelmente seremos tomados por estranhos. O que é normal dado o percurso percorrido. Mas nada na vida é unanimidade, meu filho, exceto o amor de Deus por nós e o amor que eu e tua mãe temos por ti e por teus irmãos.

Então, tem coragem, o futuro muito nos promete com a graça de Deus. Como te disse, não demores, estamos à tua espera.

Do teu pai, que te ama.

Gustavo Abadie, em seu facebook viva Jesus Cristo em sua Plenitude
Fonte: Diário Alexandrino


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QUEIMA DE ARQUIVO???? SOMBRA MORREU!

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Morreu Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, principal personagem do assassinato de Celso Daniel.

Ele estava internado há uma semana no hospital Montemagno, em São Paulo, onde tratava de um câncer. Roberto Podval, advogado de Sombra, não soube dizer a causa da morte. Resultado de imagem para morre o sombra

Sombra foi acusado pelo MP de encomendar o assassinato de Celso Daniel, mas sempre negou o crime. Ele chegou a ser condenado por liderar o esquema de cobrança de propinas de empresas de transporte para abastecer o PT.

A Promotoria acusou o empresário de mandar matar Celso Daniel quando o então prefeito resolveu dar um fim no esquema. Sombra, que era seu amigo, sempre negou participação no crime. Ele foi sócio de Ronan Maria Pinto, preso na Lava Jato.

Falhas processuais levaram à anulação de toda a fase de instrução e o caso seria retomado agora. Até hoje, oito pessoas ligadas ao caso morreram em diferentes circunstâncias.

ROSÁRIO LUTERANO? SIM, É ISSO MESMO QUE VI PUBLICADO EM SITE LUTERANO

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Pois é, gente. O site foi abandonado e está em vias de ser extinto. Quem quiser vê-lo antes que se expire, acesse AQUI



EL ROSARIO LUTERANO


 

Algunos han acusado al luteranismo como un movimiento de reforma que dejó a un lado a la Virgen María y las devociones. Esto es totalmente falso ya que el padre Martín Lutero siempre profesó y enseñó un gran amor a la Madre de Dios, eso sí dándole el lugar que ella misma ha querido tener, el de ejemplo para nosotros los cristianos en el seguimiento de Jesús y como intercesora ante el Señor.
Es por esto que nuestra tradición luterana también tiene un Rosario en el cual meditamos los misterios orando a Jesús acompañados por la Bienaventurada Virgen María. Esta oración rescata tradiciones muy antiguas anteriores a las innovaciones que la Iglesia Católica Romana introdujo.

Manera de rezar el Rosario Luterano:

  1. Besar el crucifijo (opcional); Sosteniendo el crucifijo, diga la Invocación y hacer la señal de la cruz; Sosteniendo el crucifijo, diga el Credo de los Apóstoles. 
  2. Sosteniendo la primera cuenta, diga el Padre Nuestro.
  3. En cada una de las próximas tres cuentas, diga la Oración de Jesús.
  4. En la cadena, diga la Doxología.
  5. En la cuenta grande, diga el Padre Nuestro y reflexione sobre el primer misterio.
  6. En cada una de las próximas diez cuentas, diga la Oración de Jesús, reflexionando sobre el primer misterio.
  7. Sosteniendo la cadena, diga la Doxología.
  8. (Repita los pasos 5-7 para cada misterio, se mueva alrededor del rosario)
  9. Sosteniendo la medalla, diga una oración desde el corazón, la Ave María pre-Trento, parte del Magníficat, o la alabanza evangélica de Martín Lutero a la Madre de Dios.
  10. Sosteniendo el crucifijo, termina con la Invocación y hacer la señal de la cruz, besar el crucifijo (Opcional) 
Invocación:En el nombre del Padre, y del Hijo, y del Espíritu Santo. Amén. 
Credo Apostólico:
Creo en Dios, Padre todopoderoso, Creador del cielo y de la tierra. Creo en Jesucristo, su único Hijo, nuestro Señor, que fue concebido por obra y gracia del Espíritu Santo, nació de Santa María Virgen, padeció bajo el poder de Poncio Pilato, fue crucificado, muerto y sepultado, descendió a los infiernos, al tercer día resucitó de entre los muertos, subió a los cielos y está sentado a la derecha de Dios, Padre todopoderoso. Desde allí ha de venir a juzgar a vivos y muertos. Creo en el Espíritu Santo, la santa Iglesia católica, la comunión de los santos, el perdón de los pecados, la resurrección de la carne y la vida eterna. Amén.

El Padre Nuestro:
Padre nuestro, que estás en el cielo, santificado sea tu Nombre; venga a nosotros tu reino; hágase tu voluntad, en la tierra como en el cielo. Danos hoy nuestro pan de cada día; perdona nuestras ofensas, como también nosotros perdonamos a los que nos ofenden; no nos dejes caer en la tentación y líbranos del mal. Amén.

La Oración de Jesús:
Señor Jesucristo, Hijo de Dios, ten piedad de mi, pecador/a.

La Doxología:
Gloria al Padre, y al Hijo, y al Espíritu Santo.
Como era en el principio, ahora y siempre, y por los siglos de los siglos. Amén.
  
El Ave María Pre-Trento:
Dios te salve, María; llena eres de gracia; el Señor es contigo; bendita Tú eres entre todas las mujeres, y bendito es el fruto de tu vientre, Jesús.

Parte del Magníficat:
Proclama mi alma la grandeza del Señor, se alegra mi espíritu en Dios mi Salvador, porque ha mirado la humildad de su esclava. Desde ahora me felicitarán todas las generaciones, porque el poderoso ha hecho obras grandes por mí; su nombre es santo y su misericordia llega a sus fieles, de generación en generación. (Lc 1, 46-50)

La Alabanza Evangélica de la Madre de Dios:
Oh Bendita Virgen, Madre de Dios, qué gran consuelo ha mostrado Dios en ti, al tan bondadosamente considerarte, aún tan inmerecida y humilde. Esto nos anima a creer que desde entonces Él no nos desampara a nosotros pobres y humildes, sino que bondadosamente nos considera también, de acuerdo a tu ejemplo. (Obras de Lutero, vol.21, p. 323)

Los Misterios:

Los cinco misterios gozosos (lunes y jueves):
La Anunciación (Lucas 1: 26-33, 38)
La Visitación (Lucas 1, 39-45)
La Natividad (Lucas 2: 6-12)
La Presentación (Lucas 2: 25-32)
El Niño perdido y hallado en el Templo (Lucas 2: 41-50)

Los cinco misterios dolorosos (martes y viernes):
La Agonía en el Huerto (Lucas 22: 39-46)
La Flagelación (Marcos 15: 6-15)
La Coronación de Espinas (Juan 19: 1-8)
Jesús con la Cruz (Juan 19: 16-22)
La Crucifixión (Juan 19: 25-30)

Los cinco misterios gloriosos (miércoles, sábado y domingo):
La Resurrección (Marcos 16: 1-7)
La Ascensión (Lucas 24: 45-53)
La Venida del Espíritu Santo en Pentecostés (Hechos 2: 1-7, 11)
La Comunión de los Santos (1 Cor. 12: 23-27)
La Jerusalén celestial (Ap 21: 1-4, 22-27)


Fonte: PADRE CRISTIAN - (Em via de extinção)

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OS "BLOGS SUJOS" PRÓ-PT PERDEM A MAMATA

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JORNALISTAS DE MERDA PERDEM A MAMATA: Temer suspende patrocínio de R$ 11 milhões para blogs políticos

(18/06/20160)

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O governo previa gastar este ano mais de R$ 11 milhões com patrocínios em sites de política. Após a posse do presidente interino, Michel Temer, no dia 13 de maio, essas despesas tiveram seu pagamento suspenso em junho. A justificativa para a suspensão dos contratos, segundo fontes do Palácio do Planalto, é que o dinheiro público estava abastecendo blogs de opinião, o que, na avaliação da nova gestão, contrariava o interesse público.

O campeão de patrocínio federal, sob a gestão da presidente afastada, Dilma Rousseff, era o site Brasil 247, idealizado pelo jornalista Leonardo Attuch, cuja previsão de patrocínio para este ano somava R$ 2,1 milhões. No documento que o GLOBO teve acesso, 19 sites recebiam patrocínio do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Petrobras, Ministério da Justiça, Ministério da Previdência Social, Ministério da Educação e Ministério da Saúde.

Já o jornalista Luis Nassif, idealizado do site GGN, receberia até o fim do ano R$ 1,15 millhão. Em terceiro lugar estava o Diário do Centro do Mundo (DCM), dirigido pelo jornalista Paulo Nogueira, com previsão de receber R$ 1,11 milhão este ano. Também recebiam patrocínios de estatais e ministérios os sites Conversa Afiada, Carta Maior, Esmael Morais, O Cafezinho, Opera mundi, Viomundo, Pragmatismo Político, Revista Forum, Sul 21, Carta Capital e Sidney Rezende.




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EVANGÉLICO MUITO CONHECIDO NA INTERNET VIRA CATÓLICO

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A maioria de vocês me conhece como um cristão protestante “de carteirinha”. Não tanto como um daqueles “crentes” típicos, isto é, moralista, fundamentalista (na pior acepção da palavra) e às vezes inconvenientemente proselitista. 


Sempre fui um cristão discreto (até demais…) ou mesmo tímido, mas essa discrição e essa timidez têm sido compensadas, nos últimos anos, por uma intensa participação em listas de discussão e em comunidades no Orkut.


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E essas minhas participações fizeram-me um evangélico razoavelmente conhecido na Internet, ou pelo menos em um grupo relativamente grande de amigos e conhecidos evangélicos. O fato de muitas pessoas me conhecerem — umas mais, outras menos — como um protestante atuante e “engajado” é o que me obriga, por uma questão de honestidade, a vir a público dar-lhes uma notícia que para muitos (talvez para a maioria) de vocês poderá ser decepcionante, revoltante até, mas que eu preciso comunicar, até por um dever para com a minha própria consciência e com Deus.
Sem mais delongas, quero lhes comunicar minha decisão de me tornar católico apostólico romano. Não se trata de uma decisão súbita, ao contrário, é fruto de um processo que se iniciou há pelo menos cinco anos.

Resumidamente, para quem não conhece, vou contar minha trajetória religiosa até aqui. Eu nasci numa família protestante. Meus pais eram — e são até hoje — membros da Igreja Presbiteriana do Brasil, igreja onde fui batizado e fiz profissão de fé. Durante boa parte da minha adolescência, freqüentei uma igreja pentecostal conservadora. Com a morte da dirigente dessa igreja (que era minha tia), os membros se dispersaram, e eu então me tornei membro da igreja batista, onde congreguei por cerca de 3 anos, de onde saí para freqüentar, por poucos meses, uma pequena comunidade evangélica no bairro de Botafogo. Então com 24 anos, ingressei na faculdade de filosofia, o que fez com que eu me afastasse da igreja (embora não de Deus) por certo período, durante o qual eu pude refletir criticamente sobre a minha experiência como cristão.

Ao fim do curso, escolhi como tema da minha monografia um pensador religioso chamado Søren Kierkegaard (1813-1855), que era luterano. O estudo do pensamento desse filósofo, que é considerado “o pai do existencialismo”, com sua perspectiva cristã ao mesmo tempo bíblica e original, reacendeu minha fé e eu então me tornei membro da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil. Mas, por causa da minha formação em filosofia (que continuou até o mestrado), desde que voltei a freqüentar a igreja (em 2002) eu sempre estive refletindo sobre a fé, sobre igreja (a fé institucionalizada) e sobre a religião em geral. Esse processo de reflexão, aliado ao princípio tipicamente protestante do “livre exame da Bíblia” (que alguns católicos chamam um tanto impropriamente de “livre interpretação”), levou-me a uma fé bastante subjetiva e racionalista (embora muitas vezes esse racionalismo se confundisse com fideísmo, certamente pela mania tipicamente racionalista de separar fé e razão). Esse subjetivismo e esse racionalismo por fim me levaram ao liberalismo teológico, não o liberalismo vulgar e irresponsável que muitos “teólogos” têm defendido hoje em dia, mas o liberalismo clássico.

Em outras palavras, embora eu reconhecesse a importância (e mesmo a imprescindibilidade) da Igreja e dos princípios básicos e tradicionais da fé cristã, passei a interpretar esses princípios de forma excessivamente racionalista (mais precisamente como “princípios morais”, ao modo de Kant), e essa postura fez com que minha fé se apagasse novamente (Obs.: não foi à toa que o liberalismo teológico nasceu e se desenvolveu em contexto luterano.). Mas, ao longo desse percurso, eu mantive uma “relação de amor e ódio” com o catolicismo. Essa relação começou praticamente junto com minha aproximação do luteranismo, visto que Lutero nunca rompeu totalmente com a igreja católica (ao contrário de Calvino, por exemplo), e que a igreja luterana conserva até hoje muito da liturgia e até da teologia católicas (particularmente no que diz respeito ao sacramento da Eucaristia ou Santa Ceia).

Por isso, à medida que eu me aproximava do catolicismo, conhecendo sua profundidade teológica e sua própria trajetória histórica (que indubitavelmente remonta a Cristo, aos Apóstolos e aos primórdios da Igreja cristã), minhas raízes protestantes enchiam-me de “ódio” por essa religião “idólatra”, por esse “cristianismo pervertido”, por esse “paganismo mal disfarçado”. E então eu me envolvia em inúmeras discussões com católicos, como que querendo, inconscientemente, convencer a mim mesmo de que o catolicismo estava errado e de que o protestantismo é que estava certo. Mas ao mesmo tempo em que eu ia tendo contato com o pensamento e com os consistentes argumentos católicos, eu ia constatando o subjetivismo e a mixórdia que infelizmente caracterizam o universo protestante, com suas incontáveis igrejas e profissões de fé, com as muitas variações entre um grupo protestante e outro. Como a doutrina de Cristo e dos Apóstolos poderia variar tanto? Como cada cristão poderia ter o direito de crer de acordo com o seu talante e de acordo com a sua própria interpretação (ou de acordo com a interpretação do fundador da sua igreja)? O subjetivismo e a variabilidade indicavam que alguma coisa estava errada, que a religião legada por Cristo e pelos Apóstolos haveria de ter permanecido incólume com o passar do tempo, sem estar sujeita ao arbítrio dos homens. E se há uma igreja que remonta a Cristo e aos Apóstolos, em que o subjetivismo simplesmente não existe, e onde uma autoridade visível (o Magistério) sempre foi e será responsável pela salvaguarda da fé, essa igreja só pode ser a igreja católica apostólica romana, essa igreja que não está sujeita às intempéries da história, nem aos modismos de cada época, nem aos gostos dos fregueses.

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Barrie Schwortz: o descrente especialista em
fotografia que se rendeu à evidência: o Santo
Sudário
Ninguém pode negar que a história da Igreja Católica é manchada por episódios tristes, pela atuação de homens desonestos. Mas é necessário compreender que, se os homens da Igreja são pecadores, ela, em si mesmo considerada, é santa; é humana, mas também é divina. Seus membros são pecadores e humanos, mas a Igreja é santa e divina por causa da sua origem. E é precisamente esse o ponto em que o meu liberalismo teológico e minha atração pelo catolicismo se encontraram, como que numa encruzilhada. Se o meu liberalismo estivesse correto, isto é, se Jesus Cristo não fosse Deus em carne e osso (conforme ensina a fé cristã bíblica e tradicional), mas fosse apenas um mestre espiritual ou moral, então a questão sobre a igreja verdadeira perderia todo o sentido. Cada um poderia seguir individualmente o “mestre” Jesus, ter a sua própria “experiência” com ele, e isso bastaria.

Mas se, ao contrário, Jesus foi de fato Deus em forma humana (e esse é o cerne da fé cristã), então saber qual a Igreja que Ele (isto é, Deus em pessoa!) de fato fundou passa a ser uma questão crucial. E por mais que os protestantes se recusem a admitir, é histórica e logicamente inegável que essa Igreja é a Igreja católica, apostólica e romana, onde os sucessores dos Apóstolos foram incumbidos de preservar a doutrina revelada. E a verdade é que eu cansei de lutar contra as evidências, de lutar contra mim mesmo. Cansei de seguir simplesmente o meu próprio entendimento (Prov. 3,5), de ser pretensioso e orgulhoso ao ponto de achar que posso dispensar a experiência, o conhecimento e a autoridade daqueles que são os sucessores dos Apóstolos escolhidos por Cristo; que a minha compreensão da fé cristã é equivalente (quiçá superior!) à do Magistério; que a Igreja que Cristo fundou e cujo governo confiou aos Apóstolos (que evidentemente deveriam ter sucessores legítimos, visto que não poderiam viver eternamente!), e à qual prometeu acompanhar “até a consumação dos séculos” (Mt. 28,20), vagou perdida e equivocada por longos 1.500 anos, até que Lutero e os demais reformadores a “resgatassem”; enfim, cansei de lutar contra mim mesmo e contra Deus. (Obs.: talvez o meu liberalismo tenha sido uma última e desesperada tentativa de rechaçar o catolicismo, pois se Jesus não fosse Deus em forma de homem, então o catolicismo estava errado e eu não precisaria me preocupar mais com ele…)

Não estou aqui querendo julgar nenhum de vocês, nem poderia fazê-lo. Os que, dentre vocês, já são católicos, hão de me compreender e, presumo, de me felicitar. E os que são evangélicos eu espero que me compreendam da melhor forma possível, e que não se afastem de mim nem deixem de ser meus amigos por causa dessa minha decisão. Até porque não só por causa da minha origem protestante, mas também em consonância com o chamado da Igreja católica (particularmente na pessoa do atual Papa), vou continuar me empenhando no diálogo ecumênico, e talvez fazê-lo com mais dedicação ainda.

Finalmente, sei que estou correndo alguns riscos ao me expor dessa forma a tantas pessoas. Risco de ser incompreendido, de me tornar objeto de repulsa ou de chacota, e até de me transformar de amigo em inimigo. Mas eu simplesmente não poderia esconder dos amigos uma decisão de tal importância (a não ser que eu sumisse da Internet, trocasse os números dos telefones, enfim, desaparecesse, só para não ter que dar satisfações a ninguém…).

Há ainda várias razões pelas quais eu decidi me tornar católico. Uma delas é fato da Igreja católica ser o único porto efetivamente (e não aparentemente) seguro em meio ao relativismo filosófico, religioso e moral que grassa nos nossos dias.

Passei, então, a partir disso, a ter contatos com católicos no intuito de efetivar minha admissão na Igreja fundada por Cristo. Conversei com alguns leigos, tive direção espiritual com o Pe. Carlos Nogueira, LC, então diácono dos Legionários de Cristo, no Rio de Janeiro, e uma entrevista com o meu novo Bispo, D. Rafael Llano Cifuentes, da Diocese de Nova Friburgo, à qual pertenceria, uma vez convertido. Fui então, sendo preparado, para incorporar-me, externa, definitiva e formalmente, à única Igreja de Jesus, Nosso Senhor.

Resultado de imagem para confissão dos pecadosA partir de então, dediquei boa parte do meu tempo à formação doutrinária e um fortalecimento da amizade com Cristo, fazendo, inclusive, um extenso exame de consciência que me iria preparar à minha primeira Confissão geral de todos os meus pecados mortais. Confessei-os no dia 14 de dezembro de 2007, uma sexta-feira, dia penitencial por excelência (o que já se mostrou um sinal).

Minha confissão, embora árdua, foi uma bênção. Foi, acredito eu, como deveria ser: confessei meus pecados todos oralmente, o padre usou sua estola, ouviu atentamente a minha confissão, concedeu-me o perdão mediante a fórmula devida, e por fim prescreveu-me a penitência.. A certeza da reconciliação com Deus e com Sua Igreja, assim como a paz que advém dessa certeza, é algo inestimável! Louvado seja o santo nome do Senhor Jesus Cristo!

No dia 16 de dezembro de 2007, III Domingo do Advento, pela maravilhosa graça de Deus, por Sua infinita bondade e pela intercessão da Santíssima Virgem Maria, fui admitido na plena comunhão da Igreja Católica, por meio da Profissão de Fé e da Primeira Comunhão. A cerimônia, rigorosamente de acordo com o que determina o RICA (Ritual de Iniciação Cristã de Adultos), foi singela, como eu também esperava que fosse. A alegria de poder dizer publicamente “Creio e professo tudo o que a santa Igreja católica crê, ensina e anuncia como revelado por Deus” foi indescritível, e a experiência da Primeira Comunhão também ficará para sempre na minha memória.

Por quanto tempo eu andei errante, seguindo tão-somente aquilo que eu achava que era a verdade?! Por quanto tempo eu acreditei que tinha o direito de julgar tudo e todos com base em critérios eminentemente subjetivos, isto é, em critérios que me pareciam ser razoáveis?! Nos últimos tempos, esse subjetivismo havia me levado a uma fé fria, em pouco ou em nada diferente de um humanismo ou de uma moralidade de feitio kantiano, uma deplorável mistura de relativismo e liberalismo teológicos que eu tentava mitigar professando exteriormente uma fé conservadora da qual intimamente eu duvidava.

Mas algo em mim não deixava meu intelecto em paz, algo me dizia que aquele estado de indefinição, de permanente suspensão de qualquer juízo definitivo, não poderia ser aquilo que Deus planejou para mim. A verdade não poderia ser uma meta inatingível, nem algo que cada um pudesse ou devesse estabelecer de acordo com o seu próprio arbítrio. Algo me dizia que eu estava perdido em meio às minhas elucubrações, mas eu não tinha forças para sair daquela areia movediça em que eu mesmo me coloquei. Às vezes parecia que eu tentava fazer como o Barão de Munchausen, ou seja, tentava sair do atoleiro puxando eu mesmo o meu próprio cabelo… Mas eu sabia, havia tempos, que a verdade deveria ser buscada em algo maior do que eu, em algo que não dependesse do arbítrio de nenhum ser humano e que não estivesse sujeito às intempéries do tempo. Eu já sabia que a verdade só poderia ser encontrada na Igreja, isto é, naquela Igreja fundada pelo próprio Deus em carne e osso (Nosso Senhor Jesus Cristo!), cuja chefia Ele confiou aos Apóstolos e especialmente a Pedro, os quais, por causa dessa incumbência especialíssima, deveriam ter seus legítimos sucessores. Mas o meu orgulho e a minha presunção impediam-me de admitir essa verdade, e por isso meu intelecto ficava se debatendo, pois eu sabia que a verdade só pode ser encontrada num único lugar, nesse lugar onde todo intelecto pode, enfim, repousar, nesse verdadeiro porto seguro, onde fé e razão podem se entrelaçar perfeitamente, onde não há espaço para voluntarismos, nem para subjetivismos ou relativismos. Enfim, eu sabia que a verdade, a mais sublime verdade, só pode ser encontrada na una, santa, católica e apostólica Igreja de Cristo, que Ele prometeu jamais abandonar e sobre a qual Ele disse que as portas do inferno jamais prevalecerão. Mas eu insistia em me apegar à minha débil razão, em achar que aquela esperança desesperada que eu chamava de fé era o máximo que eu poderia alcançar, e preferia ficar com esse arremedo de fé a abdicar do meu “bom senso” em favor de algo maior. E foi nesse estado que a graça divina me alcançou, foi desse lamaçal que Deus me resgatou.

Hoje eu não tenho palavras para descrever a felicidade que o fato de estar na verdadeira Igreja tem me proporcionado. Tudo o que eu quero é agradecer a Deus todos os dias da minha vida por essa bênção e procurar conhecer mais e mais a fé católica apostólica. Sei que muitos podem e poderão achar que essa é só mais uma “fase”, que assim como eu passei por outras igrejas, passarei também pela católica… Mas só pensa isso quem não sabe (ou se esqueceu) que a Igreja Católica não é uma igreja como outra qualquer, não é uma “opção” válida entre outras igualmente válidas. Quem se converte à Igreja Católica, ou nela permanece, pensando que o catolicismo é uma “opção” dentre outras (em vez de ser a verdade plena e definitiva), não conhece a fé que professa. E em meu íntimo eu já sabia que ser católico é algo muito sério, e também por isso eu vinha adiando minha decisão, até que a graça de Deus suplantou o meu medo e meu orgulho, de modo que eu abracei a fé católica com plena consciência do que isso significa, com a consciência de que essa é uma decisão para a vida toda. Eu sabia que, no dia em que me convertesse ao catolicismo, seria de uma vez para sempre.

Que Deus me dê a graça de perseverar até o fim. Que Ele não permita jamais que eu volte a seguir o meu próprio entendimento (Pv. 3,5), que não me deixe cair nessa tentação (pois sou homem e por isso estarei sempre sujeito a cair). Que eu nunca me esqueça de que sem Deus eu nada sou e nada posso fazer.

Quero agradecer publicamente ao meu irmão e amigo Marcus Pimenta, que suportou por anos a fio a minha petulância e a minha teimosia, em intermináveis debates por e-mail. Jamais esquecerei sua paciência e sua generosidade, meu irmão!

Agradeço também ao meu amigo e irmão Robson, companheiro do bacharelado ao mestrado em filosofia (hoje ele é doutorando e professor com uma brilhante carreira pela frente), com quem tive o prazer de conversar muitas vezes e que tenho a certeza de que rezou por mim.

Agradeço também à equipe do site Veritatis Splendor, especialmente os irmãos Alessandro Lima, Alexandre Semedo (a quem devo desculpas pelo tom ríspido dos últimos e-mails, de alguns anos atrás!) e Rafael Vitola Brodbeck, com os quais tive o privilégio de debater e com quem muito aprendi (e continuo a aprender!).

Agradeço ainda ao estimado irmão Marcelo Coelho, pela inestimável ajuda; ao prezado Yvan Eyer, com quem “briguei” muitas vezes pelo Orkut mas que também contribuiu, com sua inteligência e conhecimento, para esse passo tão importante; ao querido Joathas Bello, cristão exemplar e uma das pessoas mais íntegras e inteligentes que conheço; aos familiares e amigos da minha esposa em Belford Roxo (Baixada Fluminense), com quem tive (e espero continuar tendo!) a oportunidade de conhecer de perto o jeito católico de ser; e a todos os irmãos que, de uma forma ou de outra, me ajudaram e têm ajudado na caminhada até aqui. Que Deus abençoe grandemente todos vocês!

Enfim, agradeço à minha esposa, Osana, católica de berço, e que assim permaneceu até hoje. Ainda que não tenha influenciado diretamente no meu processo de conversão, ela certamente contribuiu com o seu comportamento, com sua simples presença ao meu lado, como que sempre a me lembrar da possibilidade de vir a me tornar católico. Também com ela eu comecei a aprender algo sobre o catolicismo, especialmente no que diz respeito à liturgia e ao calendário da Igreja. Com ela eu fui a várias missas, bem antes de me converter (missas nas quais a graça de Deus certamente já agia, ainda que silenciosamente). E com ela eu pude receber o meu primeiro sacramento católico, já que nos casamos na Igreja Católica.

Finalmente, quero agradecer a Deus Pai, Filho e Espírito Santo, a quem toda a honra e toda a glória são devidas, e à Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, pela maravilhosa intercessão em favor desse filho rebelde!

A todos, o meu cordial e fraterno abraço.

Marcos Monteiro Grillo

Fonte: SOMOS IGREJA CATÓLICA



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PhD EM HISTÓRIA MEDIEVAL DESMASCARA AS GRANDES MENTIRAS SOBRE A INQUISIÇÃO CATÓLICA

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5 mitos sobre a inquisição refutados por uma PHD em história Medieval


 Escrito por Marian Horvat 

E-mail Publicado em 18 Fevereiro 2016

“... talvez não seja exagero afirmar, de fato, que, em vários aspectos, o Santo Ofício foi um pioneiro na reforma do sistema judicial.”
(The Prosecution of Heresy: Collected Studies on The Inquisition in Early Modern Italy. Medieval and Renaissance Texts and Studies, Vol. 78, (Binghampton, NY: 1991), XI-XIV, 7-9.)




Por Dra. Marian Horvat
Phd Em História Medieval

Nota do Editor:Séculos de propaganda falsa tem convencido a maioria das pessoas - bons católicos estão incluídos - que a Inquisição foi uma das instituições mais más que já foram inventadas. O que apresentamos aqui é uma defesa na qual a Dra. Phd. Marian Horvat, professora de História Medieval, desmascara completamente os cinco dos mitos mais comuns sobre a Santa Inquisição.

INTRODUÇÃO - Para a sensibilidade do século XX, falar de “Santa” e “Inquisição” na mesma frase parece uma contradição. Nunca houve um assunto tão escrito - ou calado - como a Santa Inquisição. A mentalidade moderna tem uma dificuldade natural na compreensão de uma instituição como a Inquisição, porque o processo inquisitorial não foi baseado em doutrinas liberais, tais como a liberdade de pensamento que se tornou central na cultura ocidental no século 18. A mente moderna tem dificuldade em compreender a crença religiosa como algo objetivo, fora do âmbito do julgamento privado livre. A mente moderna não consegue ver a Igreja Católica como uma sociedade perfeita e soberana, onde a ortodoxia deve ser mantida a qualquer custo.

A intolerância religiosa não é um produto exclusivo da Idade Média: em todos os lugares e sempre, no passado, homens incrédulos perturbavam o bem comum e a paz pública tanto quanto causavam dissensões religiosas e conflitos. Na Idade Média, tornou-se aceito que o tipo mais grave de crise foi o que ameaçava a unidade e a segurança da Igreja Latina, e não proceder contra os hereges com todos os meios à disposição da sociedade cristã, não só era tola, mas uma traição ao próprio Cristo. O conceito moderno do Estado secular, neutro em relação a todas as religiões, teria chocado a mente medieval.

Os homens modernos experimentam dificuldade em compreender esta instituição, porque eles perderam de vista três fatos. Primeiro de tudo, eles deixaram de compreender a crença religiosa como algo objetivo, como um dom de Deus e, portanto, fora do âmbito do julgamento privado livre. Em segundo lugar, já não veem na Igreja uma sociedade perfeita e soberana, baseada substancialmente em uma pura e autêntica revelação, cujo primeiro e mais importante dever deve ser de naturalmente manter imaculado este original depósito da fé. Que a ortodoxia deveria ser mantida a qualquer custo parecia evidente para a mente medieval. A heresia, uma vez que afetava a alma, era um crime mais perigoso do que o assassinato, uma vez que a vida eterna da alma valia muito mais do que a vida mortal da carne.

Finalmente, o homem moderno perdeu de vista uma sociedade em que a Igreja e o Estado constituem uma forma de governo coeso. A autoridade espiritual estava inseparavelmente entrelaçada com a secular da mesma forma que a alma se une com o corpo. Dividir os dois em compartimentos separados teria sido impensável. O Estado não pode ser indiferente sobre o bem-estar espiritual em seus assuntos sem ser culpado de traição ao seu primeiro Soberano, Nosso Senhor Jesus Cristo. Antes da revolução religiosa do século 16, esses pontos de vista eram comuns a todos os cristãos. [1]

Como observa William Thomas Walsh em Caracteres da Inquisição, a supressão positiva da heresia pelas autoridades eclesiásticas e civis na sociedade cristã é tão antiga como o monoteísmo em si. (Em nome da religião, Moisés matou muito mais pessoas do que Torquemada condenou). [2] No entanto, a Inquisição, por si só, como um tribunal eclesiástico distinto, é de origem muito mais tardia. Historicamente, operada como uma fase no crescimento da legislação eclesiástica que adaptou determinados elementos do procedimento legal romano. Em seu próprio tempo, ela certamente não teria sido entendida como ela é apresentada hoje. [3] Pois, como Edward Peters aponta tão bem em seu marco estudo sobre a Inquisição, “Inquisition”, a lenda da inquisição foi uma “invenção” das disputas religiosas e conflitos políticos do século 16. Resultado de imagem para disputas religiosas

Mais tarde foi adaptado para as causas de tolerância religiosa e da iluminação filosófica e política nos séculos 17 e 18. Este processo, que sempre foi anti-católico e, geralmente, anti-espanhol, tornou-se universalizado. Assim, eventualmente, a Inquisição tornou-se representante de todas as religiões repressivas que se opunham a liberdade de consciência, liberdade política e esclarecimento filosófico.

MITO 1 Mito: A Inquisição medieval foi um supressivo, abrangente, e todo-poderoso órgão centralizado de repressão mantido pela Igreja Católica.

Realidade: Exceto na ficção, a Inquisição como um único todo-poderoso, terrível tribunal “cujos agentes trabalharam em todos os lugares para frustrar a verdade religiosa, a liberdade intelectual e liberdade política, até que foi derrubada em algum momento do iluminado século 19” simplesmente não existiu. O mito da Inquisição tomou forma nas mãos dos “reformadores anti-hispânicos e religiosos no século 16”. [4] Foi uma imagem montada a partir de um corpo de lendas e mitos, que tomou forma no contexto da intensa perseguição religiosa do século 16. A Espanha, o maior poder na Europa, que havia assumido o papel de defensor do catolicismo, foi objeto de propaganda que degradou “A Inquisição” como a mais perigosa e característica arma dos católicos contra o protestantismo. Mais tarde, os críticos de qualquer tipo de perseguição religiosa iriam adotar o termo.

Na verdade, não havia uma Inquisição monolítica, mas três inquisições distintas. A Inquisição da Idade Média começou em 1184 no sul da França em resposta à heresia cátara, e dissolveu-se no final do século 14 quando o catarismo morreu. Estudos mais recentes mostram conclusivamente que não há provas claras de que as pessoas na Europa medieval concebiam a Inquisição como um órgão de governo centralizado. Os papas dos tempos não tinham a intenção de estabelecer um tribunal permanente. [5] Por exemplo, só em 367 que o título inquisitor haereticae pravitatis apareceu quando o dominicano Alberico foi enviado para a Lombardia.

O Papa Gregório IX não estabeleceu a Inquisição como um tribunal distinto e separado, mas nomeou juízes permanentes que executaram funções doutrinárias em nome do papa. Quando eles sentavam, havia a Inquisição. Uma das lendas mais prejudiciais espalhada ao longo dos séculos é a imagem de um tribunal onisciente, onipotente cujos dedos alcançaram todos os cantos da terra. 
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O pequeno número de inquisidores e seu alcance limitado de longe desmentem a retórica exagerada. No final do século 13, havia dois inquisidores para a totalidade de Languedoc (um dos focos de heresia albigense), dois para a província e de quatro a seis para o resto da França. [6]

Quanto à acusação de que a Inquisição era um corpo onipresente em toda a cristandade, a Inquisição nem sequer existia no norte da Europa, Europa Oriental, Escandinávia, ou na Inglaterra, País de Gales, Irlanda e Escócia. A grande maioria dos casos, no século 13, foi dirigida contra os hereges albigenses no sul da França. Não estava ainda estabelecida em Veneza até 1289 e os arquivos daquela cidade mostram que a pena de morte foi infligida pelo poder secular em apenas seis ocasiões no todo. [7]

El Santo Oficio de la Santa Inquisição, mais conhecido como a Inquisição espanhola, começou em 1478 como uma instituição do Estado designado para descobrir a heresia e desvios da verdadeira Fé. Mas Fernando e Isabel também instituiu-o para proteger os conversos ou cristãos-novos, que se tornaram vítimas de indignação popular, preconceitos, medos e inveja. [8] É importante notar que a Inquisição tinha autoridade sobre somente cristãos batizados, e que os não batizados eram completamente livres das suas medidas disciplinares a menos que violassem a lei natural.

Por fim, o Santo Ofício em Roma, foi iniciado em 1542, o menos ativo e mais benigno dos três [9]. Um estudo recente realizado por John Tedeschi, The Prosecution of Heresy, trata da Inquisição Romana e os procedimentos que se seguiram após a sua constituição em meados do século 16 na sua luta para preservar a fé e para erradicar a heresia. O valor do estudo de Tedeschi é que ele subverte os pressupostos de longa data sobre a corrupção, coação desumana, e a injustiça da Inquisição romana da Renascença, pressupostos que Tedeschi admitiu que abrigou quando começou sua extensa obra nos documentos. O que ele “gradualmente” começou a encontrar foi que a Inquisição não era um "tribunal rígido, uma câmara de horrores, ou um labirinto judicial do qual a fuga era impossível”. Tedeschi aponta que o processo inquisitorial incluía a prestação de um advogado de defesa. Além disso, ao acusado era dado o direito a um advogado e até mesmo receber uma cópia autenticada de todo o julgamento (com os nomes das testemunhas de acusação excluídos) para que ele pudesse dar uma resposta. Em contraste, nos tribunais seculares da época, o advogado de defesa ainda era colocado apenas um papel cerimonial, e ao criminoso era negado o direito a um advogado (até 1836), e as provas contra o acusado só eram lidas no tribunal, onde ele teria que fazer a defesa no local. Tedeschi concluiu que a Inquisição romana distribuiu justiça legal em termos da jurisprudência do início da Europa moderna e vai ainda mais longe ao dizer:

“... talvez não seja exagero afirmar, de fato, que, em vários aspectos, o Santo Ofício foi um pioneiro na reforma do sistema judicial.”[10]

MITO 2 - Mito: A Inquisição nasceu da intolerância, crueldade e intolerância do mundo medieval, dominado pela Igreja Católica.

Realidade: A Inquisição encontrou o seu início em um ambiente calmo, medido e tentava criar um instrumento jurídico de conformidade que eliminaria o capricho, raiva e intolerância dos revolucionários. Além disso, os inquisidores medievais estavam combatendo um perigo social e não apenas teológico.

No final do século 12, a Inquisição foi criada no sul da França em resposta à heresia albigense, que encontrou uma força especial nas cidades da Lombardia e Languedoc. É importante salientar os perigos sociais apresentados a toda a sociedade por este grupo, que não era apenas um protótipo do fundamentalismo protestante moderno, que é a visão popular dos nossos dias. O termo Albigense deriva da cidade de Albi, no sul da França, um centro de atividade dos cátaros. Os cátaros (o nome refere-se à designação dos seus adeptos como cátaros, palavra grega para os “puros”) consideravam que duas divindades, uma material e má, e outra imaterial e boa, lutavam pelas almas dos homens. Toda a criação material era má e era dever do homem escapar dela e rejeitar aqueles que a reconheciam como boa. O Deus do Antigo Testamento, que criou o mundo, era mau, era repudiado. Foi o Novo Testamento, tal como interpretado pelos cátaros, [11], que atuou como guia para o homem para libertar sua alma espiritual da matéria má, o corpo. Uma autoridade do século 13, Rainier Sacconi, resumiu a crença dos cátaros assim:

“As crenças gerais de todos os cátaros eram as seguintes:

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D. Sancho I e os Cátaros occitanos – Por Vitor
Manuel Adrião Quinta-feira, Sep 1 2016
O diabo fez este mundo e tudo nele. Além disso, todos os sacramentos da Igreja, a saber, o batismo de água real e os outros sacramentos, são inúteis para a salvação e eles não são os verdadeiros sacramentos de Cristo e Sua igreja, mas são enganosos e diabólicos e pertencem à Igreja dos maus... Também uma crença comum a todos os cátaros é que o matrimônio carnal sempre foi um pecado mortal e que na vida futura alguém não sofrerá uma penalidade maior por adultério ou incesto do que pelo casamento legítimo, nem mesmo entre eles alguém seria mais severamente punido do que este assunto. Além disso, os cátaros negam a futura ressurreição do corpo. Eles acreditam também que comer carne, ovos ou queijo, mesmo em uma necessidade premente, é um pecado mortal; isso pela razão de que eles são gerados pelo coito. Também fazer juramento não é em nenhum caso admissível, este consequentemente, é um pecado mortal. Também que as autoridades seculares cometem o pecado mortal em punir malfeitores hereges. Também que ninguém pode alcançar a salvação, exceto em sua seita.”. [12]

Os cátaros, assim, asseguravam que a missa era idolatria, a Eucaristia era uma fraude, o casamento mal, e a Redenção ridícula. Antes da morte, os adeptos recebiam o consolamentum, o único sacramento permitido e isso permitia a alma ser livre de matéria e voltar para Deus. Por esta razão, o suicídio por estrangulamento ou por inanição não só foi permitido, mas poderia até ser louvável.

Ao pregar que o casamento era mal, que todos os juramentos eram proibidos, que o suicídio religioso era bom, que o homem não tinha vontade livre e, portanto, não poderia ser responsabilizado por suas ações, que a autoridade civil não tinha o direito de punir os criminosos ou defender o país na força, bateram na própria raiz da sociedade medieval. Por exemplo, a simples recusa de tomar juramentos teria minado todo o tecido das estruturas legais feudais, em que a palavra falada carregava igual ou maior peso do que a escrita. Até mesmo Charles Henry Lea, um historiador protestante amador da Inquisição que fez forte oposição a Igreja Católica, teve que admitir:

“Essa era a crença cuja rápida difusão na Europa encheu a Igreja de um terror plenamente justificado. Por mais horror que nos possam inspirar os meios empregados para combatê-la, por mais piedade que devamos sentir por aqueles que morreram vítimas de suas convicções, reconhecemos sem hesitar que, nas circunstâncias, a causa da ortodoxia era a da civilização e do progresso. Se o catarismo se houvesse tornado dominante, ou pelo menos igual ao catolicismo, não há dúvida de que sua influência teria sido desastrosa” [13]

Em resposta à gravidade e brutalidade frequentes com o qual o norte Francês travou contra a Cruzada albigense, em que muitos hereges foram mortos sem julgamento formal ou audiência, o Papa Inocêncio III instituiu um processo de investigação para expor as seitas secretas. Outro problema enfrentado pelo papado foi a vontade por parte dos leigos de tomarem as medidas mais severas contra a heresia sem muita preocupação com a conversão e salvação dos hereges. O Papa Gregório IX é considerado o verdadeiro pai da instituição medieval, amigo tanto de São Francisco quanto de São Domingos. Ele chamaria as ordens mendicantes recém-descobertas para assumir a tarefa perigosa, árdua e indesejada de inquisidores.

O que Papa Gregório IX instituiu era um tribunal extraordinário para investigar e julgar pessoas acusadas de heresia. O crescimento sem precedentes dos albigenses no sul da França certamente influenciou em sua decisão. No norte da França, também, a Igreja estava enfrentando a violência da multidão esporádica, que muitas vezes caia sobre os inocentes. A prática de colocar os hereges à morte por queima na fogueira estava assumindo a força de um costume estabelecido. O Papa também estava preocupado com os relatos vindos da Alemanha sobre uma seita conhecida como os Luciferianos, uma sociedade secreta com rituais fixos que profanavam a Hostia sagrada. [14]

No plano secular, o Papa estava enfrentando um poder formidável, o imperador Frederico II, o supostamente “moderno” e ‘liberal” Hohenstaufen, um governante totalmente indiferente ao bem-estar espiritual da Igreja e continuamente em desacordo com o Papado. O governante cristão só de nome, Frederico II foi fortemente influenciado pelos astrólogos e costumes muçulmanos (ele mantinha um harém); ele arruinou duas cruzadas, e foi excomungado duas vezes. Já em março de 1224, ele ordenou que qualquer herege condenado em Lombardia deveria ser queimado vivo (a pena romana antiga por alta traição) ou como uma penalidade menor, as suas línguas arrancadas. O Papa Gregório, estava com receio de que Frederico estava mandando homens as chamas que não eram hereges, mas apenas os seus próprios inimigos pessoais, e procurou encontrar uma maneira mais comedida para lidar com o problema.

Em 1233 o Papa Gregório IX respondeu com sua própria solução: substituir a lei de Lynch por um processo legal regular, dirigido pelos dominicanos e franciscanos mendicantes. Eles seriam examinadores e juízes especialmente treinados para a detecção e conversão de hereges, protegidos da avareza e corrupção pelo voto de pobreza, e devotados à justiça.

O primeiro ponto, portanto, a ser observado em conexão com a Inquisição mendicante é que ela surgiu em resposta a uma necessidade definida. Em matéria de heresia, introduziu a lei, sistema, e até mesmo a justiça onde havia um espaço ilimitado para a satisfação do ciúme político, animosidade pessoal, e o ódio popular. Quando encontramos um historiador descrevendo a introdução da Inquisição como um “passo em frente na teoria jurídica”, devemos entendê-lo nesse sentido. [15] “Inquisitio” significa investigação, e esta foi a preocupação do Papa: uma investigação real, um processo judicial, em vez de linchamento de imediato, em vez de atos motivados por emoções irracionais e vingança privada.

O segundo ponto é que as ordens mendicantes foram encarregadas da tarefa de preservar a integridade da Fé, bem como a segurança da sociedade. A incapacidade de conter a onda dessa heresia teria permitido um colapso na cristandade ocidental. Um dos tribunais mais bem sucedidos em toda a história, conseguiu extirpar o veneno anti-social dos albigenses e, assim, preservou a unidade moral da Europa por mais de trezentos anos.

MITO 3 Mito: Os procedimentos hediondos da Inquisição foram injustos, cruéis, desumanos e bárbaros. A Inquisição queimava suas vítimas sobre o fogo, emparedava-as em paredes a definhar por toda a eternidade, quebravam suas articulações com martelos, e esfolavam-nas sobre rodas.

Realidade: Apesar das ficções góticas convincentes, a evidência nos leva a uma conclusão totalmente diferente. Os procedimentos da Inquisição são bem conhecidos através de toda uma série de bulas papais e outros documentos oficiais, mas, principalmente, por meio de tais formulários e manuais como foram preparados por São Raimundo Penaforte (1180-1275 d.C), o grande canonista espanhol, e Bernard Gui ( 1261-1331), um dos inquisidores mais célebres do início do século 14. Os inquisidores eram certamente interrogadores, mas eles eram especialistas teológicos que seguiram as regras e instruções meticulosamente e foram demitidos e punidos quando eles mostraram muito pouca consideração pela justiça. Quando, por exemplo, em 1223, Robert de Bourger anunciou alegremente seu objetivo de queimar os hereges, e não convertê-los, ele foi imediatamente suspenso e preso por toda a vida por Gregório IX. [16]

Os procedimentos inquisitoriais foram surpreendentemente justos e até mesmo brandos. Em contraste com outros tribunais seculares em toda a Europa no momento, eles aparecem como quase iluminados. O processo começava com uma convocação dos fiéis à igreja onde o inquisidor pregava um sermão solene, o Edit de Foi. Todos os hereges eram instados a se apresentar e confessar os seus erros. Este período foi conhecido como o "tempo de graça", que geralmente durava entre 15-30 dias, durante os quais todos os transgressores não tinham nada a temer, já que a eles era prometida a readmissão à comunhão dos fiéis com uma penitência adequada após a confissão de culpa. Bernard Gui afirmou que este tempo de graça era uma instituição mais saudável e valiosa e que muitas pessoas foram reconciliados assim. [17] Pois o principal objetivo do processo era colocar o herege de volta à graça de Deus; apenas por teimosia persistente que ele iria ser cortado da Igreja e abandonado à mercê do Estado. A Inquisição foi antes de tudo um escritório penitencial e proselitista, e não um tribunal penal. Ao menos que isto seja claramente reconhecido, a Inquisição aparece como uma monstruosidade ininteligível e sem sentido. Em teoria, era um pecador, e não um criminoso, que estava diante do Inquisidor. Se a ovelha perdida voltou para o redio, o Inquisidor era bem sucedido. Se não, o herege morreu em rebelião aberta contra Deus e, na medida em que o inquisidor estava em causa, a sua missão era um completo fracasso.

Durante este tempo de graça, os fiéis eram ordenados a fornecer informações completas ao inquisidor sobre quaisquer hereges conhecidos por eles. Se ele pensava que havia motivos suficientes para proceder contra uma pessoa, um mandado era expedido para ele e ordenava a sua comparência perante um inquisidor em uma data especificada, sempre acompanhado por uma declaração escrita cheia de provas detidas pelo Inquisidor contra ele. Finalmente, poderia ser emitida uma ordem formal de prisão. Se o acusado não comparecesse, o que raramente ocorria, ele se tornaria um excomungado e um homem proscrito, isto é, ele não poderia ser protegido ou alimentado por qualquer pessoa sob pena de excomunhão.

Embora os nomes das testemunhas contra os acusados eram suprimidas, ao acusado era dado a oportunidade de se proteger de acusações falsas, dando ao inquisidor uma lista detalhada dos nomes dos inimigos pessoais. Com isso, ele teria conclusivamente invalidado determinado testemunho contra ele. Ele também tinha o poder de apelar para uma autoridade superior, até mesmo o papado se necessário fosse. [18] A vantagem final do acusado era que as testemunhas falsas eram punidas, sem misericórdia. Por exemplo, Bernard Gui descreve um pai que falsamente acusou seu filho de heresia. A inocência do filho rapidamente veio à luz, e o pai foi preso e condenado a prisão perpétua.

Em 1264 Urbano IV acrescentou ainda que o inquisidor deve apresentar as provas contra o acusado a um corpo de periti [peritos] ou boni viri [bons homens] e aguardar o seu julgamento antes de prosseguir para a sentença. Agindo mais ou menos na capacidade de jurados, este grupo poderia ser de 30, 50, ou mesmo 80. Isto serviu para diminuir a enorme responsabilidade pessoal do inquiridor. Novamente, é importante enfatizar que este era um tribunal eclesiástico, que não declarou nem exerceu qualquer jurisdição sobre pessoas de fora da família da fé, isto é, o infiel professo ou o judeu. Somente aqueles que tinham sido convertidos ao cristianismo e tinha posteriormente revertido à sua antiga religião estavam sob a jurisdição da Inquisição medieval. [19]

A tortura foi autorizada pela primeira vez por Inocêncio IV na bula Ad Extirpanda de 15 de Maio, 1252, com limites que não poderiam causar a perda de um membro ou pôr em perigo a vida, só podia ser aplicada uma vez, e apenas se o acusado já parecese praticamente condenado de heresia por provas múltiplas e determinadas. Certos estudos objetivos realizados por estudiosos recentes têm argumentado que a tortura era praticamente desconhecida no processo inquisitorial medieval. O registro de Bernard Gui, o inquisidor de Toulouse por seis anos, que examinou mais de 600 hereges, mostra apenas uma instância em que foi usada tortura. Além disso, nos 930 sentenças registradas entre 1307 e 1323 (e vale a pena notar que registros meticulosos foram mantidos por notários pagos escolhidos entre tribunais civis), a maioria dos acusados foi condenada à prisão, ou ao uso de cruzes, e penitências. Apenas 42 foram abandonados ao braço secular e queimados. [20]

Lendas sobre a brutalidade da Inquisição no que diz respeito ao número de pessoas condenadas à prisão e daquelas abandonada ao poder secular para serem queimadas na fogueira têm sido exageradas através dos anos. Trabalhando com cuidado a partir de registos existentes e documentos disponíveis, o professor Yves Dossat estimou que na diocese de Toulouse 5.000 pessoas foram investigadas durante os anos de 1245-1246. Destes, 945 foram julgados culpados de heresia ou envolvimento herético. Embora 105 pessoas foram condenadas à prisão, 840 receberam penitências menores. Após análise cuidadosa de todos os dados disponíveis, Dossat concluiu que em meados do século 13, apenas um em cada cem hereges condenados pela Inquisição eram abandonado ao poder secular para execução, e apenas 10-12 por cento, receberam sentenças de prisão. Além disso, os inquisidores muitas vezes reduziam as sentenças a penitências menores. [21] O grande número de queimados detalhados em várias histórias são geralmente não autênticos, ou são uma invenção deliberada de propagandistas anti-católicas de séculos posteriores. A partir da evidência crescente, parece seguro afirmar que a integridade geral do Santo Ofício foi mantida em um nível extraordinariamente elevado, muito maior do que a dos tribunais seculares contemporâneas ou posteriores.

MITO 4 Mito: A Inquisição espanhola excedeu todas as barbáries, aterrorizando toda a sociedade com suas práticas tirânicas e cruéis.

Realidade: Em 6 de novembro de 1994, a BBC de Londres exibiu um testemunho incrível contra a falsidade dessas reivindicações em um documentário intitulado O Mito da Inquisição espanhola”. Nele, os historiadores admitiram que “esta imagem é falsa. É uma distorção disseminada há 400 anos e aceita desde então. Cada caso que veio antes da Inquisição espanhola em sua história de 300 anos tinha seu próprio arquivo”. Agora, esses arquivos estão sendo reunidos e estudados adequadamente pela primeira vez. O prof. Henry Kamen, um especialista no campo, admitiu candidamente que os arquivos são detalhados, exaustivos, e trazem à luz uma versão muito diferente da Inquisição espanhola.

Antipatias protestantes alimentaram esta campanha de propaganda contra a Igreja Católica e o poderoso líder da dinastia Habsburgo que comandava os exércitos mais poderosos na Europa, Carlos I da Espanha. Seus medos se intensificaram especialmente depois da batalha de Muhlberg, em 1547, onde os inimigos de Carlos eram virtualmente aniquilados. [22] A sucessão de Philip II ao trono espanhol e sua própria oposição dedicada ao Protestantismo espalhou tais temores. Como Philip escreveu a seu embaixador em Roma, em 1566:

“Podeis assegurar a Sua Santidade que em vez de sofrer o menor dano à religião e ao serviço de Deus, eu preferiria perder todos os meus estados e uma centena de vidas se as tivesse. Pois eu não proponho nem desejo ser governante de hereges.” [23]

No entanto, enquanto os espanhóis muitas vezes triunfavam no campo de batalha, eles eram perdedores abjetos na guerra de propaganda. Eles não fizeram nenhuma defesa contra a lenda de crueldade e barbárie espanhola criada para que a Europa simpatizasse com a revolta protestante na Holanda. Difamar a Inquisição passou a ser a escolha mais natural de arma para alcançar este fim.

Muitos folhetos e brochuras, numerosas e horrendas para enumerar aqui, têm sido escritos desde o século 16. Basta mencionar apenas alguns: A Apologia de William de Orange, escrito pelo francês huguenote Pierre Loiseleur de Villiers em 1581, consagrou toda a propaganda anti-Inquisição dos últimos quarenta anos em um documento político que “validava” a revolta holandesa. Em 1567, Renaldo González Montano publicou seu Sanctae Inquisitionis Hispanicae Artes aliquot detectae ac palam traductae, que logo foi traduzido em todos os principais idiomas da Europa Ocidental e amplamente divulgado. Ele contribuiu decisivamente para o que se tornou conhecida como a “Lenda Negra”, que associada a Inquisição com os horrores da câmara de tortura. [24] Estas contas foram ampliadas em cima por outros escritores protestantes, como o Rev. Ingram Cobain no século 19, que descreveu um de seus itens fictícios de tortura: a linda boneca em tamanho real que cortava a vítima com mil facas quando ele era forçado a abraçá-la. O mito foi criado e assumiu proporções que fazem fronteira com o ridículo na literatura, relatos de viajantes, narrativas maçônicas (veja a ilustração), sátiras (Voltaire, Zaupser), peças de teatro e óperas (Schiller, Verdi), histórias (Victor Hugo) e romances góticos de séculos mais tarde. [25]

No que diz respeito a tortura, Prof. Kamen disse recentemente:

“Na verdade, a Inquisição usava tortura muito raramente. Em Valência, descobri que de 7.000 casos, apenas dois por cento sofreram alguma forma de tortura em tudo e, geralmente por não mais de 15 minutos... Eu não encontrei ninguém sofrendo tortura mais do que duas vezes”.

O Prof. Jaime Contreras concordou:

“Nós encontramos, ao comparar a Inquisição espanhola com outros tribunais, que a Inquisição espanhola utilizava a tortura muito menos. E se compararmos a Inquisição espanhola com tribunais de outros países, vemos que a Inquisição espanhola tem um registro praticamente limpo no que diz respeito à tortura.” [26]

Durante este mesmo período no resto da Europa, a crueldade física hedionda era comum. Na Inglaterra, transgressores eram executados por danificar arbustos em jardins públicos, caçar furtivamente veados, roubar lenços de uma mulher e tentativa de suicídio. Na França, os que roubaram ovelhas eram estripados. Durante o reinado de Henrique VIII, a punição reconhecida para um envenenador era para ser cozido vivo em um caldeirão. Até 1837, 437 pessoas foram executadas na Inglaterra em um ano por vários crimes, e até a passagem da Lei de Reforma, a morte era a pena reconhecida por falsificação, ladrões de cavalo, roubo, incêndio, roubo e interferência do serviço postal e sacrilégio. [27] É claro que ao acusar a Inquisição espanhola sobre acusações específicas de crueldade física e brutalidade insensível, devemos proceder com alguma cautela.

O mito do poder e do controle ilimitado exercido pela Inquisição espanhola também é infundado. Na Espanha do século 16, a Inquisição foi dividida em vinte tribunais, cada um cobrindo milhares de milhas quadradas. No entanto, cada tribunal não tinha mais do que dois ou três inquisidores e um punhado de funcionários administrativos. O Prof. Kamen observou:

“... Estes inquisidores não tinham poder para controlar a sociedade na forma como os historiadores tem imaginado que tinham. Eles não tinham poder. Eles não tinham nenhuma função, eles não tinham as ferramentas para fazer o trabalho. Nós, reforçando essa imagem, demos-lhes as ferramentas que nunca existiram.” [28]

Na realidade, contato limitado da Inquisição com a população compõe parte da razão pela qual ela não atraiu a hostilidade dos espanhóis. Fora das grandes cidades, vilas viam um inquisidor uma vez a cada dez anos ou mesmo uma vez em um século. Uma razão para as pessoas apoiarem a Inquisição foi precisamente porque era raramente vista, e ainda menos frequentemente ouvida. Kamen também registra que, em cada período de História, há registros de crítica forte e amarga oposição. No entanto, baseado na exploração de documentos inquisitoriais pela primeira vez por Llorente, e depois por Henry Charles Lea, os estudiosos cometeram erro de estudar a Inquisição isoladamente de todas as outras dimensões da cultura e da sociedade espanhola, como se tivesse tido um papel central na religião, política, cultura e economia e como se nenhuma oposição ou crítica fosse permitida [29]. A sátira de Menendez y Pelayo sobre aqueles que culpavam o tribunal por todos os males da Espanha ressalta este ponto de vista:

“Por que não houve indústria na Espanha? Por causa da Inquisição. Por que nós espanhóis somos preguiçosos? Por causa da Inquisição. Por que há touradas na Espanha? Por causa da Inquisição. Por que os espanhóis tiram uma sesta? Por causa da Inquisição.” [30]

A Inquisição não pode ser responsabilizada pela “decadência da aprendizagem e da literatura espanhola”, afirma Peters em seu aclamado Inquisition estudo objetivo, apesar das afirmações do historiador protestante Charles Lea ou historiador católico Lord Acton. “Depois do trovão do Índice de 1559”, ele afirma: “que foi dirigido principalmente contra a piedade vernácula, nenhum ataque foi feito contra a literatura espanhola e nenhum em mais de cem escritores espanhóis entrou em conflito com a Inquisição. Na verdade, muito tempo depois das medidas de 1558-1559. A Espanha continuou a ter uma vida intelectual ativa baseada em uma experiência do mundo mais vasto da que a de qualquer outro país europeu”. [31]

Um mito final e mais importante continua a ser examinado.

MITO 5 - Mito: O homem é mais livre e feliz quando o estado ou nação não faz profissão pública de qualquer religião verdadeira. Portanto, o verdadeiro progresso reside na separação entre Igreja e Estado.

Realidade: Este é o cerne da questão. O elemento mais dinâmico, a questão mais essencial é encontrado na atitude do espírito humano em relação às questões de religião e filosofia. Para entender completamente a resposta, é necessário assumir vários pressupostos.

O conceito católico da história é baseado no fato de que os Dez Mandamentos são normas fundamentais do comportamento humano que correspondem à lei natural. Para auxiliar o homem na sua fraqueza, para guiar e dirigi-lo e preservá-lo de sua própria tendência para o mal e erro resultante do pecado original, Jesus Cristo deu à Igreja um magistério infalível para ensinar e orientar as nações. A adesão do homem ao Magistério da Igreja é o fruto da fé. Sem fé, o homem não pode conhecer e inteiramente praticar os Mandamentos.

Portanto, como o homem eleva-se na ordem da graça pela prática da virtude inspirado pela graça, ele elabora uma cultura, uma ordem política, social e econômica em consonância com os princípios básicos e imutáveis da lei natural. Estas instituições e esta cultura assim formadas no seu conjunto podem ser chamadas de civilização cristã. Além disso, as nações e os povos só podem alcançar uma civilização perfeita, uma civilização em completa harmonia com a lei natural, no âmbito de uma civilização cristã e por meio de correspondência à graça e as verdades da fé.

Por isso, o homem deve dar o seu reconhecimento firme à Igreja Católica como a única verdadeira Igreja de Deus e ao seu Magistério universal autêntico como infalível. Portanto, o homem deve saber, professar e praticar a fé católica.

Historicamente, deve-se perguntar quando essa civilização cristã passou a existir. A resposta pode chocar e até mesmo irritar muitos. Houve um momento em que uma grande parte da humanidade conhecia este ideal de perfeição, conhecia e tendiam a ele com fervor e sinceridade. Este período, por vezes referido como a Idade de Ouro do cristianismo, é a época dos séculos 12 e 13, quando a influência da Igreja na Europa estava em seu apogeu. Princípios cristãos, então dominavam relações sociais mais completas do que em qualquer outro período antes ou depois, e o Estado cristão em seguida, aproximou-se mais de perto do seu pleno desenvolvimento. Leão XIII se refere a este período em sua encíclica Immortale Dei (1885) nos seguintes termos:

“Houve uma época em que a filosofia do Evangelho governava os Estados. Nesta época a influência da sabedoria cristã e da sua sabedoria divina penetrava as leis, instituições e costumes dos povos, todas as categorias, todas as relações da sociedade civil. A religião instituída por Jesus Cristo, solidamente estabelecida em toda a dignidade era devida isso, floresceu em toda parte, devido ao favor dos príncipes e a proteção legítima dos magistrados. Neste tempo, o Sacerdócio e o Império estavam ligados com uma feliz concórdia e da troca amigável de bons ofícios. Organizados desta forma, a sociedade civil deu frutos superior a todas as expectativas e sua memória persiste e vai continuar a persistir, e nenhum artifício de seus inimigos será capaz de corromper e obscurecê-la.”

Um retrato da sociedade católica implica acima de tudo uma ideia exata do que a relação entre a Igreja e a sociedade temporal deveria ser. O Estado, em princípio, tem a obrigação de professar oficialmente a verdade da fé católica, e, como consequência, proibir o funcionamento e o proselitismo de hereges. Não só a Igreja, mas toda a sociedade temporal foi criada para a salvação de nossas almas, como São Tomás de Aquino mostrou conclusivamente em De Regimine Principum. Nele, São Tomás nos mostra como absolutamente todas as coisas criadas por Deus foram criadas para a salvação de nossas almas e devem ser meios que servem de forma positiva para a nossa santificação. Os próprios homens foram criados para a salvação uns dos outros. É por isso que eles vivem juntos na sociedade. Assim, tanto a sociedade temporal quanto a espiritual deve contribuir para o objetivo principal da existência do homem, a salvação de sua alma eterna.

Esta exposição da sociedade implica uma compreensão da hierarquia de valores, em que os valores espirituais têm um patrimônio maior do que os materiais. Por exemplo, na Summa Theologica (II, II, ii, 3), São Tomás observa que, se é apenas para condenar falsificadores até a morte, então certamente é necessário condenar à morte aqueles que tinham cometido o crime muito pior de falsificação da Fé. Pois a salvação eterna deve ser considerada maior do que a propriedade temporal e o bem-estar de todos devem ser considerado como maior do que o bem-estar do indivíduo.

Estas afirmações têm consequências dolorosas para o espírito liberal dos nossos dias. Pois, se o Estado proclama que uma única religião é a verdadeira, ele tem a obrigação de princípio de proibir a difusão de seitas de carácter herético. Entende-se que na sociedade católica a maior finalidade do Estado está em reconhecer a Igreja Católica, na defesa dela, na aplicação de suas leis, no atendimento a ela. Em uma sociedade Católica, o Papa tem uma autoridade indireta sobre tudo o que toca nos interesses da Igreja. Desta forma, o Papa é elevado acima de todos os poderes temporais. Quando um chefe de Estado é herético, o papa tem o direito de depô-lo, como no caso de Henrique IV da França, o pretendente legítimo ao trono francês. Em outras palavras, um herege não tem o direito de governar um país católico.

Como aponta o Padre Denis Fahey aponta, na realeza de Cristo, na Idade Média, o Estado cumpriu a sua obrigação de professar a religião que Deus mesmo havia estabelecido e através do qual Ele queria ser adorado e cultuado - a religião católica. Quando os católicos respondem às objeções dos não-católicos sobre a Inquisição, eles às vezes parecem perder de vista o princípio formal da ordem animando a civilização da Idade Média. Se um Estado proclama uma religião como sendo a verdadeira religião, tem uma obrigação como uma questão de princípio de proibir a difusão de heresia e as seitas heréticas. Esta obrigação é muito dolorosa para a mentalidade liberal aceitar. A Heresia era considerada um crime, porque o Estado reconheceu a religião católica pelo o que objetivamente é, a verdadeira religião estabelecida por Deus, e não um arranjo temporário simples, aqui hoje, acabada amanhã.

Ao apresentar os princípios do Reinado Social de Cristo, o Padre Denis Fahey diz:

“A verdade é que o Estado, então, agarrou o princípio formal da organização social ordenada no mundo real e que a Inquisição foi criada para defender a seguridade do mundo em ordem contra os fomentadores da desordem... Esse mesmo princípio é pretendido por Deus para moldar a nova matéria e as novas circunstâncias de todas as idades que se sucederam. Socialmente organizada, o homem no mundo redimido por Nosso Senhor não é como Deus quer que ele seja, a menos que ele aceite o sobrenatural, supra-nacional Igreja Católica.

O mundo moderno tem se desviado da ordem e está sofrendo por sua apostasia e desordem. Esta grande verdade deve ser proclamada de forma inequívoca, para que a vida interior com a qual celebramos a festa da realeza de Cristo possa ser aprofundada. É infinitamente melhor cair lutando por a verdade integral do que ganhar uma vitória aparente por meias verdades.”. [32]

Escurecer o nome da Santa Inquisição tem, obviamente, encontrado raiz nesta tendência generalizada, mesmo entre os príncipes da Igreja, de “reduzir gradualmente” estes princípios da ordem social católica. Enquanto, na base, o problema da Santa Inquisição deve ser examinado ao nível filosófico, também não há dúvida de que ao longo dos séculos “Inquisição” assumiu uma dimensão monstruosa fora de proporção com os fatos.

As canetas de propagandistas protestantes durante a Reforma começou o processo de criação do mito, descrevendo a Inquisição como apenas mais um exemplo dos males de Roma. Em suas obras o tribunal foi apresentado como o instrumento supremo de intolerância. Onde quer que o catolicismo triunfasse, segundo eles, não só a liberdade religiosa, mas civil, era extinta. A Reforma, de acordo com esta interpretação, trouxe a libertação do espírito humano dos grilhões da escuridão e superstição. A Propaganda ao longo destas linhas provou-se surpreendentemente eficaz.

No entanto, quanto os estudiosos da última década começaram a examinar os arquivos, os estudos mostraram que os interesses da verdade ordenam que a Inquisição fosse reduzida às suas dimensões adequadas. Sua importância pode ser muito exagerada, se contamos com as imagens altamente fictícias apresentadas pelos propagandistas, filósofos do Iluminismo da idade do romantismo e do liberalismo que se seguiram. Estes escritores, que ainda inclui-se Lord Acton, falsamente assumem que a Inquisição era parte integrante de uma filosofia especial de intolerância flagrante e crueldade. Na realidade, ela evoluiu como um produto da sociedade que ela servia. Em suma, as mentes católicas objetivas que estão militantes contra os erros do liberalismo e do modernismo de nossa própria era e que olham com admiração o espírito e as instituições da Idade da Fé, podem permanecer com uma admiração saudável pela Santa Inquisição.

NOTAS

1. O ideal luterano, reconhecido na Paz de Westphalia em 1648, permitiu que cada Estado protestante organizasse a sua forma particular de religião como um departamento de Estado. Essa “paz”, disse o Rev. Denis Fahey,“tem sido bem denominada como o funeral da ordem católica do mundo. A separação do cristão do Cidadão de Lutero preparou o caminho para a edificação do Estado, realizado nos tempos modernos, e a influência social da sociedade protestante, assim, facilitou o advento do homem público moderno que pode, como um cidadão comum, ser católico, mas como um homem público ficar representado num culto protestante ou mesmo na ocasião participar”.A realeza de Cristo, 3ª ed, (Palmdale, Ca: 1990)., 40-41.

2. (Rockford, Ill: 1987), pp. x-xi.

3. Por volta de 1230 uma revolução substancial no pensamento e procedimento legal tinha ocorrido durante a maior parte da Europa Ocidental, que incluiu a introdução do processo de inquisição de inspiração romana, que em muitos aspectos, poderia ser considerado como uma modernização das práticas jurídicas da época. Edward Peters, Inquisition, (Nova Iorque, Londres: 1988), pg. 52-57.

4. Peters, Inquisition, pp. 231, 3.

5. Kieckhefer assinalou que não seria adequado para sequer falar de “Inquisição” em um contexto medieval. As próprias fontes mostram que a institucionalização mesmo regional e local do procedimento inquisitorial foi parcial e frágil, dependendo principalmente da dedicação e organização do poder do inquisidor individual e da necessidade concreta de ação percebida em um tempo e lugar específico. Richard Kieckhefer, “The Office of Inquisition and Medieval Heresy: The Transition from Personal to Institutional Jurisdiction”, Journal of Ecclesiastical History, 46 (January 1995), 59; Kieckhefer, Repression of Heresy in Medieval Germany, Philadelphia-Liverpool: 1979, p. 5.

6. A. L. Maycock, The Inquisition from Its Establishment to the Great Schism, (New York: 1969), 117.

7. Ibid, 100.

8. Houve incidentes de violência popular em Toledo em 1449, tumultos civis em 1470 em Valladolid, e os assassinatos de conversos em Jaén e Córdoba três anos mais tarde. O instrumento direto da violência em todos estes casos foi a população. Henry Kamen, Inquisition and Society in Spain, (Bloomington, Ind .: 1985), pp. 30-31.

9. Até o século 18, a Congregação do Santo Ofício não tinha praticamente nenhum poder ou influência externa dos Estados Pontifícios. Em suas principais tarefas, a censura do clero e de livros impressos, que coincidiam com a Congregação do Índex. Foi fechado durante o exílio do papa da Itália em 1809-1814, após isso foi restaurado com poderes ainda mais prejudicados. Em 1965, o Papa Paulo VI mudou seu nome para Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, e em 1966 aboliu o Index.

10. The Prosecution of Heresy: Collected Studies on The Inquisition in Early Modern Italy. Medieval and Renaissance Texts and Studies, Vol. 78, (Binghampton, NY: 1991), XI-XIV, 7-9.

11. Albert Clement Shannon dá uma explicação detalhada sobre as crenças dos cátaros e suas provas bíblicas tiradas de um dos tratados albigenses escritos até o fim do século. Por exemplo, para provar que o homem vem do diabo, os cátaros citavam João 8, 44: “Seu pai é o diabo” e 1 João 3, 8; “O homem que peca é o filho do diabo” - The medieval inquisition (Washington D.C. .: 1983), 2-19.

12. Summa of Rainerius Sacconi, trans. in Walter L Wakefield and Austin P. Evans, Heresies of the High Middle Ages, (New York: 1969), 330.

13. H.C.Lea, A History of The Inquisition in the Middle Ages, Vol. I, (New York: 1906-08), 1064.

14. Maycock, The Inquisition. Pg. 77, 52-53; Walsh, Characters of the Inquisition, 41-3.

15. Gustav Schnürer, Kirche und Kultur in Mittelalter, (Paderborn, 1926), II, p. 434.

16. Maycock, The Inquisition, 128-29.

17. Em 1323, o inquisidor Bernardo Gui (injustamente difamado no romance de Umberto Eco, O Nome da Rosa) produziu o Practica officii Inquisitionis heretice pravitatis, um manual inquisitorial elaborado e equilibrado. As doutrinas e procedimentos dos inquisidores derivavam tanto da teologia quanto do direito canônico, bem como a partir dos primeiros trabalhos de Padres da Igreja de concílios gerais e papas. Peters, Inquisition, pp. 60-64.

18. Apesar da aparente proibição de apelos (appelatione remota), Gregório IX e seu sucessor Inocêncio IV receberam repetidamente apelos feitos pelo autor da denúncia e anularam decisões injustas. Ao longo de todo este período parece que apelos encontraram o caminho para Roma, para reparação. Na verdade, o modelo das regulamentações há muito esquecidas do Código Justiniano, através do processo inquisitorial a Igreja trouxe o processo de recurso na legislação da Idade Média, pois apelos foram feitos fora dos tribunais, senhoriais feudais locais. O sucesso do sistema da Igreja da justiça não foi perdido em governantes seculares, que eventualmente adotaram apelos como procedimento regular em seus próprios sistemas judiciais reorganizados e centralizados. Shannon, The Medieval Inquisição, pp.139-40.

19. Hamilton, Inquisition, pp. 150-51, 130-33, 140-41.

20. Ibid., p. 160.

21. Ives Dossat, Les Crises de l'inquisition toulousaine au XIIIe siècle (1233-1273), Bordeaux: Imprimerie Bière, 1959, 247-268.

22. Kamen, The Spanish Inquisition, pp. 252-54.

23. Peters, Inquisition, 131.

24. Foxe, The Book of Martyrs, London: 1863, p. 1060; Peters, Inquisition, 133; Kamen, The Spanish Inquisition, p. 254, Peters, Inquisition, 152-4.

25. Para uma descrição mais detalhada de como o mito tomou forma na literatura, ver Peters Inquisition, pp.152-262.

26. “O mito da inquisição espanhola” Documentário da BBC, Nov. 1994.

27. Maycock, The Inquisition, p. 41, 259.

28. “O mito da inquisição espanhola” Documentário da BBC, Nov. 1994.

29. Kamen, The Spanish Inquisition, pp. 257-58.

30. La Ciencia Española , Madrid 1953, pp. 102-3.

31. Peters, pp. 260-61.

32. Kingship of Christ according to the Principles of St. Thomas Aquinas, (Palmdale, Ca: 1931, 1990 rep.), p. 38.


PARA CITAR

HORVAT, Marian. 5 Mitos sobre a Inquisição refutados por uma PHD em história. Disponível em:
.

Desde: 18/02/2016. Traduzido por: Rafael Rodrigues.



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1.Missus est angelus Gabrihel a Deo in civitatem Galilææ cui nomen nazareth ad virginem desponsatam viro cui nomen erat Joseph de domo David et nomen virginis Maria (Lc 1,26-27)


2. et ingressus angelus ad eam dixit have gratia plena Dominus tecum benedicta tu in mulieribus (28)


3. quæ cum vidisset turbata est in sermone ejus et cogitabat qualis esset ista salutatio (29)


4. et ait angelus ei ne timeas Maria invenisti enim gratiam apud Deum (30)


5. ecce concipies in utero et paries filium et vocabis nomen ejus Jesum (31)


6. hic erit magnus et Filius Altissimi vocabitur et dabit illi Dominus Deus sedem David patris ejus et regnabit in domo Jacob in æternum et regni ejus non erit finis (32-33)


7. dixit autem Maria ad angelum quomodo fiet istud quoniam virum non cognosco (34)


8. et respondens angelus dixit ei Spiritus Sanctus superveniet in te et virtus Altissimi obumbrabit tibi... (35)


9. ... ideoque et quod nascetur sanctum vocabitur Filius Dei (35)



10. dixit autem Maria ecce ancilla Domini fiat mihi secundum verbum tuum et discessit ab illa angelus





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1. exsurgens autem Maria in diebus illis abiit in montana cum festinatione in civitatem Juda et intravit in domum Zacchariæ et salutavit Elisabeth (Lc 1,30-40)

2. et factum est ut audivit salutationem Mariæ Elisabeth exultavit infans in utero ejus et repleta est Spiritu Sancto Elisabeth (41)

3. et exclamavit voce magna et dixit benedicta tu inter mulieres et benedictus fructus ventris tui (42)

4. 
et beata quæ credidit quoniam perficientur ea quæ dicta sunt ei a Domino (45)

5. 
et ait Maria magnificat anima mea Dominum et exultavit spiritus meus in Deo salutari meo et exultavit spiritus meus in Deo salutari meo (46-48)

6. 
ecce enim ex hoc beatam me dicent omnes generationes quia fecit mihi magna qui potens est 
(48-49)

7. 
et sanctum nomen ejus et misericordia ejus in progenies et progenies timentibus eum (49-50)
8. fecit potentiam in brachio suo dispersit superbos mente cordis sui (51)

9. 
deposuit potentes de sede et exaltavit humiles (52)

10. 
esurientes implevit bonis et divites dimisit inanes

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Publicado em 22 de ago de 2016

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UM PROBLEMA QUE ME PARECIA INSOLÚVEL...

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PENSEI que o problema era insolúvel, mas, dei que dei e acabei achando a resposta. Aliás, para este caso achei pelo menos quatro soluções diferentes. Quero ver se você consegue também:
Na figura abaixo deve-se distribuir os números de 1 a 8 de tal forma que não estejam vizinhos de seu consecutivo (nem para cima nem para baixo) tanto nas laterais quanto nas diagonais
:


EVANGELHO APÓCRIFO - ASSUNÇÃO DA VIRGEM MARIA

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Artur Germano - Claro, não esta na Bíblia, ela é incompleta.

Túlio Martin -Rsss... Estão nos apócrifos??? Nem lá kkkkkkkkkk



Por iluminação divina (ITm 3,15) a santa Igreja instituída por Cristo, discerniu os 73 livros inspirados rejeitando um total de 161 livros, sendo somente do Novo Testamento 89 manuscritos.

É claro que o Túlio prefere acreditar nas decisões dos rabinos que além de rejeitar o próprio Filho de Deus, também decidiram rejeitar (Jâmnia - 90 d.C.), embora alijados da vinha do Senhor
(Mt 21,33-43) , também estes 7 livros e mais alguns capítulos que foram aprovados pela Igreja instituída por Jesus.

Por isso se engana por crer que não existem os verdadeiramente apócrifos dentre os quais se narra a ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA.







Passagem da bem Aventurada Virgem Maria (De Transitu Virginis).

Narração erroneamente Atribuída a José de Arimateia





Capítulo 1

DENTRE AS muitas coisas que a mãe perguntou ao seu filho durante aquele tempo que precedeu a paixão do Senhor, figura a referente à sua passagem, sobre a qual começou a perguntar-lhe nestes termos: "Ó caríssimo filho, rogo à tua Santidade que, quando chegue o momento que minha alma tenha de sair do corpo, me faças saber com três dias de antecedência; e então Tu, querido filho, encarrega-te dela na companhia de teus anjos."


Capítulo 2


Ele, de sua parte, acolheu a súplica de sua querida mãe e disse-lhe: "Ó habitação e templo de Deus vivo, ó mãe bendita, Ó rainha de todos os santos e bendita entre todas as mulheres, como sabes, antes de me carregares em teu seio guardei-te continuamente e te alimentei com meu manjar angélico. Como irei abandonar-te depois de me haveres gestado e alimentado, depois de me haveres levado na fuga ao Egito e haveres sofrido por mim tantas angústias? Fica sabendo, então, que meus anjos sempre te guardaram e te seguirão guardando até o momento da tua passagem.Mas, após ter sofrido pelos homens conforme o que está escrito e depois de haver ressuscitado ao terceiro dia e subido ao céu ao final dos quarenta dias, quando me vires vir ao teu encontro na companhia dos anjos e dos arcanjos, dos santos, das virgens e de meus discípulos, podes estar certa então de que chegou o momento em que tua alma será separada de teu corpo e transportada por mim ao céu, onde nunca experimentarás a mínima atribulação ou angústia".





Capítulo 3

Então ela viu-se inundada de gozo e de glória, beijou os pés de seu filho e abençoou o Criador do céu e da terra, por haver-lhe destinado semelhante dom através de Jesus Cristo, seu Filho.


Capítulo 4

Durante o segundo ano a partir da Ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo, a beatíssima Virgem Maria costumava entregar-se assídua e constantemente à oração de noite e de dia. Na antevéspera de sua morte recebeu a visita de um anjo do Senhor, o qual saudou-a dizendo: "Deus te salve, Maria; és cheia de graça; o Senhor é contigo". Ela, por sua vez, respondeu: "Graças sejam dadas a Deus". Ele tomou novamente a palavra para dizer-lhe: "Recebe esta palma que te foi prometida pelo Senhor". Ela, então, transbordante de gozo e de gratidão para com Deus, tomou das mãos do anjo a palma que lhe havia sido enviada. E o anjo do Senhor disse-lhe: "Daqui a três dias terá lugar a tua Ascensão". Ao que ela replicou: "Graças sejam dadas a Deus".




Capítulo 5

Chamou então José de Arimatéia e os outros discípulos do Senhor. E quando eles estavam reunidos, assim como seus próprios conhecimentos e mais chegados, anunciou a todos a sua iminente passagem. Depois a bem-aventurada Maria asseou-se e enfeitou-se como uma rainha e ficou esperando a chegada do seu Filho, conforme Ele lhe havia prometido. E rogou a todos os seus parentes que zelassem por ela e lhe proporcionassem (alguma) distração. Tinha ao seu lado três virgens: Séfora, Abigail e Zael. Mas os discípulos de Nosso Senhor Jesus Cristo estavam já nessa época dispersos pelo mundo inteiro para evangelizar o povo de Deus.


Capítulo 6
Naquele momento (era então a hora terceira), enquanto a rainha Maria estava em seus aposentos, produziram-se grandes trovões, chuvas, relâmpagos, perturbações e terremotos. O apóstolo e evangelista João foi transportado de Éfeso; entrou no quarto onde se encontrava a bem-aventurada Virgem Maria e saudou-a com estas palavras: "Deus te salve, Maria; és cheia de graça; o Senhor é contigo". Ela por sua vez respondeu: "Graças sejam dadas a Deus". E, levantando-se, deu um beijo em João. Depois disse-lhe: "O queridíssimo filho, por que. me abandonaste durante tanto tempo e não te importaste com o encargo que te deu o teu Mestre com relação à minha custódia, como te ordenou enquanto estava dependurado na cruz?" Ele, então, caindo de joelhos, pôs-se a pedir-lhe perdão. E a bem-aventurada Virgem Maria abençoou-o e beijou-o novamente.


Capítulo 7
E, quando se dispunha a perguntar-lhe de onde vinha e por que razão se havia apresentado em Jerusalém, eis que (de repente) todos os discípulos do Senhor, exceto Tomé, o chamado Dídimo, foram levados numa nuvem até a porta dos aposentos onde estava a bem-aventurada Virgem Maria. Então, pararam e depois entraram e veneraram a rainha, saudando-a com estas palavras: "Deus te salve, Maria; és cheia de graça; o Senhor é contigo". Ela então levantou-se, solícita e, inclinando-se, foi beijando-os e deu graças a Deus.
Eis aqui os nomes dos discípulos do Senhor que foram levados até lá numa nuvem: João o Evangelista e seu irmão Tiago; Pedro e Paulo; André, Felipe, Lucas, Barnabé; Bartolomeu e Mateus; Matias, apelidado o Justo; Simão Cananeu; Judas e seu irmão; Nicodemus e Maximiano e, finalmente, muitos outros que não é possível contar.



Capítulo 8
Então a bem-aventurada Virgem Maria disse aos seus irmãos: "A que se deve terem todos vindo a Jerusalém?" Pedro assim respondeu: "Tu nos perguntas, sendo que era a ti nós deveríamos perguntar? Por mim tenho certeza que nenhum de nós conhece a razão pela qual apresentamo-nos aqui tão velozmente. Estava em Antioquia e agora encontro-me aqui".
E todos foram indicando o lugar onde haviam estado naquele dia, ficando surpreendidos e cheios de admiração por se verem ali presentes ao escutar tais relatos.



Capítulo 9

A bem-aventurada Virgem Maria disse-lhes: "Antes de meu filho sofrer a paixão, eu roguei que tanto Ele quanto vós todos assistísseis a minha morte, e essa graça foi-me outorgada. Por isso sabereis que amanhã terá lugar a minha passagem.Vigiai e orai comigo para que, quando o Senhor venha encarregar-se da minha alma, vos encontre velando", Então empenharam sua palavra de que permaneceriam vigilantes. E passaram toda a noite em vigília e em adoração, entoando salmos e cantando hinos, acompanhados de grandes luzes.
Chegando o domingo, e a hora terceira, Cristo desceu acompanhado de uma multidão de anjos, da mesma maneira que havia descido o Espírito Santo sobre os apóstolos numa nuvem, e recebeu a alma de sua querida mãe, E enquanto os anjos entoavam aquela passagem do Cântico dos Cânticos na qual o Senhor diz: "Como o lírio ente espinhos, assim minha amiga entre as filhas", sobreveio tal resplendor e um perfume tão suave, que todos os presentes caíram sobre seus rostos (da mesma maneira que os apóstolos caíram quando Cristo transfigurou-se na presença deles em Tabor), e durante hora e meia ninguém foi capaz de levantar-se.


Capítulo 10

No momento, porém, em que o resplendor começou a afastar-se, iniciou-se a assunção ao céu da alma da bem aventurada virgem Maria entre salmodias, hinos e os ecos do Cântico dos Cânticos. E, quando a nuvem começou a elevar-se, a terra inteira sofreu um estremecimento e no mesmo instante todos os habitantes de Jerusalém puderam aperceber-se claramente da morte da Santa Maria.


Capítulo 11

Mas foi naquele mesmo instante que Satã penetrou no seu interior, e então os demônios puseram-se a pensar o que fariam com o corpo de Maria. Apetrecharam-se armas para atear fogo ao cadáver e matar os apóstolos, pois pensavam que ela havia sido a causa da dispersão de Israel, que sobreviera pelos seus próprios pecados e pela conspiração dos gentios. Mas foram atacados de cegueira e vieram a dar com a cabeça contra os muros e entre si.



Capítulo 12
Então os apóstolos, atraídos pela enorme claridade, levantaram-se ao compasso da salmodia e iniciou-se a passagem do santo cadáver do monte de Sião até o vale de Josafá. Porém, ao chegar à metade do caminho, eis que certo judeu de nome Ruben veio ter com eles, pretendendo jogar o féretro ao chão, juntamente com o cadáver da bem-aventurada Virgem Maria. Imediatamente suas mãos tomaram-se secas até o cotovelo, e, por bem ou por mal, teve de ir até o vale de Josafá chorando e soluçando ao ver que suas mãos se haviam tomado rígidas e coladas ao féretro e que não era capaz de atraí-las de novo para junto de si.

Capítulo 13

Depois rogou aos apóstolos que através de suas orações obtivessem de volta a sua saúde e ele far-se-ia cristão. Então eles puseram-no de joelhos e rogaram ao Senhor que o libertasse. No mesmo instante, deu-se a sua cura e ele pôs-se a dar graças a Deus e beijar os pés da Rainha e de todos os santos e apóstolos. Foi imediatamente batizado naquele lugar e começou a pregar em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.






Capítulo 14

Depois os apóstolos depositaram o cadáver no sepulcro com todas as honras e puseram-se a chorar e a cantar,dado o.excessivo amor e doçura que sentiam. De imediato viram-se circundados por uma luz celestial e caíram prostrados, enquanto o santo cadáver era levado aos céus pelas mãos dos anjos.

Continua na próxima postagem.

FANTASIAS PROTESTANTES SEM SUPORTE HISTÓRICO NO LUGAR DE HISTÓRIA UNIVERSAL

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HISTORIANET publica mentira anti-histórica a serviço do protestantimo 



No endereço: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=918 o vergonhoso site HISTORIANET diz, fazendo uso de proselitismo protestante:

“O termo “Igreja Católica” é posterior ao Concílio de Trento, uma forma de diferenciação perante os protestantes. Antes só existia a Cristandade.”

Isso é falso. Este site está difundindo fantasias protestantes e não história universal.

Os testemunhos primitivos abaixo, de centenas de anos antes do Concílio de Trento (1545 a 1563), acabam com o engodo e mostram a Igreja Católica como a única e verdadeira desde os primeiros anos do cristianismo.
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Esmirna era uma cidade que, a exemplo da Fenix, o pássaro da mitologia grega, havia também renascido das cinzas. Lá por volta do ano 600 A.C, os lídios atacaram e destruíram toda a cidade. Aproximadamente 400 anos depois, Lisímaco a reconstruiu e a partir de então a glória de Esmirna
 tornou-se maior do que outrora.
São Policarpo, bispo de Esmirna; foi contemporâneo dos apóstolos, nasceu no ano 69 e foi discípulo de São João Evangelista.



Ele escreveu: “A Igreja de Deus que peregrina em Esmirna à Igreja de Deus que peregrina em Filomélio e a todas as paróquias da IGREJA SANTA E CATÓLICA em todo o mundo”. Nessa mesma Epístola se fala de uma oração feita por São Policarpo, na qual ele “fez menção de todos quantos em sua vida tiveram trato com ele, pequenos e grandes, ilustres e humildes, e especialmente de toda a IGREJA CATÓLICA, espalhada por toda a terra” (c. 8).

Santo Inácio, que conheceu São João, escritor do livro de Apocalipse, dizia lá no ano 106“Onde estiver o bispo, está o povo, assim como onde está Jesus Cristo, está a IGREJA CATÓLICA”. ( Sto. Inácio de Antioquia, Carta aos Esminenses, 8, ano 106 d.C.).

São Clemente de Alexandria já dizia no século II: “Não só pela essência, mas também pela opinião, pelo princípio, pela excelência, só há uma Igreja antiga e é a IGREJA CATÓLICA." (Stromata 1.7. c. 15)

São Frutuoso, martirizado no ano 259, diz: “É necessário que eu tenha em mente a IGREJA CATÓLICA, difundida desde o Oriente até o Ocidente” (Ruinart. Acta martyrum pág 192 nº 3).

Lactâncio, convertido ao cristianismo no ano 300, diz: “Só a IGREJA CATÓLICA é que conserva o verdadeiro culto. Esta é a fonte da verdade; este o domicílio da fé, o templo de Deus, no qual se alguém não entrar, do qual se alguém sair, está privado da esperança de vida e salvação eterna” (Livro 4º cap. III).

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CAPADÓCIA



No mesmo século III, Firmiliano, bispo de Capadócia, diz assim: “Há uma só esposa de Cristo que é a IGREJA CATÓLICA (Ep. De Firmiliano nº 14).

O Historiador Optato de Milevi, no ano 367, registrou: "Na cidade de Roma, quem por primeiro se sentou na cátedra episcopal foi o Apóstolo Pedro, ele que era a cabeça de toda a Igreja, (...) Os apóstolos nada decidiam sem estar em comunhão com esta única cátedra (...) Recorde a origem desta cátedra, todos que reivindicam o nome da Santa Igreja Católica..." (O Cisma Donatista 2:2).

Como se pode ver, esse site desonesto apenas copia e difunde as conhecidas lorotas anti-históricas protestantes.

Estudantes não confiem nesses irresponsáveis. Para saber mais sobre as outras mentiras que publicam ali sobre a "reforma" protestante, acesse: http://fimdafarsa.blogspot.com.br/2011/05/os-embustes-em-torno-das-95-teses-de.html  e  http://fimdafarsa.blogspot.com.br/2011/11/manual-do-professor-refutado.html

Por Fernando Nascimento



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CULTO À SANTA MUERTE - MORRE O PADRE EXORCISTA AOS 91 ANOS

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PADRE GABRIELE AMORTH MORRE AOS 91 ANOS




A doutrina da reencarnação, o esoterismo, o satanismo, o espiritualismo e as duvidosas terapias alternativas são meios para consumo no mercado da moda religiosa. Por detrás de muitas seitas e movimentos religiosos há sociedades secretas, elites econômicas e grupos políticos explorando a boa fé do povo.



Existem na Itália de 600 a 700 Seitas Satânicas
Em 16 de setembro de 2016, aos 91 anos de idade faleceu o Exorcista da diocese de Roma, que sempre alertou a respeito do perigo da crescente ação diabólica na atualidade.
O Padre Gabriele Amorth, da Pia Sociedade de São Paulo, é muito apreciado por seus livros sobre Nossa Senhora e sua atividade apostólica jornalística. Seu programa na Radio Maria peninsular contava com 1.700.000 ouvintes.
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Pe. Amorth tornou-se mundialmente conhecido com o lançamento de sua obra Um exorcista conta-nos, em 1990. Tal obra alcançou notável êxito editorial na Itália, tendo sua tradução portuguesa obtida vária edições. A partir de então, a mídia internacional focalizou a sua atuação desse sacerdote, que foi Presidente da Associação Internacional dos Exorcistas.
Solicitadíssimo por inúmeras pessoas necessitadas de amparo contra as insídias diabólicas, o Pe. Amorth exerceu intenso e extenuante trabalho apostólico. Já realizou mais de 40 mil exorcismos. Livrar uma pessoa do demônio, geralmente, constitui um trabalho muito lento.
Disse o Pe. Amorth: “Sempre. É matemático. Examinando toda a história do Antigo Testamento, a história de Israel, quando esta abandona Deus, entrega-se à idolatria. É matemático, quando se abandona a Fé, entregamo-nos à superstição. Isto aplica-se, em nossos dias, a todos nós do mundo ocidental. Tomem as velhas nações da Cristandade medieval. A católica Itália, a França, a Espanha, a Áustria, a Irlanda, que uma vez foram nações cujo catolicismo era forte. Agora o catolicismo tornou-se fraquíssimo. Na Itália, de 12 a 14 milhões de italianos frequentam atualmente sessões de bruxaria e cartomantes. Há no país aproximadamente 65.000 bruxos e cartomantes, muito mais que o número de sacerdotes”. “Existem também na Itália de 600 a 700 seitas satânicas. E 37% da juventude italiana participaram algumas vezes de sessões espíritas, acreditando ser um mero jogo…”.  “A página mais lida dos jornais é o horóscopo…  e os quotidianos não são comprados pelos analfabetos. São os industriais, os políticos, que não tomam decisões sem antes ouvir um bruxo. Ou seja, sempre que diminui a Fé, aumenta a superstição” (1).

Seita que mais cresce no mundo é o culto à Santa Morte
O culto à Santa Muerte ou Nossa Senhora da Santa Morte, como prefere seus devotos, é considerado hoje a seita que mais cresce no mundo. Os estudiosos acreditam que ela já reúne entre 10 e 12 milhões de seguidores; seis milhões só no México.
Andrew Chesnut, professor da Universidade Commonwealth da Virginia e pesquisador da religião no continente americano, explica que embora siga uma antiga tradição, esse movimento religioso oficialmente só tem 12 anos. Ele acaba de publicar o livro “Devoted to Death”, uma das primeiras obras acadêmicas sobre o culto.
Antes de 2001, a adoração de Santa Muerte era algo clandestino. Seus devotos construíam santuários pessoais escondidos dentro de casa. Quando Enriqueta Romero abriu o primeiro santuário público a santa no bairro de Tepito, na Cidade do México, deu início a uma rápida expansão de novos templos para Santa Muerte em todo o México, na América Central, e várias metrópoles dos EUA com grandes comunidades latinas.
Existem registros que a seita já chegou até Japão, Austrália e Filipinas. “Não há outro novo movimento religioso que possa competir com a velocidade desse crescimento”, afirma Chesnut. O mais curioso é que o crescimento é espontâneo. Diferentemente da maioria das seitas, não há um sistema organizado, nem líderes mundiais carismáticos. Aos poucos tem ganhado visibilidade na cultura pop, como parte do roteiro do seriado Breaking Bad ou personagem na animação infantil “O Livro da Vida”.
Resultado de imagem para MictecacihuatlA origem de Santa Muerte não é totalmente clara. O mais provável é que se trata de uma combinação de crenças do catolicismo espanhol com a deidade asteca Mictecacihuatl, a rainha do submundo. A figura tétrica não deixa dúvidas que se trata da morte, mas não se sabe exatamente quando ela começou a ser chamada de “Nossa Senhora”. Ela possui diferentes representações, sempre com o rosto e as mãos de um esqueleto, sendo a mais comum a que aparece vestida de noiva.
A Igreja Católica oficialmente não a reconhece como santa. Pelo contrário. Em maio de 2013, o cardeal Ravasi, presidente do Conselho Pontifício do Vaticano para a Cultura, condenou o culto à Santa Muerte, chamando-o de “uma blasfêmia contra a religião cristã”. Líderes cristãos de todo o México usaram diversas vezes o adjetivo “satânica” para falar dessa seita.
Em troca da proteção contra os policiais, os traficantes oferecem sacrifícios humanos para Santa Muerte, o que deixa a situação da população mexicana ainda mais vulnerável. “Há uma infestação de demônios no México porque nós abrimos as portas para esse tipo de crença”, lamenta o padre exorcista Francisco Bautista.
A sua explosão de popularidade no México reconhecidamente acompanhou o crescimento dos carteis mexicanos do narcotráfico que desde 2006 confrontam o governo. A violência no país, que chega a quase 80 mil mortes anuais, acabou sendo um fator de identificação para a população em geral. “Afinal, quem melhor para pedir mais alguns grãos na ampulheta da vida do que para a própria morte?”, questiona Chesnut (2).
NA ESPANHA
Pe. Luis Santamaría del Rio, padre católico espanhol, membro fundador de RIES e especialista no tema seitas e Nova Era. É também consultor da Comissão Episcopal de Relações Interconfessionais da Conferência Episcopal Espanhola, membro da Sociedade Espanhola de Ciências das Religiões (SECR), da Academia Americana de Religião (AAR) e da Sociedade Internacional para o Estudo das Novas Religiões (ISSNR).
Afirma o Pe. Luis Santamaría  “Entre os jovens espanhóis são mais pessoas que acreditam em reencarnação do que na ressurreição. Devemos tomar cuidado: há uma seita para cada tipo de pessoa. Cerca de 400.000 pessoas na Espanha estão ligadas a movimentos sectários. As  Testemunhas de Jeová, que são mais de 100.000 na Espanha”.
Desafio e autocrítica
A Igreja vê as seitas como um desafio cultural, como demonstramos que os seres humanos são religiosos por natureza. Se essa nostalgia do sagrado que está na pessoa não é preenchida com uma experiência religiosa saudável, entram experiências patológicas. Devemos perguntar por que há pessoas que não aceitam nossa evangelização e preferem a mensagem de movimentos sectários. É muito importante a formação, catequese e experiência de Deus em oração. As comunidades devem ser verdadeiras famílias, onde a vida é compartilhada e não só vão à igreja no domingo, diz o Pe. Santamaria (3).
CONCLUSÃO
As seitas têm crescido muito no mundo inteiro. Com várias modalidades e diferentes estratégias. O Brasil é um solo fértil para o crescimento de seitas e  heresias. Na maioria das vezes elas vêm dos Estados Unidos. São aquelas que guardam o sábado, uma que proíbe doar sangue, outra batiza pelos mortos, outra só batiza em nome de Jesus, outra condena pastor e dízimos na igreja, outra fundamentaliza no pentecostalismo e o famigerado neopentecostalismo com a sua enganosa teologia da prosperidade.
A doutrina da reencarnação, o esoterismo, o satanismo, o espiritualismo e as duvidosas terapias alternativas são meios para consumo no mercado da moda religiosa. Por detrás de muitas seitas e movimentos religiosos há sociedades secretas, elites econômicas e grupos políticos explorando a boa fé do povo.
O sucesso deles depende da boçalidade da massa no que se refere à ignorância das Sagradas Escrituras, dos dogmas da fé cristã, falta de comunhão comunitária, desconhecimento dos problemas sociais e da cultura de morte. O império das seitas predomina onde é violada a dignidade da pessoa humana.
Pe. Inácio José do Vale
Professor e Conferencista
Sociólogo em Ciência da Religião
Fraternidade Sacerdotal Jesus Cáritas
Irmãozinho da Visitação de Charles de Foucauld


Fonte: CATÓLICOS ONLINE

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MARIA PERMANECEU VIRGEM APÓS O PARTO?

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EIS COMO OS LÍDERES EVANGÉLICOS ENGANAM CATÓLICOS POUCO INSTRUÍDOS NA FÉ. VEJAM O QUE SEGUE

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O AUTODENOMINADO PRESBÍTERO ANDRÉ SANCHEZ RESPONDE:



Maria, mãe de Jesus, permaneceu virgem após ter dado à luz a Cristo?


Você Pergunta: Há alguns meses entreguei minha vida a Jesus. Eu era católica, mas não lia muito a Bíblia. Comecei estudar mais a fundo a Bíblia e começaram surgir muitas dúvidas em minha mente. Uma delas é sobre a afirmação católica de que Maria permaneceu virgem para sempre. A Bíblia parece dizer o contrário, mas a doutrina católica afirma isso veementemente. Poderia me explicar essa questão?


RESPOSTA DO PASTOR QUE ACHA QUE É PRESBÍTERO: Cara leitora, realmente existe uma doutrina católica que afirma que Maria, mãe de Jesus, permaneceu virgem antes, durante e depois do parto. (veja esse posicionamento católico nesse link). Porém, esse posicionamento está mais fundamentado nos dogmas católicos do que na própria Bíblia Sagrada que, segundo cremos, é a única e exclusiva revelação de Deus aos homens. Cremos que Cristo nasceu de forma extraordinária, num nascimento virginal. Mas será que Maria permaneceu virgem mesmo após o nascimento de Cristo? Vamos recorrer a Bíblia para elucidar essa questão.

Maria, mãe de Jesus, permaneceu virgem após ter dado à luz a Cristo?

REPLICANDO A RESPOSTA DO PASTOR:

"... Bíblia Sagrada que, segundo cremos, é a única e exclusiva revelação de Deus aos homens".
Segundo cremos? Mas qual é o fundamento dessa crença?

Nenhum, nem histórica nem biblicamente.

Em nenhuma parte da Bíblia se fala que a ela "é a única e exclusiva revelação de Deus aos homens". A passagem seguinte que se encontra em 
 Mt 28,19-20  diz o seguinte: 
"Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ENSINANDO-AS a observar tudo quanto vos ordenei...". 


Mas, onde é que se encontram as observâncias ordenadas por Jesus? Claro! No Novo Testamento que somente, e
 por iniciativa da Igreja, começou a ser escrito muito mais tarde e terminando já no final do primeiro século.

Cristo só ensinou de viva voz e não escreveu uma só linha. A sedição protestante, porém, quer que todo o cristianismo deve apoiar-se num livro! Cristo não nos deu este livro! E Cristo não disse aos seus apóstolos:

"Sentai-vos, escrevei ou viajai e distribuí Bíblias!!!!!"

Ele disse: 

"Ide e pregai... quem vos ouve, a mim ouve...". Nem mandou escrever, nem mandou ler.

Portanto, nadica de Bíblia!

Os apóstolos foram fiéis à ordem do Verbo de Deus; 

- poucos dentre eles escreveram; 

- os que escreveram, escreveram pouco; 

- todos pregaram 

- e pregaram muito.

Donde foi que os hereges tiraram a ideia de que tudo deve estar contido na Bíblia????? Por favor, me responda!


E CONTINUA A FALA DO PASTOR: 


Dentre vários argumentos possíveis, vou expor mais detalhadamente um que me parece ser suficiente para elucidar essa questão: Jesus tinha irmãos que eram filhos de Maria. Se ele tinha irmãos é impossível que Maria tenha permanecido virgem. 
Os católicos argumentam nesse ponto: “Mas todos sabem que em hebraico o termo “irmão” pode indicar qualquer parentesco, como sobrinho (Gn 12,5 e 13,8; 29,12.15), tio, primo (1Cr 23,22) e até amigo (Gn 29,4). (Fonte: http://www.franciscanos.org.br/?page_id=5520).

RÉPLICA: -Na verdade, não se trata apenas de uma característica idiomática. É também um costume dos hebreus que foi conservado mesmo quando eles escreviam em grego: 
"Abrão disse a Lot:
Rogo-te que não haja discórdia entre mim e ti, nem entre nossos pastores, pois somos irmãos"
(Gn 13,8),

vertido para o grego na Bíblia Septuaginta:

"
εἶπεν δὲ Αβραμ τῷ Λωτ μὴ ἔστω μάχη ἀνὰ μέσον ἐμοῦ καὶ σοῦ καὶ ἀνὰ μέσον τῶν ποιμένων μου καὶ ἀνὰ μέσον τῶν ποιμένων σου ὅτι ἄνθρωποι ἀδελφοἡμεῖς ἐσμεν".

Ora, sabemos que ADELFOI
(ἀδελφοsignifica IRMÃOS em grego, não obstante serem Abraão e Lot tio e sobrinho.

FALA O PASTOR: -

 
... O argumento católico de que Maria teria feito voto de castidade para toda a vida não pode ser sustentado à luz das Escrituras.

RESPOSTA: - Dizia Jesus, referindo-se aos que se fizeram eunucos por amor ao Reino de Deus:

"Nem todos são capazes de compreender o sentido desta palavra, mas somente aqueles a quem foi dado... Quem tiver capacidade para compreender, compreenda
" (Lc 19,12).

Quanto às Escrituras, pelo contrário, são elas que fornecem tanta luz que somente os empedernidos não conseguem ver. Consideremos a pergunta feita por Maria. Ela tinha plena consciência de que para ser mãe teria de contar com a contribuição masculina, mas para tanto, já estava desposada com o justo José da Casa de Davi. Então, por que a pergunta:

"Como se fará isso, pois não conheço homem?"(São Lucas 1, 34)?

Esta pergunta põe a descoberto uma notável apreensão  quanto à conservação de sua VIRGINDADE. Observe que ela nem levou em conta a honra e a glória de se tornar a mãe  do mais poderoso rei de Israel cujo reinado jamais teria fim.

Sua pergunta revela uma preocupação que ia além do simples desejo de permanecer virgem, pois certamente, talvez por inspiração divina, teria feito voto de
CASTIDADE.
"O anjo não diz que ela já concebeu, nem que ela vai conceber naquele mesmo dia ou naquela mesma semana, apenas fala, sem determinação de tempo, numa coisa que irá acontecer para o futuro: conceberás. Para uma noiva, esta revelação é o que há de mais natural; nenhuma noiva, em circunstâncias normais, acharia impossível este acontecimento. Como bem observa Cornélio Alápide, ela diz: “Não conheço varão” assim como dizem os abstêmios “não bebo vinho”, querendo significar com isto, não só que não bebem vinho presentemente, mas que não pretendem bebê-lo.
Está Maria, não diante de uma impossibilidade física, mas sim de uma impotência moral; se ela vê aí que é um problema tão difícil o nascimento de um filho, é porque está ligada a Deus pelo 
voto de virgindade. E se existe este voto de virgindade nela que está comprometida com São José, é sinal que houve entre ambos um pacto de perfeita continência" (Texto de David A. Conceição).

Impossível?

Não por isso, porque segundo as palavras do anjo:
"... 
a Deus nenhuma coisa é impossível" (Lc 1,37).

"E a prova de que a dificuldade que vê Maria Santíssima para ser a mãe do Messias é a sua inabalável resolução de conservar-se virgem, está na resposta dada pelo anjo. Maria deve tranquilizar-se a este respeito, porque o Filho nascerá de um prodígio, sem quebra absolutamente de sua virgindade" (mesmo autor).



COMPETINDO COM DEUS?

"José e Maria, dois jovens israelitas de 18 e 13 anos respectivamente, estavam comprometidos. Tinham concretizado a primeira fase do matrimônio, o “quidushin”, e esperavam poder ir brevemente viver juntos uma vez decorrido o prazo estipulado. Mas, nesta fase de espera, Maria foi escolhida por Deus para ser a mãe de seu divino Filho. Informado disso, José viu-se perante um sério problema: ele tinha elegido Maria para si, para que ela fosse sua esposa, a mãe de seus filhos, sua companheira. Mas agora dá-se conta de que Deus também se tinha fixado nela, e também Ele a escolhera para mãe de seu Filho.
Como competir com Deus pelo amor de uma jovem? Podia ter a Deus como contendor? Não. Nem podia apropriar-se de um filho que não era seu, mas que vinha do céu. Seria uma injustiça.
E aqui, então, se esclarece a decisão de José. Como ele era justo, não querendo apoderar-se de um filho que pertencia a Deus, e vendo, além disso, que Deus tinha escolhido a mesma mulher que ele para iniciar o plano de salvação, resolve deixar a sua esposa livre do compromisso que tinha contraído, e divorciar-se em segredo.
E assim tinha decidido, quando em sonhos se lhe apresenta um anjo e lhe diz que não tenha medo (isto é, escrúpulos) em tomar a Maria como esposa (ou seja, celebrar o “nissuin”). Porque embora o filho que ela espera venha de Deus, ele lhe porá o nome de Jesus quando nascer.
Por outras palavras, Deus pede a José que fique junto de Maria. Porque, apesar de ela ter sido eleita para Deus, ele também foi eleito – também faz parte do plano de salvação. E qual é a sua missão em tudo isto? Deverá pôr o nome ao menino, isto é, considerá-lo como seu, assumi-lo como próprio. Porque, sendo ele descendente da família do rei David, se o adotasse como seu filho podia transformar Jesus num “descendente” de David, num “filho de David”. E introduzindo Jesus na genealogia de David, cumpriam-se as profecias anunciadas sobre Ele" (Tradução de Lopes Morgado - Fonte: Capuchinhos)


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TERÇO BÍBLICO EM LATIM PARA IMPRESSÃO

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MISTÉRIOS GOZOSOS 
PRIMEIRO MISTÉRIO GOZOSO 
- A ANUNCIAÇÃO -

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PATER NOSTER e uma AVE MARIA para cada conta:

1.Missus est angelus Gabrihel a Deo in civitatem Galilææ cui nomen nazareth ad virginem desponsatam viro cui nomen erat Joseph de domo David et nomen virginis Maria (Lc 1,26-27)



2. et ingressus angelus ad eam dixit have gratia plena Dominus tecum benedicta tu in mulieribus (28)



3. quæ cum vidisset turbata est in sermone ejus et cogitabat qualis esset ista salutatio (29)



4. et ait angelus ei ne timeas Maria invenisti enim gratiam apud Deum (30)



5. ecce concipies in utero et paries filium et vocabis nomen ejus Jesum (31)


6. hic erit magnus et Filius Altissimi vocabitur et dabit illi Dominus Deus sedem David patris ejus et regnabit in domo Jacob in æternum et regni ejus non erit finis (32-33)

7. dixit autem Maria ad angelum quomodo fiet istud quoniam virum non cognosco (34)


8. et respondens angelus dixit ei Spiritus Sanctus superveniet in te et virtus Altissimi obumbrabit tibi... (35)



9. ... ideoque et quod nascetur sanctum vocabitur Filius Dei (35)



10. dixit autem Maria ecce ancilla Domini fiat mihi secundum verbum tuum et discessit ab illa angelus (38)




SEGUNDO MISTÉRIO GOZOSO 
- A VISITAÇÃO -

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1. exsurgens autem Maria in diebus illis abiit in montana cum festinatione in civitatem Juda et intravit in domum Zacchariæ et salutavit Elisabeth (Lc 1,30-40)


2. et factum est ut audivit salutationem Mariæ Elisabeth exultavit infans in utero ejus et repleta est Spiritu Sancto Elisabeth (41)


3. et exclamavit voce magna et dixit benedicta tu inter mulieres et benedictus fructus ventris tui (42)

4. et beata quæ credidit quoniam perficientur ea quæ dicta sunt ei a Domino (45)

5. et ait Maria magnificat anima mea Dominum et exultavit spiritus meus in Deo salutari meo (46-48)

6. ecce enim ex hoc beatam me dicent omnes generationes quia fecit mihi magna qui potens est 
(48-49)

7. et sanctum nomen ejus et misericordia ejus in progenies et progenies timentibus eum (49-50)

8. fecit potentiam in brachio suo dispersit superbos mente cordis sui (51)

9. deposuit potentes de sede et exaltavit humiles (52)

10. esurientes implevit bonis et divites dimisit inanes




TERCEIRO MISTÉRIO GOZOSO 
- A NATIVIDADE -

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1 - factum est autem cum essent ibi impleti sunt dies ut pareret (Lc 2,6)
2 - et peperit filium suum primogenitum et pannis eum involvit (7)

3 - 
et reclinavit eum in præsepio quia non erat eis locus in diversorio (7)


4 - et pastores erant in regione eadem vigilantes et custodientes vigilias noctis supra gregem suum et ecce angelus Domini stetit juxta illos et claritas Dei circumfulsit illos et timuerunt timore magno (8-9)

5 - 
et dixit illis angelus nolite timere ecce enim evangelizo vobis gaudium magnum quod erit omni populo (10)


6 - 
quia natus est vobis hodie salvator qui est Christus Dominus in civitate David (11)


7 - 
et subito facta est cum angelo multitudo militiæ cælestis laudantium Deum et dicentium gloria in altissimis Deo et in terra pax in hominibus bonæ voluntatis (13-14)


8 - ecce magi ab oriente venerunt Hierosolymam... et intrantes domum invenerunt puerum cum Maria matre ejus  (Mt 2, 1.11) 

9 - et procidentes adoraverunt eum et apertis thesauris suis obtulerunt ei munera aurum tus et murram (Mt 2,11)


10 - Maria autem conservabat omnia verba hæc conferens in corde suo (Lc 2,19)


QUARTO MISTÉRIO GOZOSO 
- A APRESENTAÇÃO -Resultado de imagem para desenho "terço"  apresentação no templo

1 - et postquam impleti sunt dies purgationis ejus secundum legem Mosi tulerunt illum in Hierusalem ut sisterent eum Domino (Lc 2,22)

 2 - 
et ecce homo erat in Hierusalem cui nomen Symeon et homo iste justus et timoratus expectans consolationem Israël et Spiritus Sanctus erat in eo (25)

3 - 
et responsum acceperat ab Spiritu Sancto non visurum se mortem nisi prius videret Christum Domini (26)

4 - et ipse accepit eum in ulnas suas et benedixit Deum (28)

5 - 
nunc dimittis servum tuum Domine secundum verbum tuum in pace (29)

6 - 
quia viderunt oculi mei salutare tuum quod parasti ante faciem omnium populorum (30-31)

7 - 
lumen ad revelationem gentium et gloriam plebis tuæ Israël (32)

8 - 
et dixit ad Mariam matrem ejus ecce positus est hic in ruinam et resurrectionem multorum in Israël et in signum cui contradicetur (34)
9 - et tuam ipsius animam pertransiet gladius ut revelentur ex multis cordibus cogitationes (35)

10 - et 
reversi sunt in Galilæam in civitatem suam Nazareth puer autem crescebat et confortabatur plenus sapientia et gratia Dei erat in illo (39-40)




QUINTO MISTÉRIO GOZOSO

- ENCONTRO DE JESUS NO TEMPLO -


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1 - et ibant parentes ejus per omnes annos in Hierusalem in die sollemni paschæ et cum factus esset annorum duodecim ascendentibus illis in Hierosolymam secundum consuetudinem diei festi (Lc 2,41-42)

2 - consummatisque diebus cum redirent remansit puer Jesus in Hierusalem et non cognoverunt parentes ejus (43)

3 - regressi sunt in Hierusalem requirentes eum... et factum est post triduum invenerunt illum in templo  (Lc 2,45.46)

4 -  sedentem in medio doctorum audientem illos et interrogantem (Lc 2,46)

5 - 
stupebant autem omnes qui eum audiebant super prudentia et responsis ejus (47)

6 -  fili quid fecisti nobis sic ecce pater tuus et ego dolentes quærebamus te (48)

7 - 
et ait ad illos quid est quod me quærebatis nesciebatis quia in his quæ Patris mei sunt oportet me esse (49)

8 - et ipsi non intellexerunt verbum quod locutus est ad illos (50)
9 - et descendit cum eis et venit Nazareth et erat subditus illis et mater ejus conservabat omnia verba hæc in corde suo (51)

10 - 
et Jesus proficiebat sapientia ætate et gratia apud Deum et homines (52)



MISTÉRIOS DE LUZ




PRIMEIRO MISTÉRIO DE LUZ 
- O BATISMO DE JESUS -
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1 - factum est verbum Dei super Johannem Zacchariæ filium in deserto et venit in omnem regionem Jordanis prædicans baptismum pænitentiæ in remissionem peccatorum (Lc 3, 2-3)

2 - vox clamantis in deserto parate viam Domini rectas facite semitas ejus (4)

3 - omnis vallis implebitur et omnis mons et collis humiliabitur et erunt prava in directa et aspera in vias planas et videbit omnis caro salutare Dei (5-6).

4 - 
dicebat illis qui habet duas tunicas det non habenti et qui habet escas similiter faciat (11)

5 - 
ego quidem aqua baptizo vos venit autem fortior me (16)

6 - 
non sum dignus solvere corrigiam calciamentorum ejus ipse vos baptizabit in Spiritu Sancto et igni (16)

7 - 
Tunc venit Iesus a Galilaea in Iordanem ad Ioannem, ut baptizaretur ab eo. (Mt 3,13)

8 - 
Ioannes autem prohibebat eum dicens: “Ego a te debeo baptizari, et tu venis ad me?”. Respondens autem Iesus dixit ei: “Sine modo, sic enim decet nos implere omnem iustitiam”.

9 - 
Baptizatus autem Iesus, confestim ascendit de aqua; et ecce aperti sunt ei caeli

10 - 
Et ecce vox de caelis dicens: “Hic est Filius meus dilectus, in quo mihi complacui”.




SEGUNDO MISTÉRIO DE LUZ
- JESUS 
NA FESTA DE 

CASAMENTO -

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1 - nuptiæ factæ sunt in Cana Galilææ et erat mater Jesu ibi. (Jo 2,1)


2 - vocatus est autem et Iesus et discipuli eius ad nuptias. (2)


3 - Et deficiente vino, dicit mater Iesu ad eum: “Vinum non habent”.(3)

4 - Et dicit ei Iesus: “Quid mihi et tibi, mulier? Nondum venit hora mea” (4)

5 - Dicit mater eius ministris: “Quodcumque dixerit vobis, facite”. (5)

6 - Dicit eis Iesus: “Implete hydrias aqua”. Et impleverunt eas usque ad summum. (7)

7 - Ut autem gustavit architriclinus aquam vinum factam et non sciebat unde esset (8-9)

8 - vocat sponsum architriclinus et dicit ei: “Omnis homo primum bonum vinum ponit et, cum inebriati fuerint, id quod deterius est; tu servasti bonum vinum usque adhuc”. (9-10)

9 - Hoc fecit initium signorum Iesus in Cana Galilaeae(11)

10 - et manifestavit gloriam suam, et crediderunt in eum discipuli eius.(12)




TERCEIRO MISTÉRIO DE LUZ
- JESUS ANUNCIA O REINO DE DEUS E CONVIDA À CONVERSÃO -


1 - cœpit Jesus prædicare et dicere pænitentiam agite adpropinquavit enim regnum cælorum (Mt 4,17)


2 - videns autem turbas ascendit in montem et cum sedisset accesserunt ad eum discipuli ejus (5,1)



3 - beati pauperes spiritu quoniam ipsorum est regnum cælorum (3)



4 - beati qui lugent quoniam ipsi consolabunturbeati qui lugent quoniam ipsi consolabuntur (4)



5 - beati mites quoniam ipsi possidebunt terram (5)




6 - beati qui esuriunt et sitiunt justitiam quoniam ipsi saturabuntur
 (6)

7 - beati misericordes quia ipsi misericordiam consequentur (7)

8 - beati mundo corde quoniam ipsi Deum videbunt (8)

9 - beati pacifici quoniam filii Dei vocabuntur (9)

10 - beati qui persecutionem patiuntur propter justitiam quoniam ipsorum est regnum cælorum (10) beati estis cum maledixerint vobis et persecuti vos fuerint et dixerint omne malum adversum vos mentientes propter me (11)



QUARTO MISTÉRIO DE LUZ
-  A TRANSFIGURAÇÃO 
DE JESUS -Resultado de imagem para desenho "terço"  transfiguração


1 - Jesus  adsumpsit Petrum et Johannem et Jacobum et ascendit in montem ut oraret (Lc 9,28)

2 - et factum est dum oraret species vultus ejus altera et vestitus ejus albus refulgens (29)

3 - et ecce duo viri loquebantur cum illo erant autem Moses et Helias (30)

4 - visi in majestate et dicebant excessum ejus quem conpleturus erat in Hierusalem (31)

5 - Petrus vero et qui cum illo gravati erant somno et evigilantes viderunt majestatem ejus et duos viros qui stabant cum illo (32)

6 - præceptor bonum est nos hic esse (33)


7 -  faciamus tria tabernacula unum tibi et unum Mosi et unum Heliæ nesciens quid diceret (33)

8 - hæc autem illo loquente facta est nubes et obumbravit eos  (34)

9 - et timuerunt intrantibus illis in nubem et vox facta est de nube  (34-35)

10 - dicens hic est Filius meus electus ipsum audite (35) 


QUINTO MISTÉRIO DE LUZ
- A INSTITUIÇÃO DA EUCARISTIA -

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1 - Jesus misit Petrum et Johannem dicens euntes parate nobis pascha ut manducemus (Lc 22,8)

2 - et cum facta esset hora discubuit et duodecim apostoli cum eo (14)

3 - et ait illis desiderio desideravi hoc pascha manducare vobiscum antequam patiar dico enim vobis quia ex hoc non manducabo illud donec impleatur in regno Dei (14-16)

4 - et manducantibus illis accepit Jesus panem et benedicens fregit et dedit eis (Mc 14,22)

5 - et dixit hoc est corpus meum pro vobis hoc facite in meam commemorationem (1Cor 11,24)



6 - et accepto calice gratias agens dedit eis et biberunt ex illo omnes (Mc 14,23)



7 - et ait illis hic est sanguis meus novi testamenti qui pro multis effunditur (24)



8 - dico autem vobis non bibam amodo de hoc genimine vitis usque in diem illum cum illud bibam vobiscum novum in regno Patris mei (Mt 16,29)



9 - quotienscumque enim manducabitis panem hunc et calicem bibetis mortem Domini adnuntiatis donec veniat (1Cor 11,26)   



10 - probet autem se ipsum homo et sic de pane illo edat et de calice bibat (28)





MISTÉRIOS  DOLOROSOS 

PRIMEIRO MISTÉRIO DOLOROSO

- A AGONIA NO GETSÊMANI -

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1 - tunc venit Jesus cum illis in villam quæ dicitur Gethsemani et cœpit contristari et mæstus esse (Mt 26,36-37)

2 - tunc ait illis tristis est anima mea usque ad mortem sustinete hic et vigilate mecum (38)


3 - et ipse avulsus est ab eis quantum jactus est lapidis et positis genibus orabat (Lc 22,41)

4 - dicens Pater si vis transfer calicem istum a me verumtamen non mea voluntas sed tua fiat (42)
5 - apparuit autem illi angelus de cælo confortans eum (43)


6 - et factus in agonia prolixius orabat (43)
7 - et factus est sudor ejus sicut guttæ sanguinis decurrentis in terram (44)
8 - et venit ad discipulos et invenit eos dormientes et dicit Petro sic non potuistis una hora vigilare mecum (Mt 40)


9 - vigilate et orate ut non intretis in temptationem (41)


10 - spiritus quidem promptus est caro autem infirma (41)



SEGUNDO MISTÉRIO DOLOROSO
- A FLAGELAÇÃO -


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1 - vincientes Jesum duxerunt et tradiderunt Pilato et interrogavit eum Pilatus tu es rex Judæorum

2 - respondit Jesus regnum meum non est de mundo hoc respondit Jesus tu dicis quia rex sum ego 

3 - ego in hoc natus sum et ad hoc veni in mundum ut testimonium perhibeam veritati omnis qui est ex veritate audit meam vocem

4 - dicit ei Pilatus quid est veritas et cum hoc dixisset iterum exivit ad Judæos et dicit eis ego nullam invenio in eo causam

5 - emendatum ergo illum dimittam tunc ergo adprehendit Pilatus Jesum et flagellavit (Lc 23,16; Jo 19,1)


6 - despectum et novissimum virorum virum dolorum (Is 53,3)

7 - oblatus est quia ipse voluit et non aperuit os suum sicut ovis ad occisionem ducetur (7)

8 - ipse autem vulneratus est propter iniquitates nostras adtritus est propter scelera nostra (5)

9 - vere languores nostros ipse tulit et dolores nostros ipse portavit (4)

10 - adtritus est propter scelera nostra disciplina pacis nostræ super eum et livore ejus sanati sumus (5)


TERCEIRO MISTÉRIO DOLOROSO
- A COROAÇÃO DE ESPINHOS -





1 - milites autem duxerunt eum intro in atrium prætorii et exuentes eum clamydem coccineam circumdederunt ei (Mc 15.16-17; Mt 17,28)

2. - et plectentes coronam de spinis posuerunt super caput ejus et harundinem in dextera ejus (29)



3.  et genu flexo ante eum inludebant dicentes have rex Judæorum et expuentes in eum acceperunt harundinem et percutiebant caput ejus (29-30)

4 - videns autem Pilatus quia nihil proficeret sed magis tumultus fieret accepta aqua lavit manus coram populo dicens innocens ego sum a sanguine justi hujus vos videritis (24)


5 - exiit iterum Pilatus foras et dicit eis ecce adduco vobis eum foras ut cognoscatis quia in eo nullam causam invenio et purpureum vestimentum et dicit eis ecce homo (4-5)
6 -  dixit eis Pilatus regem vestrum illi autem clamabant tolle tolle crucifige eum  (15)

7 - Pilatus vero dicebat eis quid enim mali fecit at illi magis clamabant crucifige eum (14)

8 - Pilatus vero dicebat eis quid enim mali fecit at illi magis clamabant crucifige eum

9 - dixit eis Pilatus regem vestrum crucifigam responderunt pontifices non habemus regem nisi Cæsarem

10 - Pilatus autem volens populo satisfacere tradidit Jesum flagellis cæsum ut crucifigeretur



QUARTO MISTÉRIO DOLOROSO
- JESUS CARREGA A CRUZ -




1 - dicebat autem ad omnes si quis vult post me venire abneget se ipsum (Lc 9,23)



2 -  tollat crucem suam cotidie et sequatur me (23)

3 - et bajulans sibi crucem exivit in eum et educunt illum ut crucifigerent eum (Jo 19,17; Mc 15,20)

4 - adprehenderunt Simonem quendam Cyrenensem et inposuerunt illi crucem portare post Jesum (Lc 23,26)

5 - tollite jugum meum super vos et discite a me   (Mt 11,29)

6 - quia mitis sum et humilis corde  (29)

7 - et invenietis requiem animabus vestris jugum enim meum suave est et onus meum leve est (29-30)

8 - sequebatur autem illum multa turba populi et mulierum quæ plangebant et lamentabant eum (Lc 23,27)

9 - conversus autem ad illas Jesus dixit filiæ Hierusalem nolite flere super me sed super vos ipsas flete et super filios vestros (28)

10 - quia si in viridi ligno hæc faciunt in arido quid fiet (31)



QUINTO MISTÉRIO DOLOROSO
- A CRUCIFIXÃO -




1 - et postquam venerunt in locum qui vocatur Calvariæ ibi crucifixerunt eum (Lc 23,33)

2 - Jesus autem dicebat Pater dimitte illis non enim sciunt quid faciunt (34)

3 - unus autem de his qui pendebant dicebat ad Jesum Domine memento mei cum veneris in regnum tuum (Lc 39.41)

4 - et dixit illi Jesus amen dico tibi hodie mecum eris in paradiso (43)

5 - stabant autem juxta crucem Jesu mater ejus et discipulum quem diligebat  (Jo 19,25-26)

6 - dicit matri suæ mulier ecce filius tuus deinde dicit discipulo ecce mater tua (16-27)

7 - et ex illa hora accepit eam discipulus in sua (27)

8 - et tenebræ factæ sunt in universa terra et terra mota est et ecce velum templi scissum est in duas partes a summo usque deorsum (Lc 23,44; Mt 27,31)

9 - et clamans voce magna Jesus ait Pater in manus tuas commendo spiritum meum

10 - et hæc dicens exspiravit ((Lc 23,46).

MISTÉRIOS GLORIOSOS


PRIMEIRO MISTÉRIO GLORIOSO
- AS RESSURREIÇÃO -

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1 - amen amen dico vobis quia plorabitis et flebitis vos mundus autem gaudebit vos autem contristabimini sed tristitia vestra vertetur in gaudium (Jo 16,20)

2 - 
et vos igitur nunc quidem tristitiam habetis iterum autem videbo vos et gaudebit cor vestrum et gaudium vestrum nemo tollit a vobis (22)

3 - una autem sabbati valde diluculo venerunt ad monumentum portantes quæ paraverant aromata (Lc 24,1)

4 - et ecce terræmotus factus est magnus angelus enim Domini descendit de cælo et accedens revolvit lapidem et sedebat super eum (Mt 24.2)

5 - respondens autem angelus dixit mulieribus nolite timere vos scio enim quod Jesum qui crucifixus est quæritis non est hic (5)

6 - surrexit enim sicut dixit venite videte locum ubi positus erat Dominus (6-7)

7 - præcedit vos in Galilæam ibi eum videbitis ecce prædixi vobis (7)

8 - at illæ exeuntes fugerunt de monumento cum timore et magno gaudio currentes nuntiare discipulis ejus (Mc 16.8; Mt 28,8)


9 - sum resurrectio et vita qui credit in me et si mortuus fuerit vivet (Jo 11,25)

10 - et omnis qui vivit et credit in me non morietur in æternum  (26)




SEGUNDO MISTÉRIO GLORIOSO

- A ASCENSÃO -
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1 - eduxit autem eos foras in Bethaniam et elevatis manibus suis benedixit eis (Lc 24,50)

2 - Jesus locutus est eis dicens data est mihi omnis potestas in cælo et in terra (Mt 28,18)

3 - euntes ergo docete omnes gentes (19)


4 - baptizantes eos in nomine Patris et Filii et Spiritus Sancti (19)

5 - docentes eos servare omnia quæcumque mandavi vobis (20)

6 - qui crediderit et baptizatus fuerit salvus erit (Mc 16,16)

7 - qui vero non crediderit condemnabitur (16)


8 - ecce ego vobiscum sum omnibus diebus usque ad consummationem sæculi (Mt 28,20)

9 - et cum hæc dixisset videntibus illis elevatus est et nubes suscepit eum ab oculis eorum (At 1,19)



10 - et Dominus  adsumptus est in cælum et sedit a dextris Dei (Mc 16,19)





TERCEIRO MISTÉRIO GLORIOSO
- A DESCIDA DO ESPÍRITO SANTO -


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1 - et cum conplerentur dies pentecostes erant omnes pariter in eodem loco (At 2,1)

2 - et factus est repente de cælo sonus tamquam advenientis spiritus vehementis et replevit totam domum ubi erant  (2)

3 - et apparuerunt illis dispertitæ linguæ tamquam ignis seditque supra (3)

4 - et repleti sunt omnes Spiritu Sancto  et cœperunt loqui magnalia Dei (4.11)

5 - erant autem in Hierusalem habitantes Judæi viri religiosi ex omni natione quæ sub cælo sunt (5)

6 - stans autem Petrus cum undecim levavit vocem suam et locutus est eis (14)

7 - pænitentiam inquit agite et baptizetur unusquisque vestrum et accipietis donum Sancti Spiritus (38)

8 - qui ergo receperunt sermonem ejus baptizati sunt et adpositæ sunt in illa die animæ circiter tria milia (41)

9 - Emítte Spíritum tuum et creabúntur.
Et renovábis faciem terrae  (Liturgia de Pentecostes)

10 - Veni Sancte Spíritus reple tuórum corda fidélium,


et tu amóris in eis ignem accénde.



QUARTO MISTÉRIO GLORIOSO
- A ASSUNÇÃO -
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1 - surge propera amica mea formonsa mea et veni (Ct 2,10)

2 - jam enim hiemps transiit imber abiit et recessit (11)

3 - ostende mihi faciem tuam sonet vox tua in auribus meis vox enim tua dulcis et facies tua decora (14)

4 - et apertum est templum Dei in cælo et visa est arca testamenti ejus in templo ejus et facta sunt fulgora et voces et terræmotus et grando magna (Ap 11,19)

5 - et signum magnum paruit in cælo mulier amicta sole  (Ap 12,1)

6 - et luna sub pedibus ejus et in capite ejus corona stellarum duodecim (1)


7 - in vestitu deaurato  circumamicta varietatibus adducentur regi  (Ct 44, 10.15)

8 - benedicta es tu filia a Domino Deo excelso præ omnibus mulieribus super terram (Jt 13,23)

9 - non recedat laus tua de ore hominum qui memores fuerint virtutis Domini in æternum  (25)

10 -  tu gloria Hierusalem tu lætitia Israël tu honorificentia populi nostri (Jd 15,10)






QUINTO MISTÉRIO GLORIOSO
- A COROAÇÃO -






1 - quæ est ista quæ progreditur quasi aurora consurgens pulchra ut luna electa ut sol terribilis ut acies ordinata (Ct 6,9)

2 - quasi arcus effulgens in nebulam gloriæ et quasi flos rosarum in diebus veris (Eclo 50,8)

3 - ego flos campi et lilium convallium (Ct 2,1)

4 - et thronus meus in columna nubis et usque ad futurum sæculum non desinam  (Eclo 14,7.14) 



5 - transite ad me omnes qui concupiscitis me et a generationibus meis implemini (26)

6 - ego quasi vitis fructificavi suavitatem odoris et flores mei fructus honoris et honestatis (23)

7 - nunc ergo filii audite me beati qui custodiunt vias meas audite disciplinam et estote sapientes (Pr 8,32-33)

8 - beati qui custodiunt vias meas qui vigilat ad fores meas cotidie et observat ad postes ostii mei (32.34)

9 - qui me invenerit inveniet vitam et hauriet salutem a Domino (35)

10 - SANCTA Maria, regina caelorum, mater Domini nostri Iesu Christi, et mundi domina, quae nullum derelinquis, et nullum despicis (Ofício da Imaculada Conceição)

























O CRISTIANISMO SOB GRANDE PERIGO: CÁTAROS E JUDEUS MARRANOS

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A defesa da Inquisição por um PHD em História



A lenda negra da Inquisição impregnou nossas mentes de tal modo que, hoje, a maioria dos católicos é incapaz de defender essa fase da história da Igreja. Na melhor das hipóteses, eles justificam a Inquisição lembrando que ela existiu num período muito mais bárbaro e violento que o da nossa época “iluminada”.

Por Jean-Claude Dupuis


PHD em História
NOTA: Originalmente publicado na edição de Novembro de 1999 da revista The Angelus, este artigo é a defesa precisa de um capítulo muito incompreendido da história da Igreja Católica. Jean-Claude Dupuis é PHD em historia pela Laval University de Quebec, Canadá.

Os supostos horrores da Inquisição costumam ser os primeiros argumentos dos inimigos da Igreja. Voltaire falou “daquele tribunal sangrento, aquela terrível lembrança do poder monástico[1]. A lenda negra da Inquisição impregnou nossas mentes de tal modo que, hoje, a maioria dos católicos é incapaz de defender essa fase da história da Igreja. Na melhor das hipóteses, eles justificam a Inquisição lembrando que ela existiu num período muito mais bárbaro e violento que o da nossa época “iluminada”.
Enquanto caminhavam, iam rezando o Saltério. De repente, saindo da mata, dois homens os atacaram, desferindo sobre um deles terrível golpe de maça. O frade caiu por terra e,lentamente, molhando dois dedos no próprio sangue, escreveu no chão: “CREDO”. Mal tinha acabado a escrita, cravaram-lhe um punhal no coração. Morto o grande inimigo de sua seita – seita dos cátaros ou maniqueus – os dois hereges lançaram-se sobre o outro dominicano que, de joelhos, rezava, matando-o no mesmo instante.


Os santos que viveram na época da Inquisição nunca criticaram-na, exceto para dizer que ela não combatia as heresias o suficiente. O Santo Ofício examinou minuciosamente os escritos de Santa Teresa D’Ávila para verificar se não se tratava de uma falsa mística, porque naquela época havia muitos falsos místicos na Espanha, como os Alumbrados[2]. Longe de enxergar nisso um sistema de intolerância, a santa confiou plenamente no julgamento do Tribunal, que não encontrou nada herético em seus escritos. Também é evidente que os santos nunca hesitaram em denunciar os abusos do clero: esta é uma das suas principais missões. Como alguém lida com o fato de que nenhum deles disse algo contra a Inquisição? Como explicar que a Igreja canonizou nada menos que 04 grandes inquisidores: Pedro, o Mártir (morto em 1252), João de Capistrano (morto em 1456), Pedro de Arbués (morto em 1485) e Pio V (morto em 1572)? O próprio São Domingos (morto em 1221) foi um dos primeiros inquisidores.


Titubeantes e fracos no início da Revolução,
sacrificando tudo quanto era humanamente possível
para não enfrentá-la, os católicos, no entanto, haviam
suportado o martírio com denodo quando a Revolução
quis exigir mais do que eles poderiam conceder.
Essa firmeza na defesa de seus princípios transformaria
a fisionomia do século, que se iniciava com tão maus
prognósticos. Um renascimento católico pujante seria
o fruto dos sofrimentos e da bravura dos
 católicos da era da Revolução.
As críticas à Inquisição por autores católicos só começaram a aparecer no século 19, e apenas entre os católicos liberais, dado que os ultramontanos (movimento de católicos que buscam máxima fidelidade ao Papa) defendiam vigorosamente o Tribunal[3]. Antes da Revolução Francesa, o discurso anti-inquisição era especialidade dos protestantes. O historiador Jean Dumont, atualmente o melhor defensor da Inquisição[4], ressalta que gravuras do século 16 retratando Autos de Fé (anúncio público da sentença dos investigados pela Inquisição) exibiam construções com telhado triangular. Este tipo de arquitetura era comum nos Países Baixos e no vale do Reno, não na Espanha. Esse detalhe revela as origens protestantes das gravuras. De fato, a lenda negra da Inquisição é produto da propaganda protestante, que foi transmitida ao século 18 pela filosofia iluminista, ao século 19 pela Maçonaria e ao século 20 pela “democracia cristã”.
Como se não bastasse, os mais sérios estudos históricos demonstraram que a Inquisição era um tribunal honesto, que buscava mais a conversão dos hereges que sua punição; um tribunal que condenou poucas pessoas à morte, e que empregou tortura apenas em casos excepcionais[5]. No entanto, a lenda negra da Inquisição ainda circula na opinião pública. Voltaire disse que uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade, mas o motivo fundamental da persistência dessa lenda é outro. Será trabalho perdido provar que a Inquisição não foi tão terrível quanto acreditávamos.Isso não vai convencer o público moderno, porque é o princípio da repressão religiosa que é inaceitável hoje. Então, para entender o evento histórico da Inquisição, é preciso compreender primeiro a doutrina tradicional da Igreja Católica sobre a liberdade religiosa.

O Direito à Exclusividade Religiosa
O princípio da liberdade religiosa está em completa ruptura com a tradição da Igreja. O Syllabus dos Erros (1864) particularmente condena os seguintes erros:
§ 24) A Igreja não tem poder de empregar a força nem poder algum temporal, direto ou indireto.
§ 77) Na nossa época já não é útil que a Religião Católica seja tida como a única Religião do Estado, com exclusão de quaisquer outros cultos.
§ 79) É falso que a liberdade civil de todos os cultos e o pleno poder concedido a todos de manisfestarem clara e publicamente as suas opiniões e pensamentos produza corrupção dos costumes e dos espíritos dos povos, como contribua para a propagação da peste do Indiferentismo. [6]
A doutrina do Syllabus, que reconheceu o poder da Igreja e do Estado de intervir em matéria religiosa, estava de acordo com a tradição católica. O Papa Leão X (1513-1521) condenou a ideia de Lutero que a Igreja não tinha o direito de queimar hereges. Bellarmino e Suarez também defenderam o direito da Igreja impor a pena de morte, desde que a sentença seja executada pelo poder secular, isto é, pelo Estado[7]. S. Tomás de Aquino apoiou o uso de coerção, até mesmo física, para combater heresias. S. Agostinho apelou à autoridade imperial (romana) para suprimir o cisma donatista. O Antigo Testamento punia com a morte idólatras e blasfemos.
O poder da coerção religiosa repousa nos deveres do Estado para com a verdadeira religião. A lei divina não se aplica apenas aos indivíduos: ela inclui toda a vida social. O Cardeal Ottaviani resume as consequências dessa doutrina:[8]
  1. A profissão social, não apenas privada, da religião do povo;
  2. Legislação plenamente inspirada pelo conceito de pertença ao Corpo Místico de Cristo;
  3. A defesa do patrimônio religioso das pessoas contra qualquer tentativa de privar o povo do tesouro que é a sua fé, e da paz religiosa (Duties of the Catholic State in Regard to Religion, 1953, traduzido pelo Pe. Denis Fahey, CSSp, p. 7)
Os partidários da liberdade religiosa sempre invocam a tolerância e a caridade evangélica contra a doutrina tradicional da Igreja, que prega o dever da intolerância contra as falsas religiões. Este conflito não passa de um sofisma. É certo que Nosso Senhor Jesus Cristo teve compaixão dos pecadores, mas ele demonstrou severidade implacável com os hereges da época, os fariseus. Os modernistas evitam as passagens do Evangelho que mostram a firmeza de Cristo. Não é o inferno, que é o castigo por não crer (Marcos 16:16), muito pior do que o mais terrível castigo que um tribunal humano pode impôr? São João proíbe até mesmo receber hereges (2 João vs 10). São Paulo milagrosamente cega o falso profeta Barjesus[9]. São Pedro não hesita em condenar à morte Ananias e Safira, que roubaram a Igreja (Atos 5:1-11).
No verdadeiro Evangelho não existe essa tibieza moral e doutrinária que os modernistas chamam de “tolerância” ou “liberdade de consciência”. Cristo foi paciente e misericordioso com pecadores arrependidos, mas Ele nunca reconheceu o direito de errar. Ele condenou publicamente os pregadores obstinados de erros. A atitude adotada pela Inquisição contra os hereges é comparável àquela do Nosso Senhor.
O argumento anti-inquisição resulta da confusão entre a liberdade de consciência e a liberdade religiosa. O ato de fé precisa ter livre consentimento, dado que ele é um ato de amor a Deus. Amor forçado não é amor. É por isso que a Igreja sempre se opôs às conversões forçadas. As famosas gravuras retratando monges que empunhavam o crucifixo aos índios, enquanto o soldado ameaça-os com a espada, é fruto da propaganda protestante. Se uns poucos monarcas forçaram o batismo de povos conquistados, como o fez, por exemplo, Carlos Magno na Saxônia (em 780), isto foi feito contra a vontade da Igreja.
Mas se a Igreja reconhece a liberdade de consciência do indivíduo no íntimo do seu ser, se o indivíduo é livre para, arriscando sua salvação, recusar a fé, não significa que ele tem o direito de propagar seus erros e levar outras almas para o inferno. A Igreja respeita a liberdade de consciência individual, mas não a liberdade de expressar e propagar falsas doutrinas.
No entanto, apesar da Igreja negar o direito à expressão pública de falsas religiões, ela não necessariamente as persegue. Para evitar um mal maior, como a guerra civil, a Igreja pode tolerar outros credos. Isto foi o que Henrique IV fez em 1598, quando promulgou o Edito de Nantes, que garantiu certa liberdade aos protestantes franceses. Mas essa tolerância não é um direito. Quando as circunstâncias políticas permitem, o Estado católico tem o dever de restabelecer os direitos exclusivos do Catolicismo, como Luís XIV fez quando revogou o Edito de Nantes em 1685. O Papa elogiou o “Rei Sol” por tomar essa medida.
Naturalmente, a doutrina tradicional da Igreja sobre a exclusividade religiosa só se aplica aos países onde o Estado é oficialmente católico. A harmonia entre o clero e o Estado é a ordem normal nessas sociedades. Sobre esse aspecto, a Inquisição foi um modelo de harmonia entre a Igreja e o Estado, dado que o tribunal exercia dupla jurisdição, religiosa e civil.
A ideia central da Inquisição é que a heresia professada publicamente é um crime similar a qualquer outro[10]. Se a religião é o fundamento da moral, e a moral é o fundamento da ordem social, decorre que a falsificação da fé leva, em última instância, ao caos social. São Tomás compara os hereges aos falsificadores, que eram condenados à fogueira na Idade Média. Logo, o Estado, como guardião da ordem pública, tinha o dever de combater a heresia. Mas na sua esfera de competência ele era incapaz de distinguir entre heresia e ortodoxia. Por isso ele deveria depender de um tribunal eclesiástico.
É preciso ter em mente, acima de tudo, que a Inquisição não se preocupava com as opiniões privadas dos hereges, mas apenas com a propagação pública de heresias. A Inquisição não cometeu nenhum crime contra a consciência individual,  agindo apenas contra as atividades públicas dos hereges.
Para entender a lógica da Inquisição, é preciso se libertar da mentalidade naturalista peculiar à cultura atual. Nas sociedades cristãs do Antigo Regime, a vida sobrenatural era muito mais importante que a vida natural. Se um assassino do corpo era condenado à morte, muito mais motivos teria o herege para ser condenado, uma vez que ele levava outras almas ao inferno, e a morte da alma, eterna, é muito pior que a morte do corpo.
Obviamente, a visão de mundo que fundamenta a lógica da Inquisição, repousa no princípio de que a verdade e o erro são objetivos, que a fé católica é verdadeira e que existe a condenação eterna. Estas ideias são impossíveis de serem assimiladas pelas mentes modernas, mergulhadas no relativismo. Um relativista é incapaz de compreender a Inquisição. Ele vai se escandalizar com a barbaridade dos tempos antigos e com o obscurantismo da Igreja; ele vai se contentar em fazer julgamentos que não levam em conta a época dos fatos. Mas o historiador precisa tanto compreender quanto explicar. Para fazer isso, ele precisa deixar o modo moderno de pensar e se colocar na cosmovisão da época que ele estuda[11]. Então ele poderá compreender a Inquisição, e isso o fará, quase que inevitavelmente, justificar as ações do Tribunal.
Geralmente distinguem dois tipos de Inquisição: a Inquisição Medieval (1233-século 18) e a Inquisição Espanhola (1480-1834). Frequentemente, a primeira é chamada de Inquisição “religiosa” e a última de Inquisição “política”, mas essa divisão não se sustenta, uma vez que os Tribunais eram criação conjunta da Igreja e do Estado. Foram alguns autores católicos, bem intencionados porém mal informados, que criaram essa divisão, para tentar tirar dos Papas o “horror” da Inquisição e depositá-lo na conta dos reis espanhóis[12]. De acordo com eles, existiu a Inquisição “boa”, medieval, que pretendia apenas proteger a fé, e a Inquisição “má”, espanhola, que pretendia reforçar o absolutismo real. Mas essa divisão não tem fundamento. A Inquisição Espanhola não era mais violenta ou mais política que a Inquisição Medieval. As duas inquisições são melhor compreendidas considerando-se os inimigos que cada uma combateu: os Cátaros e os Marranos.

A Ameaça dos Cátaros
A heresia dos cátaros espalhou-se por toda a Europa entre os séculos 11 e 13. Ela prosperou especialmente no Languedoc (sul da França), daí o nome de heresia albigense (da cidade de Albi), pelo qual a heresia também é conhecida. A palavra “cátaro” vem do grego katharos, que significa “puro”. Na verdade, chamar o movimento cátaro de heresia cristã não é apropriado; ele mais parece uma nova religião[13]. Sua origem continua obscura, mas sua doutrina se parece com as filosofias gnóstica e maniqueísta que circularam no Oriente Médio durante os séculos 3 e 4. Note também que a Maçonaria alega ser herdeira dos mistérios iniciáticos dos cátaros, através dos Templários.
De acordo com os cátaros, dois deuses dividiram o universo. O deus bom criou o mundo espiritual, e o mau criou o mundo material. O homem é fruto dos dois deuses. Ele é um anjo caído aprisionado num corpo. Sua alma veio do deus bom, mas seu corpo veio do deus mau. O objetivo do homem seria libertar a si mesmo da matéria através da purificação espiritual, que demandaria uma série de reencarnações.
Como todos os hereges, os cátaros diziam que sua doutrina era o verdadeiro Cristianismo. Eles mantiveram a terminologia cristã mas distorceram suas doutrinas. Eles diziam que Cristo era o anjo mais perfeito de todos e que o Espírito Santo era uma criatura inferior ao Filho. Também ensinavam que o Antigo Testamento era obra do deus mau, enquanto o Novo Testamento era fruto do deus bom. Eles negavam a Encarnação, a Paixão e a Ressurreição de Jesus, e afirmavam que a Redenção resultou mais dos ensinamentos evangélicos que da morte na Cruz.
Os cátaros diziam que a Igreja se corrompeu desde a época de Constantino, e eles rejeitavam todos os sacramentos. Sem dúvida, o movimento cátaro foi uma forma de paganismo com um toque de Cristianismo, o que o torna semelhante ao Budismo em certos pontos.
Se o mundo material é intrinsecamente mau, a ética cátara condenava todo contato com a matéria. Casamento e procriação eram proibidos porque ninguém podia colaborar com o trabalho do Diabo, que procurava aprisionar almas em corpos. Como a morte era a libertação, o suicídio era encorajado. Eles aplicavam a “endura” (jejum forçado) aos doentes e às vezes até às crianças, matando-os por inanição, para acelerar o retorno da alma ao Céu. Os cátaros se recusavam a fazer juramentos sob o pretexto de que Deus não se misturaria com assuntos materiais. Toda forma de riqueza era condenada.
Os cátaros desejavam alcançar um estado de “desencarnação” similar dos fakirs (ascetas hindus). Além disso, os cátaros negavam o direito do Estado declarar guerra ou punir criminosos.
Obviamente, uma religião dessas não atrairia muitos fiéis. Por isso o movimento cátaro criou duas classes de fiéis: os “perfeitos” e os simples crentes. Os primeiros, poucos em número, eram os iniciados, que viviam em comunidades isoladas inteiramente obedientes à moral cátara. Os segundos, a vasta maioria, viviam livres de qualquer dever moral, tanto em matéria sexual quanto em assuntos comerciais.
Os cátaros não se submetiam às leis cristãs que proibiam a usura e estabeleciam o princípio do preço justo. O crente cátaro tinha a garantia de ir para o Céu: bastava receber, antes de morrer, o “consolamentum”, um tipo de extrema-unção.
Imoralidade sexual, contracepção, aborto, eutanásia, suicídio, capitalismo brutal, intenso materialismo e salvação para todos; é impressionante perceber como a moral cátara parece com o liberalismo moderno.
Os cátaros ensinam uma moralidade dupla: ascetismo para a minoria e libertinagem para a maioria, com o agravante da garantia de salvação eterna com pouco esforço. Agora é possível compreender porque essa heresia fez tanto sucesso.
Entretanto, a imensa maioria das pessoas permaneceu fiel ao Catolicismo. Os cátaros eram basicamente os mercadores urbanos. Eles não eram muitos, talvez 5% ou 10% da população do Languedoc, mas eram ricos e poderosos. Alguns praticavam a usura. O conde de Toulouse (França), o nobre mais importante do Languedoc, aderiu à heresia cátara.
Longe de serem pobres vítimas indefesas duma Inquisição fanática, os cátaros formavam um grupo poderoso e arrogante que propagava uma doutrina imoral, oprimia os camponeses católicos e perseguia padres. Eles assassinaram até o Grande Inquisidor, São Pedro Mártir (também conhecido como São Pedro de Verona).
A Igreja mostrou grande paciência antes de tomar medidas contra a ameaça cátara. As heresias albigenses foram condenadas no Concílio de Toulouse em 1119, mas até 1179 Roma se limitou a enviar pregadores ao Languedoc, tais como São Bernardo e São Domingos. Estas missões tiveram pouco sucesso.
Em 1179, o Terceiro Concílio Laterano solicitou a intervenção das autoridades civis. O rei da França, o rei da Inglaterra e o imperador alemão já haviam iniciado, por iniciativa própria, a repressão da heresia cátara, porque esta ameaçava a ordem social por suas doutrinas perversas sobre a família e os juramentos.
Lembre-se que o sistema feudal dependia do juramento que um homem fazia a outro. Negar o valor do juramento era tão grave para a sociedade medieval quanto a negação da autoridade da lei na sociedade moderna.
Como se não bastasse, os pregadores cátaros passaram a encorajar a anarquia e a comandar milícias armadas, conhecidas por diferentes nomes nos países onde atuaram (“cotereaux”, “routiers”, “patarins”, etc). Estas milícias saqueavam igrejas, assassinavam sacerdotes e profanavam a Eucaristia. Os cátaros foram tão violentos e sacrílegos quanto os Protestantes do século 16 ou os revolucionários franceses de 1793. Em 1177 o rei da França, Filipe Augusto, precisou exterminar 7 mil desses loucos, e o bispo de Limoges marchou contra 2 mil anarquistas. Acontecimentos idênticos ocorreram na Alemanha e Itália. Em 1145, Arnaldo de Brescia e seus “patarins” conquistaram Roma e exilaram o papa. Ele proclamou uma república e permaneceu no poder por dez anos, até a cidade ser tomada pelo imperador alemão Frederico Barbarossa e ele ser condenado à fogueira pelo imperador. O movimento cátaro provocou desordem social em toda a Europa, e reinava sobretudo no Languedoc.
Em 1208, homens de Raimundo VI, conde de Toulouse, assassinaram o legado papal, o Beato Pedro de Castelnau. Finalmente, Inocêncio III decidiu conclamar a Cruzada contra os Albigenses. Ela foi liderada por franceses do norte sob o comando de Simon de Montfort. Os cátaros resistiram por 04 anos (1209-1213) e rebelaram-se novamente em 1221, o que mostra sua força. Sua última fortaleza, Montségur, só foi conquistada em 1244. Mas este não foi o fim da heresia cátara: ela se transformou numa sociedade secreta, de modo bem semelhante à Maçonaria.
Como em toda guerra, foram cometidos excessos na Cruzada Albigense. A tomada de Béziers (1209) foi um grande massacre. Era impossível saber quem eram os cátaros e quem eram os católicos na população da cidade. Dizem que o legado papal, Arnaldo de Citeaux, exclamou: “Matem todos eles. Deus saberá quem é católico”. Esta afirmação é apócrifa e provavelmente faz parte do imaginário anticatólico, mas serve para demonstrar um fato inegável: os cátaros, que praticaram a usura e a imoralidade por tanto tempo, atrairam a ira do povo sobre si.
A Inquisição conteve o massacre que ocorreria em toda a Europa, distinguindo os hereges dos fiéis, e os líderes dos seguidores, aplicando penas proporcionais aos vários graus de heresia.
Por fim, a Inquisição foi um trabalho humanitário: ao punir severamente os líderes, ela salvou a massa dos cátaros, que era mais vítima do que responsável pela heresia. Ao caçar os hereges que se esconderam, ela evitou o renascimento do movimento cátaro e de toda a desordem social e moral que essa heresia provocou.
Um historiador hostil à Inquisição não hesitou em concluir que na Cruzada Albigense
a causa dos fiéis (católicos) não era outra que a da civilização e do progresso... Se esta crença (a heresia cátara) conquistasse a maioria dos fiéis, ela levaria a Europa de volta à selvageria dos tempos primitivos[14]
A Ameaça dos Marranos
Agora vamos avançar alguns séculos e atravessar os Pireneus (montanhas na fronteira entre a França e a Espanha) para estudar a outra ameaça que a Inquisição conseguiu vencer: os Marranos.
A Espanha Medieval estava dividida em vários reinos cristãos e islâmicos. Em 1469, o casamento de Isabela, rainha de Castela, e Fernando, rei de Aragão, facilitou a unificação da Espanha e permitiu que a Reconquista terminasse ainda em 1492, com a tomada de Granada.
Também havia na Espanha, desde o início da Idade Média, uma comunidade judaica considerável. Judeus, cristãos e islâmicos não viviam separados, mesmo que suas relações nem sempre tenham sido pacíficas. Um grande número de judeus se converteu ao Catolicismo mas continuou a praticar o Judaísmo em segredo.
Lembre-se que o Talmude permite ao judeu fingir conversão para evitar perseguição. Estes judeus pseudo-cristãos eram os Marranos.
Contrariando o que todo mundo acredita, os marranos não se converteram sob ameaça, apesar dos pogroms (surtos de perseguição contra os judeus) de 1391. Os marranos pretendiam se infiltrar na sociedade cristã para controlá-la. Sua estratégia de alianças matrimoniais era muito eficaz, tanto que no século 16 a maioria das famílias nobres da Espanha possuía alguns judeus entre seus ancestrais. Cervantes refere-se a esse fenômeno de ascensão social quando Sancho Pança diz a Dom Quixote: “que eu cristão-velho sou, e para ser Conde isto me basta.“, ao que o Quixote responde: “E até sobeja - disse D. Quixote - e ainda que o não foras, que importara isso para o caso?[15]
Isabela de Castela quase se casou com um rico agiota marrano, Pedro Giron, mas Deus não permitiu isso. O Shylock[16] castelhano morreu no caminho para ver sua noiva, depois de se recusar a receber os Sacramentos cristãos e blasfemar o Santo Nome de Jesus.
Os marranos não se contentaram em se infiltrar na nobreza espanhola; eles também se infiltraram no clero. Naquela época, fazer uma coisa era fazer a outra, dado que os escalões superiores do clero normalmente vinham da nobreza. Alguns sacerdotes marranos ensinavam o Talmude nas suas igrejas. O bispo de Segovia, Juan Arias de Ávila, concedeu um enterro judaico a seus pais, que renunciaram ao Cristianismo. O bispo de Calahorra, Pedro d’Aranda, negou a Trindade e a Paixão de Cristo. A Castillan Jewish Encyclopedia afirma que os marranos “procuravam debilitar o Catolicismo espanhol”.
Na sua Histoire des Marranes (1959), o especialista judeu Cecil Roth escreve:
A vasta maioria dos conversos (outro nome dos marranos) trabalhou de maneira insidiosa por seus próprios interesses dentro dos corpos políticos e religiosos, condenaram, muitas vezes abertamente, a doutrina da Igreja e contaminaram por sua influência todo o corpo dos fiéis. A judaização do Catolicismo espanhol sob a influência dos marranos explica em parte a popularidade de Erasmo de Roterdã, precursor de Lutero, nesse país. Roma temia seriamente o surgimento de um reino judeu na Espanha[17]
Um segundo problema se somou ao problema religioso. Os marranos compraram  cargos públicos em várias cidades espanholas, esmagando os cristãos-velhos sob o peso dos impostos. Ocorreram alguns levantes populares contra o poder marrano em Toledo e Ciudad Real em 1449. Os marranos retomaram o controle dessas cidades em 1467 e massacraram muitos cristãos-velhos. Outros massacres aconteceram em Castela (1468) e Andaluzia (1473). A Espanha estava à beira de uma guerra civil racial e religiosa. Esta guerra, que seria terrível, foi evitada graças à Inquisição.
Nem todo judeu convertido era marrano. Vários dentre eles eram católicos sinceros. Um exemplo é Santa Teresa d’Ávila, neta de um marrano que foi condenado pela Inquisição.
De fato, os judeus verdadeiramente convertidos eram os maiores inimigos dos marranos. Os antigos rabinos Salomão Halevi e Yehoshua Ha-Lorqui, respectivamente bispo de Burgos sob o nome de Pablo de Santa Maria, e Irmão Jerônimo da Santa Fé, escreveram violentos artigos contra o Judaísmo.
O historiador Henry Kamen nota que os principais polemistas anti-judaicos eram ex-judeus. Foram eles que clamaram por um Tribunal da Inquisição para distinguir entre os convertidos sinceros e os falsos. O primeiro Grande Inquisidor espanhol, Tomás de Torquemada, era um judeu convertido. Além disso, muitos marranos judaizaram sua fé apenas por causa de tradições familiares ou de má formação católica. A Inquisição precisava distinguir os marranos que intencionalmente alteraram a integridade da fé e aqueles que eram vítimas de catequização insuficiente.
A Inquisição Espanhola foi criada por uma bula papal em 1478. A ação desse Tribunal protegeu a Igreja espanhola e evitou um pogrom generalizado. Diante da ameaça dos marranos, assim como no caso dos cátaros, a Inquisição procurou neutralizar os líderes da heresia a fim de poupar a maioria dos hereges.

O Processo Inquisitorial
O processo inquisitorial variou de acordo com o país e a época, mas alguns traços básicos são claros. De maneira geral, a Inquisição concedia ao acusado de heresia todas as oportunidades possíveis de defesa, e apenas punia severamente os “irredutíveis”, aqueles que se obstinavam em rejeitar a fé. A Inquisição procurou educar tanto quanto reprimir, de forma que algumas vezes seu trabalho consistia mais em erradicar superstições populares do que lutar contra os subversivos. O procedimento judicial sempre era acompanhado por pregações solenes.
Quando o tribunal da Inquisição se instalava numa cidade, ele proclamava um tempo de perdão de 01 mês. Nesse período, os hereges que confessassem espontaneamente suas faltas tinham a garantia de receber apenas penitências leves e secretas. Depois deste prazo, os inquisidores publicavam um edital de fé ordenando todos os cristãos, sob pena de excomunhão, denunciar os hereges e aqueles que os protegiam. A Inquisição não comandava uma polícia secreta ou uma rede de espiões. Ela contava com a colaboração dos católicos, de forma que, na prática, ela agia mais como guardiã do consenso social do que como um opressivo órgão estatal.
A Inquisição Católica não se parece em nada com as inquisições totalitárias do século 20. Ela não procurava encontrar traidores a qualquer preço. Seu único alvo eram os propagadores de heresias, principalmente os líderes. A Inquisição não se ocupava da consciência dos hereges, apenas com sua ação exterior.
O Papa confiou a Inquisição Medieval aos dominicanos e franciscanos. Estas duas ordens religiosas, recentemente fundadas, davam sérias garantias de probidade e santidade. O conhecimento teológico e canônico dos inquisidores era notável. Podemos dizer que a Inquisição foi confiada à elite do clero medieval. Diferente dos tribunais revolucionários de 1793, os tribunais da Inquisição nunca foram presididos por fanáticos, corruptos e pervertidos.
O inquisidor não julgava sozinho. Ele era assistido por alguns assessores do clero local, de forma que podemos considerar isto o início do sistema de jurados. Além deles, o bispo auditava as sentenças e o acusado podia apelar ao Papa. É razoável concluir que o processo inquisitorial era adequado, até mesmo pelos padrões modernos. Contrariamente ao que foi dito, a Inquisição frequentemente absolvia os acusados. Bernardo Gui foi o severo inquisidor de Toulouse entre 1308 e 1323. Ele pronunciou 930 julgamentos, dos quais 139 eram absolvições.
O acusado podia defender a si mesmo ou utilizar um advogado, mas nem sempre era autorizado a escutar as testemunhas da acusação. Historiadores condenaram severamente esta natureza secreta do processo inquisitorial, mas é preciso considerar o contexto dos fatos. Os hereges que a Inquisição perseguia eram ricos e poderosos. Muitos tinham soldados a seu comando. Não raras vezes, testemunhas de acusação e até mesmo inquisidores foram assassinados. Testemunhar contra os líderes dos cátaros ou marranos era tão perigoso quanto testemunhar contra os chefões da máfia hoje. Em 1485, o Grande Inquisidor espanhol Pedro Arbués foi esfaqueado diante do altar por assassinos contratados pelos marranos. É por isso que a Inquisição protegia o anonimato de certas testemunhas. Ela só recorria aos depoimentos secretos em caso de necessidade.
O acusado também tinha benefícios. Ele podia apresentar, no início do processo, uma lista dos seus inimigos pessoais. Se uma testemunha de acusação se encontrava na lista, seu testemunho era automaticamente rejeitado. Além disso, o depoimento da testemunha anônima era tomado na presença do advogado do acusado. Nessas ocasiões, o advogado do acusado era indicado pelo tribunal, para garantir que a identidade das testemunhas não seria revelada. Mesmo assim, esses advogados não trabalhavam com menos empenho: vários juristas espanhóis se destacaram pelas defesas que fizeram em tribunais da Inquisição.
Perceba que o princípio da denúncia anônima não é, por natureza, um procedimento injusto. Atualmente é procedimento comum em vários países.
A outra grande crítica feita à Inquisição é o uso de tortura durante os interrogatórios. Novamente, é preciso colocar os fatos em contexto. O interrogatório inquisitorial não se parece em nada com as torturas sádicas da Gestapo ou KGB. Ele era relativamente brando quando comparado com as torturas impostas pela Justiça Comum da época. Três métodos eram empregados:
  1. A Garrucha era uma alavanca que esticava cordas amarradas aos pulsos do acusado. Quando era acionada, a alavanca elevava o acusado a certa altura, e depois soltavam bruscamente ou aos solavancos, o que causava dor intensa nos ombros do acusado.
  2. O Potro era uma tábua, algumas vinham com espinhos, na qual o acusado era amarrado. O torturador apertava as cordas, fazendo com que os espinhos ferissem a pele do acusado.
  3. A Toca era um funil de tecido colocado na boca do acusado. O torturador jogava água no funil, dando sensação de afogamento ao acusado.
O processo inquisitorial regulou minuciosamente as práticas de interrogatório. Para ser submetido à tortura, era preciso ser acusado por crimes muitos graves, e o tribunal devia ter indicios muito claros da sua culpa. O bispo local devia emitir sua concordância, o que protegia o acusado do zelo abusivo de algum inquisidor. O interrogatório com tortura não podia ser repetido. As instruções também determinavam a presença de um representante do bispo e de um médico durante o interrogatório, a proibição de colocar o interrogado em risco de vida ou de mutilação, e a obrigação de prestar cuidados médicos imediatamente após o interrogatório. Os doentes, idosos e grávidas eram dispensados de interrogatório sob tortura. Além do mais, a tortura era raramente empregada: em 1-2% dos processos, de acordo com Jean Dumont, ou 7-11%, de acordo com Bartolomé Bennassar.
É surpreendente descobrir que a maioria dos acusados suportou a tortura e foi, consequentemente, absolvida. Se o objetivo dos torturadores era, como podemos pensar, obter confissões a qualquer custo, então os inquisidores eram contraprodutivos. Pode-se questionar se o interrogatório sob tortura não era um último meio de defesa oferecido ao acusado, um tipo de teste judicial similar à Ordália medieval. Esta é, em minha opinião, uma hipótese a ser considerada.
A Ordália, ou “Julgamento Divino”, era um teste judicial comum até o ano 1000. O acusado provava sua inocência perante o tribunal pela prova de fogo, água ou espada. No primeiro caso, ele segurava carvão em brasa; se estivesse curado após certo período de tempo, o tribunal concluía que ele era inocente. No segundo caso, o acusado era amarrado e jogado num grande tonel de água; se ele flutuasse, que era o mais comum por causa do ar nos pulmões, o tribunal concluía que ele era culpado; se ele afundasse, era inocente. Por fim, a prova da espada era o duelo entre dois cavaleiros recrutados por testemunhas contraditórias: a vitória indicava qual delas dizia a verdade. A Igreja sempre lutou contra a Ordália, que era um método supersticioso herdado do código legal primitivo dos pagãos germânicos.
O uso de tortura como meio de obtenção de prova é chocante à mente moderna, mas foi um avanço comparado à Ordália. Não devemos esquecer que a tortura era muito mais comum nos processos criminais seculares. Além disso, o Grande Inquisidor S. João de Capistrano proibiu o uso da tortura na Inquisição já no século 15, mais de 300 anos antes do rei Luís XVI fazer o mesmo com a Justiça comum da França (apesar da Espanha ter restabelecido seu uso no período).
Mesmo assim, o processo inquisitorial foi um avanço na história legal. Por um lado, ele definitivamente descartou a Ordália, substituindo-a pelo depoimento de testemunhas, algo que se mantém ainda hoje nos sistemas legais. Por outro lado, ele estabeleceu o princípio do Estado como promotor. Até aquela época era a vítima que devia provar o crime, mesmo num processo criminal, e isso era especialmente difícil quando a vítima era fraca e o criminoso era poderoso. Mas com a Inquisição a vítima não era mais do que uma simples testemunha, assim como nos processos criminais de hoje. Era a autoridade eclesiástica que tinha o ônus da prova.
O número de hereges queimados pela Inquisição foi muito exagerado. Juan Antonio Llorente é a origem desses números inflados, e muitas pesquisas ainda o utilizam como fonte [18]. Llorente foi um padre apóstata que se colocou a serviço da ocupação napoleônica da Espanha. Depois de caluniar a Inquisição, ele destruiu os arquivos, que poderiam contradizê-lo. Vários historiadores continuam a adotar números inflados graças ao viés antirreligioso[19]. Entretanto, números de tal grandeza são rejeitados desde 1900 por Ernest Schafer e Alfonso Junco. Historiadores honestos concordam que o número de vítimas da Inquisição Espanhola é bem menor do que o geralmente conhecido[20]. Jean Dumont estima em 400 execuções durante o reinado de 24 anos da rainha Isabela, A Católica. Isto é pouco comparado com as 100 mil vítimas do expurgo dos “colaboracionistas” franceses entre 1944-45, ou as dezenas de milhões mortos por comunistas na Rússia, China e outros países.
Note também que os condenados à morte nem sempre eram executados. Suas sentenças eram substituídas por tempo na prisão, ou os acusados tinham a efígie queimada[21]. Além do mais, nem sempre os condenados eram queimados vivos. Se eles demonstravam certo arrependimento, eram enforcados antes da fogueira. Lembre também que eram apenas os reincidentes obstinados eram condenados à morte.
Algumas pessoas julgam incoerente a atitude da Igreja, que pede para perdoarmos nossos inimigos mas impôs a pena de morte naquela época. Devemos lembrar que o dever da autoridade pública não é o mesmo do indivíduo. O dever da caridade obriga o indivíduo a perdoar mesmo o assassino de parentes próximos. Mas o primeiro dever de caridade do Estado é garantir a ordem pública, defendendo a integridade física e espiritual dos seus cidadãos. Se a pena de morte é necessária para assegurar a ordem, o Estado ou a Igreja podem recorrer a ela.  O Catecismo da Igreja Católicapromulgado pelo Papa João Paulo II (parágrafo 2266) reconhece a legitimidade da pena de morte.
São Tomás de Aquino justificou a execução de criminosos ao observar que o medo da morte frequentemente facilitava sua conversão. Capelães de prisões podem confirmar que durante a época que a pena de enforcamento existia no Canadá, era raro um condenado subir ao cadafalso sem antes se confessar a um sacerdote. Deste modo, a punição temporal permitiu que o criminoso evitasse a punição eterna, o inferno. Visto desse ângulo, o Estado praticou verdadeira caridade. Libertar o criminoso alegando perdão, como é feito hoje, é conceder ao criminoso ocasião de recair no pecado e perder sua alma.
De qualquer modo, menos de 1% das sentenças da Inquisição condenavam o réu à morte. Na maioria das vezes, os hereges eram condenados a vestir uma cruz sobre suas roupas, a fazer peregrinações, a servir na Terra Santa ou se flagelar, frequentemente de maneira simbólica. Às vezes o Tribunal confiscava suas propriedades ou os aprisionava. As prisões da Inquisição não eram tão terríveis quanto dizem. Elas deviam ser mais confortáveis que a prisão comum, já que alguns criminosos alegavam heresias a fim de serem transferidos para as prisões da Inquisição. Além disso, os hereges frequentemente eram beneficiados com anistias. Em 1495 a rainha Isabela concedeu perdão geral a todos os condenados pela Inquisição.
A verdadeira história da Inquisição não tem nenhuma semelhança com a lenda negra espalhada pelos inimigos da Igreja. Bartolomé Bennassar, que não é defensor do Santo Ofício, escreveu em L’Inquisition Espagnole, XV-XIX siècle (1979):
Se a Inquisição Espanhola era um tribunal como os outros, eu não hesitaria em concluir, sem sombra de dúvida, que era um tribunal superior aos demais.... Mais eficiente, sem dúvida, mas também mais preciso e mais cauteloso, apesar das falhas de alguns juízes que podem ter sido orgulhosos, arrogantes ou libertinos. Um tribunal que examina minuciosamente os depoimentos, que aceita sem hesitar as impugnações de testemunhas suspeitas (e frequentemente pelas menores razões), um tribunal que raramente emprega tortura e que, diferente dos tribunais civis, muito raramente condena alguém à pena de morte e apenas com muita cautela condena ao terrível castigo das galés. Um tribunal ansioso por educar, por explicar ao acusado porque ele estava errado, que admoestava e aconselhava, cujas penas graves atingiam apenas os obstinados.
...(Mas) a Inquisição não pode ser considerado um tribunal como os outros. A Inquisição não foi criada para proteger pessoas e propriedades de agressões. Ela foi criada para reprimir uma crença e um culto... ”[22]
Agora atingimos o centro da questão. Como um historiador competente e honesto, Bennassar só poderia rejeitar as calúnias que circularam por séculos sobre a Inquisição. Mas como um liberal e relativista, ele não podia aceitar o princípio que fundamenta essa instituição - o dever da repressão religiosa.
No fim das contas, a única falta que a Inquisição pode ser culpada pelos liberais é ter combatido as falsas religiões. Isso é esperado, dado que os liberais não acreditam que a Igreja Católica é o único caminho para a salvação. Eles não compreendem a finalidade sobrenatural da Inquisição.
Entretanto, aqueles que tem a Fé precisam compartilhar um julgamento positivo da Inquisição. Ao purificar a Igreja Católica espanhola da influência dos marranos, o Santo Ofício salvou a Espanha do protestantismo, livrando-a dos horrores da guerra religiosa que assolou a maior parte da Europa no século 16. Lembre-se que um terço da população alemã pereceu nas muitas guerras religiosas do período entre 1520 e 1648. Se a morte de algumas centenas de hereges permitiu que a Espanha evitasse tal conflito, é preciso concluir que o Santo Ofício prestou um serviço humanitário.
Além disso, a Inquisição não salvou apenas a Espanha, mas toda a Igreja. No século 16 o mundo católico estava à beira da ruína, atacado pela revolução protestante no norte e pela expansão dos turcos no leste. A França, imersa na guerra civil, não podia mais proteger a Igreja. Foi a Espanha que salvou a Cristandade, especialmente na Batalha de Lepanto em 1571.
No plano espiritual, a Contra-Reforma foi uma obra espanhola; e se o Catolicismo espanhol teve uma participação tão benéfica no século 16, foi graças à Inquisição que defendeu sua integridade doutrinária no século 15. Talvez hoje a Igreja e a sociedade não estivessem neste estado lamentável se, nos séculos 19 e 20, houvesse uma Inquisição para nos proteger das heresias modernas.
Claro que não se deve propor o restabelecimento da Inquisição. Agora é tarde. A Inquisição só pode ser efetiva numa sociedade que já é profundamente cristã. É uma arma defensiva, incapaz de devolver a fé ao mundo. Hoje a Igreja está na fase da Reconquista.
Mas se não é mais o momento de restaurar a Inquisição, é preciso reabilitá-la aos olhos da história. Com todo o respeito àqueles que gostam de ver a Igreja rebaixar a si mesma, os católicos não têm nada a se envergonhar do trabalho do Santo Ofício.

NOTAS

[1] Voltaire, "Inquisition," Dictionnaire philosophique, dans OEuvres complètes, t.VII, Paris, Ed. Th. Desoer, 1818, pp.1309-1319.
[2] Uma seita do período, também conhecida como os "Illuminati."
[3] De Maistre, Joseph, "Lettres à un gentilhomme russe sur l’Inquisition espagnole," Oeuvres complètes, t.VII, Brussels, Éd. Société Nationale, 1838, pp.283-391; Morel, Jules, "Lettres à M. Louis Veuillot sur l’Inquisition moderne d’Espagne," Incartades libérales de quelques auteurs catholiques, Paris, Éd. Victor Palmé, 1869, pp.31-241.
[4] Dumont, Jean, L’Église au risque de l’Histoire, Limoges, Éd. Critérion, 1984, pp.171-231, and pp.343-413; L’Incomparable Isabelle la Catholique, Paris, Éd. Criterion, 1992, pp.79-110,
[5] Testat, Guy et Jean, L’Inquisition, Paris, Éd. PUF, collection "Que sais-je?", 1966, 126 pp.; Guiraud, Jean, L’Inquisition médiévale, Paris, Librairie Jules Tallandier, 1978, 238 pp.; Bennassar, Bartolomé, L’Inquisition espagnole XVe-XIXe siècles, Paris, Éd. Hachette, 1979, 397 p.
[6] N.T.: Extraído de: Papa Pio IX - "Syllabus" MONTFORT Associação Cultural http://www.montfort.org.br/index.php?secao=documentos&subsecao=enciclicas&artigo=silabo&lang=bra Online, 16/02/2016 às 14:32h
[7] Choupin, L., "Hérésie," Dictionnaire apologétique de la foi catholique, t. II, 1911, pp.442-457.
[8] Ottaviani, Alfredo, L’Église et la Cité, Rome, Imprimerie polyglotte vaticane, 1963, 309 pp.
[9] Atos 13:8-12
[10] Guiraud, Jean, "Inquisition," DARC, t. II, 1911m , col. 823-890; Vacandar, E., "Inquisition," DTC, t.VII, col. 2016-2068.
[11] O historiador católico faz até mais:ele julga os fatos à luz dos princípios católicos. Sobre isso, leia Dom Guéranger, "Le Sens chrétien de l’histoire" (Le Sel de la terre, 22, p.176).
[12] For example, Hefelé, Le Cardinal Ximenès, Paris Librairie Poussielgue-Rusand, 1856, 588 pp.
[13] Vernet, F., "Albigeois et Cathares," Dictionnaire de théologie catholique, t.I, pp.1987-1999.
[14] Léa, Henri-Charles, Histoire de l’Inquisition au Moyen Age, Paris, Éd. Jérôme Millon, 1986, 3 vols.
[15] Cervantes, Don Quixote, Book I, chap.21. (N. T.: utilizei o texto disponível online - acesso em 01/03/2016)
[16] Shylock: um agiota judeu da comédia de Shakespeare: O Mercador de Veneza.
[17] Roch, Cecil, Histoire des Marranes, Paris, Éd. Liana Lévi, 1990.
[18] Llorente, Juan Antonio, Historia critica de la Inquisicion en Espana, Madrid, Éd. Hiperion, 1981, (1st edition, 1822) 4 vols.
[19] Por exemplo, dentre os historiadores atuais, Pierre Dominique afirma que a Inquisição Espanhola condenou 178.382 pessoas, das quais 16.376 foram queimadas vivas. [L’Inquisition. Paris, Ed. Perrin, 1969]; Henry Kamen eleva o número para 341.021 condenados, dos quais 31.912 foram queimadosputs it up to 341,021 the number of condemnations, of whom 31,912 were burned [Histoire de l’Inquisition espagnole, Paris, Éd. Albin Michel, 1966]. Note that Kamen revised these figures downwards in a later edition of his book (1966, pp.298-299).
[20] Junco, Alfonso, Inquisicion sobre la Inquisicion, Mexico, Editorial Jus, 1959, pp.37-51.
[21] N.T.: uma “efígie” era um boneco que representava o acusado.
[22] Bennassar, Bartolomé, L’Inquisition espagnole XVe-XIXe siècle, Paris, Éd. Hachett, 1979, pp.389-390.


PARA CITAR

DUPUIS, Jean-Claude. Em Defesa da Inquisição. Disponível em: <> Traduzido por: João Marcos. Do Original em Inglês: .

AS QUATRO GRANDES MENTIRAS DO PT, LULA E DILMA

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4 mitos sobre o governo Lula nos quais você sempre acreditou


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Da sala de interrogatório da Polícia Federal em Congonhas ao palanque na Avenida Paulista, a versão oficial de Lula para estar entre os investigados na maior operação de combate à corrupção da história brasileira não muda uma vírgula. Segundo ela, o ex-presidente e seu partido seriam vítimas de uma perseguição seletiva (apesar da operação envolver 117 presos e 50 políticos investigados de 6 diferentes partidos), destinada a acabar com o PT e prendê-lo. O motivo? Para Lula, trata-se de uma vingança por seu mandato ter tirado 36 milhões de pessoas da pobreza extrema e permitido aos mais pobres viajar de avião. Só há um problema com essa versão: ela é falsa, do começo ao fim.
O comentário de Lula soa como um escárnio em meio a uma crise que todos os dias leva 17 mil brasileiros à extrema pobreza, e que ao final, terá reduzido dez milhões de pessoas a esta condição. Afinal, ainda que fosse verdade que o ex-presidente tivesse garantido a ascensão social de milhões de brasileiros, não teriam eles motivos de reclamar, agora que a política de Dilma coloca o país em uma situação onde teremos zero por cento de crescimento na renda entre 2010 e 2020? Ter gerado algo positivo no passado torna Lula ou Dilma imunes a críticas? E ainda, se a ascensão social dos brasileiros entre os anos 2002 e 2010 deveu-se a Lula e suas políticas, por que elas deram tão errado com Dilma?

Como explicou o ex-presidente em seu depoimento à Polícia Federal, seu instituto existe para espalhar suas políticas para outros países – daí a importância das dezenas de milhões por ele arrecadado. Afinal, como Lula espera ter algo a ensinar aos outros presidentes quando ele mesmo foi incapaz de ensinar algo à sua sucessora?
A resposta para todas estas perguntas provavelmente é mais simples do que você imagina: o crescimento da economia brasileira sob o governo Lula é muito mais circunstancial do que ação de um líder ou um partido. O fracasso do governo Dilma em replicar o crescimento testemunhado no período ocorre pois não há receita original, uma vez que este crescimento não foi originado pelo presidente Lula e sua equipe.
Aqui, preparamos uma lista com esse e outros mitos que você sempre acreditou a respeito do seu governo.

1. O mito dos 36 milhões de miseráveis a menos.

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Foi em 2012 que o governo, por meio da Secretaria de Assuntos Estratégicos, teve aquela que seria a mais conhecida pérola dos milagres alegadamente realizados por Lula: a de ter tirado 36 milhões de pessoas da pobreza. De acordo com a SAE, e um estudo do IPEA, a classe média brasileira possui renda entre R$ 291 e R$ 1.019. Com este critério, mais da metade dos brasileiros passaram a ser considerados classe média pelo governo.
O número mágico, porém, tem uma explicação ainda mais esdrúxula. Em 2012, 36 milhões de pessoas eram beneficiárias totais do Bolsa Família e outros programas sociais. Para o governo, portanto, se estes 36 milhões não tivessem como receber os benefícios, seriam pobres ou extremamente pobres.
Em seu depoimento à Polícia Federal, Lula reafirmou o número. Espantado, o delegado questionou. 
“Então, o senhor está dizendo que antes do seu governo, 1 em cada 4 brasileiros era miserável?”
Lula concordou.
Para o IPEA, porém, o número não passa de uma fantasia. Em 2002 havia no Brasil 14,9 milhões de miseráveis, e em 2012, 6,5 milhões. Uma queda, portanto, de 8,4 milhões. Para o mesmo IPEA, em 1992 havia 19,1 milhões. A queda na pobreza, portanto, acelerou-se no governo Lula, puxada pela economia – mas não há de fato nada que indique um milagre ou alguma excepcionalidade na ação do ex-presidente.
Os números do IPEA, órgão ligado ao próprio Palácio do Planalto, não deixam dúvida – o governo inflou o número.

2. O mito do “crescimento”.

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“Brasil, Um País do futuro” é o título do livro de Stefan Zweig que faz a cabeça dos nacionalistas brasileiros. A ideia de que o Brasil é uma nação destinada a destacar-se mundialmente sempre foi muito tentadora – e o crescimento de 11.000% da nossa economia ao longo do século vinte parecia tornar isso mera questão de tempo. Apesar de todo este crescimento, porém, ainda convivemos durante todo este período com uma característica marcante: o rentismo.
Historicamente, obter favores do governo sempre foi mais conveniente do que empreender no Brasil – e viver às custas da ineficiência do governo, mais conveniente ainda. Nenhum setor entendeu isto tão bem quanto o financeiro. Até 1994, quando o Plano Real resolveu a questão da hiperinflação no país, a inflação era responsável por gerar mais de 2/3 das receitas do setor bancário brasileiro e um lucro estimado em 2% do PIB pelos economistas Simonsen e Cysne, no chamado “imposto inflacionário”. Atualmente, este valor equivaleria a R$ 123 bilhões em lucro caso não fosse extinto pelo Plano Real. Dezenas de bilhões em lucro sem produzir nenhum bem ou serviço.
Acabar com a inflação foi, portanto, um passo fundamental para obrigar que os bancos atuassem como devem, fornecendo crédito e serviços. Em 2002, oito anos após o plano Real, a receita era mais do que inversa: cerca de 95% do faturamento do setor se devia a serviços ou empréstimos. Com as finanças públicas e os próprios bancos saneados, o setor bancário estava próximo para o próximo passo – a explosão de crédito.
Nenhum governo se beneficiou tanto deste período de crescimento do crédito quanto o governo Lula, e exceto por uma simplificação burocrática no crédito imobiliário (criada pelo economista liberal Marcos Lisboa quando ainda estava no governo), a participação de Lula para destravar o crédito no Brasil é nula, ou muito próxima disso.
O crescimento do crédito é em boa parte o responsável pela sensação de riqueza que tomou conta do país. Poder financiar bens de consumo em 12 ou 24 vezes, algo que era inimaginável nos anos 80 ou 90, tornou-se comum, fazendo com que, apesar do pouco aumento na renda (cerca de 48% na média em 8 anos), a população estivesse consumindo muito mais do que antes.
Fatores externos como o aumento médio de 723% nos preços de commodities (aqueles bens negociados mundialmente como café, soja, minério de ferro, etc), colaboraram também para irrigar o país com recursos externos. Somados ao investimento estrangeiro no país, a década de 2000 significou a entrada de US$ 183 bilhões no país – recursos com os quais o governo bancou inúmeros bens e serviços.  
O natural esgotamento da capacidade das famílias brasileiras de se endividar foi um dos principais responsáveis para que o governo levasse os bancos públicos a ampliar a oferta de crédito. Receosos de que as famílias não mais iriam ter condições ou interesse em ampliar seu endividamento, os bancos privados pisaram no freio, mas o governo insistiu na fórmula. Em 2013, cerca de 51% do crédito no país teve a mesma origem: os bancos públicos. Como resultado, famílias, governo e empresas encontram-se hoje endividados e sem condições de consumir ou produzir, diante da incerteza do governo.
Em que pese, o crescimento do Brasil sob o governo Lula em momento algum pode ser considerado um milagre. Como em outros períodos da história brasileira, o país cresceu exatamente o mesmo que a economia mundial, e foi o segundo país que menos cresceu no continente, à frente apenas do México.

3. O mito dos programas sociais.

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Administrando um orçamento que saiu de R$ 513 bilhões em 2003 para R$ 1,16 trilhão em 2010, o ex-presidente Lula certamente teve todas as condições possíveis para ampliar investimentos sociais como aqueles determinados pela constituição de 1988.
Não bastou para Lula porém vangloriar-se do que fez e de onde gastou os recursos que tinha. Sem discutir a eficiência do gasto, uma vez que a educação brasileira ou o sistema de saúde brasileiro (que segundo o próprio, beirava a perfeição) não tiveram melhora relativa em relação aos demais países mundiais (como aqueles pesquisados pelo PISA), o ex-presidente alega ter feito muito além do que a própria história mostra como verdade.
Para Lula, sua gestão criou 16 universidades. Uma breve pesquisa revela que se tratam na realidade de seis, ou quatro se você não considerar que alterar o nome de “Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas” para “Universidade Federal de Alfenas” não é de fato criar uma universidade (sim, Lula alega ter criado uma universidade aí, onde desde 1914 existia uma outra instituição já estabelecida).
Prática comum de políticos brasileiros, alterar o nome de programas para tratá-los como novos ou seus, tornou-se regra durante sua gestão. Atribuir para si programas de décadas de existência, como o FIES, também virou lei. Substituir nomes como o ‘Luz no campo’ (criado em 2000) para “Luz para todos” (que Lula alegou em um programa eleitoral de 2010 ter sido uma ideia genial apresentada por Dilma), virou praxe. Alterar ou reagrupar programas sociais como o Bolsa Família, que substitui inúmeros outros programas anteriores, foi a sacada da reengenharia criada pelo mito Lula.

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Uma breve análise dos programas sociais de Lula – incluindo aí o “Bolsa Empresário”, que distribui R$ 36 bilhões em subsídios para as mil maiores empresas do país, via BDNES – mostra que os maiores sucessos encontram-se exatamente onde o governo não é responsável por nada além de repassar a verba. Enquanto as universidades federais tiveram queda no número de formandos (entre 2008 e 2013), nas universidades privadas o número explodiu. Enquanto o Bolsa Família foi um sucesso, o Fome Zero foi um fracasso retumbante.
Em resumo, Lula acertou onde não fez nada além de repassar os recursos (Bolsa Família, Prouni, Fies, Minha Casa Minha Vida), e colecionou fracassos onde a gestão (sob responsabilidade da gerente Dilma Rousseff), era requerida, como nos três Programas de Aceleração do Crescimento.

4. O mito da queda na desigualdade.

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Fazer o pobre andar de avião é motivo suficiente para causar revolta na classe média, segundo Lula e seus seguidores. A concepção é absurda, mas não tanto quanto a ideia geral de que o sucesso obtido pelos brasileiros em ampliar sua renda ou consumo deva ser considerado mérito direto do governo. Se uma pessoa acessa a universidade, se esforça para passar no vestibular e concluir o curso, o mérito deveria ser da própria pessoa ou do presidente em questão? A pergunta parece sem sentido, mas as coisas tendem a ficar mais absurdas ainda quando vemos o real peso do governo em diminuir a desigualdade no país.
Segundo um estudo do IPEA, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, órgão do governo, a queda na desigualdade brasileira, iniciada em 2001, possui como principal causa, não a ação direta de programas sociais, mas o acesso ao mercado de trabalho. Para pesquisadores como Ricardo Paes de Barros, o acesso ao emprego explica mais da metade da queda no índice de Gini, que atesta a desigualdade de um país. Programas sociais foram responsáveis por menos de 1/5 na queda. E se você ainda tem alguma dúvida sobre a veracidade da afirmação de Lula de que criou 10 milhões de empregos, é recomendável que volte ao ponto 2.
Para 
outro estudo do Ipea, a ação do governo é diretamente responsável por 1/3 da desigualdade de renda no país. Apenas dois indicadores, a aposentadoria e os salários dos funcionários públicos, são responsáveis por todo este peso (ainda seria possível incluir o acesso desigual às universidades públicas, onde 59% dos alunos estão entre os 20% mais ricos da população, ou os subsídios estatais via BNDES). Neste sentido, as ações do governo em nada contribuíram para resolver o problema.
Na parte que efetivamente cabe ao governo atuar, Lula nada fez para alterar o quadro de desigualdade – pelo contrário, continuou fornecendo favores a empresários, e com o que sobrou, garantiu o pagamento do Bolsa Família, programa originalmente criticado por economistas do PT, como Maria da Conceição Tavares (e pelo próprio Lula). O caráter privatizante do Bolsa Família (uma vez que apenas entrega o dinheiro, não entrega comida ou serviços estatais) jamais foi bem visto por Lula e seus conselheiros econômicos até a ideia arrebatar milhões de votos.
Toda a queda na desigualdade, porém, está ameaçada agora – uma vez que a recessão joga de volta à pobreza milhões de brasileiros, destrói empregos e gera estagnação na renda, além da perda do poder de compra com a inflação.
Não há dúvida de que a década de 2000 tenha representado um período positivo para a economia brasileira. Apesar de não resolvermos os problemas relativos à nossa produtividade, que foi mascarada pela política de aumento do salário mínimo (que subiu três vezes mais do que a renda média, o que na prática significa dizer que quem ganhava 3 salários mínimos em 2002 passou a ganhar 1 em 2010), a economia brasileira cresceu menos que as demais no continente – mas se desenvolveu, mostrando como, ainda que seja pouco e não tenhamos nos preparado, um pequeno choque externo é capaz de animar nossa economia e dar novos ares a milhões de brasileiros, antes excluídos do mercado de consumo.
Tudo isso, no entanto, como a atual década perdida não deixa dúvida, apesar do PT.

Fonte: SPOTNIKS

DESCOBERTOS TODOS LARANJAS DO LULA

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OS LARANJAS DO LULA - SEUS NOMES E SUAS EMPRESAS

A BRECHA - O chefe (Lula) das Organizações Criminosas, PT e Foro de São Paulo, deslocam-se por todo o Brasil e exterior em jatinhos particulares. Nas últimas semanas, ele chamou muito atenção quando seguiu de São Paulo-Brasília para participar da sua cerimônia dePOSSE NA CASA CIVILa bordo de um jatinho particular.



Por conta da divulgação na mídia, Lula pediu para desembarcar do jatinho dentro do hangar da empresa de Táxi Aéreo para passar despercebido. Mas em um mundo onde a grande maioria possui um celular em mãos para registrar tudo, ele não conseguiu êxito em passar despercebido. Esse foi o seu grande erro!



Lula gasta R$ 120 mil para ir de São Paulo a Brasília. Click aqui para ver a matéria completa. www.otaviosaleitao.com.br

Lula gasta R$ 120 mil para ir de São Paulo a Brasília. Click aqui para ver a matéria completa. 

AO FIO DA MEADA

São tantas informações que vou ser obrigado a divulgar em muitas publicações, mas seguindo o fio da meada par melhor entendimento de todos. E ao final vou divulgar um organograma onde vou mostrar que todos estão interligados.

Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou do jatinho da Pássaro Azul Táxi Aéreo Ltda no hangar da empresa. Quem são os sócios da empresa? O que essa empresa tem em comum com o Deputado Eduardo Cunha, Presidente da Câmara dos Deputados?
Sócios:
Global Aviation S.A. (Ricardo Breim Gobbetti)
SSR Assessoria e Prestação de Serviços Ltda. (Ricardo Breim Gobbetti)
Ricardo Gobbetti
Marco Roberto Pacheco
Capital social: 260.000,00 (DUZENTOS E SESSENTA MIL REAIS)

Doleiro ligado a Cunha e grupo J&F são alvos de nova fase da Lava-Jato
Funaro é acusado de corrupção, evasão de divisas e
lavagem de dinheiro. As investigações relacionas estariam 

a esses crimes estariam entre os fundamentos que 

levaram o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), 

Teori Zavascki, a decretar a prisão dele.
O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de acordo com o delator JÚLIO CAMARGO, consultor da empreiteira asiática Toyo Setal, o doleiro LÚCIO BOLONHA FUNARO, foi um dos passageiros de voos em táxi aérea faturados como parte do pagamento de propina a Eduardo Cunha. Num dos voos, Funaro e Cunha viajaram juntos.



Investigados pela Procuradoria-Geral da República, os voos-propina teriam sido pagos por Júlio Camargo, delator do esquema de corrupção na estatal, para saldar uma dívida residual de R$ 500 mil, a que o deputado julgava ter direito por conta de variação cambial do suborno. Deste total, R$ 200 mil teriam sido quitados em dinheiro e R$ 300 mil em créditos em voos de táxi aéreo.

Funaro é acusado de corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. As investigações relacionadas estariam entre os fundamentos que levaram o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, a decretar a prisão dele.

De acordo com as investigações, Cunha usou R$ 122,245 da quota em três viagens. Na primeira, ao custo de R$ 44.200, Funaro e Raquel Aldejante Pitta viajaram no jatinho PP MIS, da Global Táxi Aéreo, nos trechos Congonhas/Salvador/São João da Boa Vista/Viracopos. Na segunda, Cunha e Funaro voaram juntos, no jato PR JET, da Realy Táxi Aéreo, por R$ 38.220, nos trechos Congonhas/Brasília/Aeroporto de Jacarepaguá/Congonhas. Os horários das decolagens sugerem que Funaro se encontrou com Cunha em Brasília e, depois, eles voltaram juntos a partir da Capital.

Resultado de imagem para PP MIS

A terceira viagem, por R$ 39,825, Cunha e o assessor Altair Alves Pinto, no trechos Congonhas/Rio de Janeiro/Brasília. Altair aparece na delação premiada de Fernando Falcão Soares como operador que teria recebido propina em nome de Cunha. Camargo autorizou que a Global Táxi Aéreo faturasse os voos solicitados, mas os investigadores suspeitam que o deputado não tenha usado toda a quota por causa do avanço na Lava-jato. 

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As Empresas de Táxi Aéreo citadas são todas do Grupo Global Aviation Reali
Táxi Aéreo Ltda
Sócios:
Global Aviation S.A. (Ricardo Breim Gobbetti)
Ricardo Breim Gobbetti
Mario Magalhães de Albuquerque
Capital social: R$ 1.242.531,44.

Global Táxi Aéreo Ltda (Global Aviation)
Sócios:
SSR Assessoria e Prestação de Serviços Ltda (Christiane de Carvalho Bichara Lindoso)
Global Aviation S.A. (Sylvio Armando MNode Neto)
Décio Ricardo Brandão
Edgard Salles Lopes Neto
Capital Social: R$ 1.2336.500,00.

A Global atendeu todos os envolvidos no esquema de pagamento de corrupção das empreiteiras com horas de voo de suas aeronaves no transporte dos envolvidos. Uma empresa que foi criada em 1994, mas só conseguiu comprar a sua primeira aeronave muitos anos depois, e a partir de 2004 cresceu de forma astronômica. Hoje possui 54 aeronaves, dezenas de helicópteros, hangares próprios imensos. A maior do Brasil no setor de aviação executiva.

Principalmente depois que Ricardo Breim Gobbetti e seu irmãos Sergio Breim Gobbetti criaram a empresa Infinity One Participações S.A., uma holdings de instituições não finanaceiras. Seu capital social é de R$ 500,00 (quinhentos reais!), mas é a principal investidora em todas as empresas de Táxi Aéreo do Grupo Global Aviation S.A.
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"Um bom trabalho de inteligência enfraquece o inimigo, expõe as suas fraquezas, reduz as nossas baixas e abrevia a batalha"
O REI DAS LARANJAS

Entre centenas de laranjas, um chama muita atenção. JOSÉ LUIZ DA SILVA. Ele é sócio em 425 empresas, em todos os setores empresariais. Entre as empresas a Global Vendas de Aeronaves e Peças Ltda. - ME do grupo Global Aviation e Infinity One Representções, holdings de instituições não financeiras de Ricardo Breim Gobbetti e seu irmão Sergio Breim Gobbetti.

O mesmo grupo ao qual pertence as empresas de Táxi Aéreo que Luiz Inácio Lula da Silva faz seu deslocamento por todo o Brasil e exterior em jatos executivos.

A Global Aviation adquiriu a aeronave Falcon 2000LX EASY, com capacidade de 12 pessoas e alcance de 7.400 km, somente para atender as viagens internacionais do chefe da organização criminosa, Lula.

Resultado de imagem para Falcon 200OLX EASY,

AS EMPRESAS DO SUPER LARANJA

Neste momento é impossível listar todas as empresas do super laranja, mas em momento oportuno será feito. Segue um resumo.
Empresas por estados do Brasil:

Alagoas - 5
Baia - 2
Ceará - 1
Distrito Federal - 3
Espírito Santo - 6
Goiás - 17
Minas Gerais - 59
Maranhão - 2
Mato Grosso - 6
Mato Grosso do Sul - 6
Paraíba - 3
Paraná - 34
Pernambuco - 37
Piauí - 6
Rondônia - 2
Rio de Janeiro - 38
Rio Grande do Norte - 2
Rio Grande do Sul - 13
Santa Catarina - 14
São Paulo - 168
Sergipe - 1
Capital social das empresas de José Luiz da Silva: R$ 72.519.348,00

Índios

Dentre as participações no quadro de sócios em centenas de empresas, uma me chamou a atenção porque eu conheço. Fica localizado no entorno do Maracanã.

Aldeia Maracaná, situada na área conhecida como Antigo Museu do Índio, foi uma aldeia indígena urbana localizada no prédio antigo do Museu do Índio. O prédio antigo do Museu do Índio situa-se próximo o Estádio Mario Filho.

A polêmica em torno da manutenção da aldeia, considerada uma referência para o movimento político, mobilibzou diversos movimento populares da esquerda carioca.

O prédio onde funcionava o Museu do Índio foi construído pelo Duque de Saxe em 1852 e doado em 1910 ao Serviço de Proteção aos Índios, órgão estatal comandado pelo Marechal Rondon, quando de sua criação, em 1910. O objetivo é que o espaço fosse um área de preservação da cultura indígena brasileira. Inicialmente, o prédio abrigou a sede do órgão federal, e posteriormente, entre 1953 e 1977, abrigou o Museu do Índio. Após essa data, o museu foi transferido para o Botafogo e o prédio ficou abandonado. O local era utilizado por delinquentes, viciados, mendigos e assaltantes.

Foi comprado do governo Federal em agosto de 2012, pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, que devido às obras para a Copa do Mundo de 2014, o Antigo Museu do Índio seria demolido para facilitar a saída de torcedores do Estádio do MARACANÃ. A demolição causou comoção de setores mais ligados à esquerda, principalmente o PSOL e parte do PT, que passaram a fazer forte oposição à proposta de demolição.

Inicialmente, o governo alegou que a demolição do prédio antigo do museu seria necessária para atender ás exigências da FIFA, o que foi negado pela entidade. O governo argumentou também que o imóvel não teria qualquer valor histórico. Como reação, os vereadores Reimont Otoni, Eliomar Coelho e Leonel Brizola Neto apresentaram  em 2013 o projeto de lei 1536, prevendo o tombamento do prédio.

Os 60 milhões pagos pelo governo federal pela compra do imóvel, somados aos 568 mil reis que seriam pagos por sua demolição, haveria dinheiro suficiente par recuperá-lo. Em janeiro de 2013, o Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural deu parecer unânime pela manutenção do prédio,mas pelo primeira vez um parecer do órgão não foi seguido pelo prefeito...

Continuar a leitura na fonte: PELO AMOR DE DEUS

CRONOLOGIA UNIVERSAL DAS MENTIRAS E SABOTAGENS PROTESTANTES

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Observe que são exatamente essas mentiras e sabotagens históricas que moldam o DNA do protestantismo, que passa muito longe de ter sido uma revelação divina



Por Fernando Nascimento

Uma vez protestante, ensinava Lutero: "Que mal pode causar se um homem diz uma boa e grossa mentira por uma causa meritória e para o bem da Igreja (luterana)." (Grisar, Hartmann, S.J., Martin Luther, His life & work, The Newman Press, 1960- pág 522).

O teólogo e humanista Erasmo de Rotterdam (1467-1536), amigo contemporâneo de Lutero, assim chegou a se expressar diante da vil conduta do pai do protestantismo: "Revelarei a todos que mestre insigne és em falsificar, exagerar, maldizer e caluniar. Mas já toda gente o sabe... Na tua astúcia sabes torcer a própria retidão, desde que o teu interesse o requeira. Conheces a arte de mudar o branco em preto e de fazer das trevas luz". (Grisar, Luther, II, 452 e ss, apud Franca, IRC: 200, nota 96)

Diante de tamanho testemunho que comprova a aversão de Lutero à verdade, vejamos então as maiores mentiras e sabotagens históricas protestantes, forjadas ao longo de 496 anos contra a Igreja Católica:

1520 – Inventam a primeira mentira contra o celibato: Lutero no final de 1520, fez uso de uma notória fábula para macular o bispo Ulrich, de Augsburg, publicando-a em Wittemberg com seu prefácio. Essa publicação pretendia ser uma efetiva arma contra o celibato dos padres e religiosos. Nessa carta  o bispo Ulrich é representado narrando como cerca de 3000 (de acordo com outros, 6000) cabeças de crianças que teriam sido descobertas num reservatório de água do convento de freiras de São Gregório em Roma. (...) (Jerome) Emser desafiou Lutero a publicar essa questionável carta, e ele respondeu que não confiava muito nela. Todavia, graças a seu patrocínio, a fábula pôde continuar sua destruidora carreira e foi zelosamente explorada. (Grisar, Hartmann, S.J., Martin Luther, His life & work, The Newman Press, 1960 pág. 177).

1525 – Adulteram a Bíblia colocando o termo “significa” onde Jesus diz que “É” seu corpo: o reformador suíço Zuinglio muda a Bíblia para acomodar sua heresia contra a presença real de Cristo na eucaristia: onde os Evangelhos e São Paulo dizem "isto é o meu corpo", o heresiarca traduz por "isto significa o meu corpo". A respeito, comenta outro protestante: "Não é possível de modo algum excusar este crime de Zuinglio; a cousa é por demais manifesta;(...)." (Conr. Schluesselburg, Theologia calvinista, Francofurte, a M. 1592, 1. 2, f. 43 b.), escreve ainda o mesmo autor: "Não o podeis negar nem ocultar porque andam pelas mãos de muitos os exemplares dedicados por Zuinglio a Francisco, rei de França, e impressos em Zurique no mês de março de 1525, in 8o. Na aldeia de Munder, na Saxônia, no ano 60 eu vi na casa do reitor do colégio, Humberto, não sem grande maravilha e perturbação, exemplares da Bíblia alemã, impressas em Zurique, onde verifiquei que as palavras do Filho de Deus haviam sido adulteradas no sentido dos sonhos de Zuinglio. Em todos os quatro lugares (Mt., 26; Mc., 14; Lc., 22; I cor., 11) em que se referem as palavras da instituição do Filho de Deus, o texto achava-se assim falseado: Das bedeutet meinen Leib, das bedeutet meinen Blut, isto significa o meu corpo, isto significa o meu sangue." (Conr. Schluesselburg, op. cit. f. 44 a.) (citações em padre Leonel Franca, op. cit., pág. 211).

As posteriores edições protestantes foram impressas corrigindo essa sabotagem de Zuinglio, que foi inclusive denunciado por Lutero, pois Lutero levantou-se contra o tal dizendo: ” ’é’ não pode ser traduzido por 'significa'”. (Uma Confissão a respeito da Ceia de Cristo - Von Abendmahl Christi, Bekenntnis WA 26, 261-509, LW 37. 151-372, PEC 287-296. - SASSE, H. Isto é o meu Corpo, p. 107).

Infelizmente, por causa do estrago causado pela falsificação de Zuinglio, a maioria dos protestantes continuam a ensinar erroneamente que o pão e o vinho consagrados, “significam” o corpo e sangue de Cristo. Sendo assim eles comem e bebem indignamente a própria condenação, como bem diz as Escrituras: “Examine-se, pois, a si mesmo o homem, e assim coma deste pão e beba deste cálice. Porque aquele que o come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor." (1Cor 11, 28-29)
1540 – plantam a mentira que a Igreja é contra a ciência: um pastor protestante sabotou a obra do padre Copérnico sobre o heliocentrismo, em sua dedicatória ao Papa. Isso ajudou os protestantes mais tarde a propalarem falsamente que os papas eram contra o heliocentrismo. Naquele ano, o astrônomo Rheticus enviou para a gráfica o livro completo de Copérnico, De Revolutionibus ("As Revoluções"), cujo primeiro exemplar chegou às mãos de Copérnico em leito de morte em 1543. Provavelmente não teve consciência de que o seu prefácio dedicado ao Papa Paulo III fora substituído por outro anônimo, de Andreas Osiander (1498-1552), um pastor Luterano interessado em Astronomia, e que insistia sobre o caráter hipotético do novo sistema. Esse pastor também modificou o nome da obra para De Revolutionibus Orbium Coelestium ("As Revoluções do Orbe Celeste"). No livro, que tinha o texto já aprovado pelo Papa, Copérnico declarava e provava matematicamente que a Terra cumpria "uma revolução em torno do Sol, como qualquer outro planeta”. Fonte: http://www.ghtc.usp.br/server/Sites-HF/Egont-Schenkel/21_copernico.htm

Essa dedicatória omitida, acabou por colaborar com a falsidade de que os Papas eram contra a ciência.

Quem na verdade era contra Copérnico e a ciência, a qual chamava de “razão”, era Lutero, que assim se expressava: “O abade Copérnico surgiu, pretendendo que a terra girasse em torno do Sol.” - Lutero deu de ombros -“Lê-se na Bíblia que Josué deteve o Sol; não foi a Terra que ele deteve. Copérnico é um tolo.” (Funck-Brentano, Martim Lutero, Casa Editora Vecchi, 1956, 2a. ed. Pág. 145).

Deste modo Lutero via a ciência: “A razão é a prostituta, sustentáculo do diabo, uma prostituta perversa, má, roída de sarna e de lepra, feia de rosto (sic), joguemos-lhe imundícies na face para torná-la mais feia ainda.” (Funck-Brentano, Martim Lutero, Casa Editora Vecchi, 1956, 2a. ed. Pág. 217).

Como se vê os protestantes buscaram inverter os papeis, mas a história universal advoga contra estes.

1546 – Forjam a mentira da fixação das teses de Lutero: após a morte de Lutero, Melanchthon inventa a lenda em que Lutero teria fixado 95 teses contra a Igreja, no pórtico da igreja do castelo de Wittenberg. Os historiadores Gottfried Fitzer, Erwin Iserloh e Klemens Houselmann negam que isso tenha ocorrido. Do relato de Johannes Schneider, um criado de Lutero, é que se extraiu de maneira errada a notícia da afixação das teses. Não é encontrado, em seu manuscrito, nenhuma referência a este fato. Lê-se apenas: "No Ano de 1517, Lutero apresentou em Wittenberg-sobre­ o Elba, segundo a antiga tradição da universidade, certas sentenças para discussão, porem modestamente e sem haver desejado insultar ou ofender alguém." Ou seja, aquilo não passava de reles tese estudantil que até defendia o Papa, mas com alguns erros teológicos cometidos pelo autor, que foi em pouco tempo corrigido. (FITZER, Gottfried. Was Luther wirklich sagte, Verlag Fritz Molden, Wien-Muchen-Zurique, 1968.)

1546 – Plantam a mentira “a Igreja vendia lugares no céu”: esse embuste acusava o Papa de estar vendendo indulgências para construir a Basílica de São Pedro. Tudo falsidade que se desfaz mediante simples leitura das teses de Lutero, especialmente a de nº 50, que diz: “Deve-se ensinar aos cristãos que, se o papa soubesse das exações dos pregadores de indulgências, preferiria reduzir a cinzas a Basílica de S. Pedro a edificá-la com a pele, a carne e os ossos de suas ovelhas.” As acusações de que o perdão dos pecados foi vendido por dinheiro, independentemente de contrição, ou que a absolvição de pecados a ser cometidos no futuro poderiam ser comprados são infundadas. (Paulus, "Johann Tetzel", 103). Tetzel ", 103).

O que aconteceu de fato em 1517, foi a desobediência de um monge isolado, numa distante cidade alemã, longe do conhecimento do Papa em Roma, que teria cobrado pelas indulgências que são dadas gratuitas pela Igreja. Este monge era o Johann Tetzel, o mesmo foi punido disciplinarmente e morreu de desgosto adiante, inclusive sendo consolado magnanimamente por Lutero que antes o havia injustamente acusado de ter dito que uma indulgência comprada perdoaria até quem “violasse a mãe de Deus.”

Uma outra falsa frase que ilustra ainda hoje panfletos difamatórios diz: "Tão logo o dinheiro no cofre tilintar, a alma do purgatório sairá voando". A Bula Papal de indulgência não deu qualquer sanção para essa proposição. Foi uma opinião escolar vaga, refutada em 1482, e novamente em 1518, e certamente não é uma doutrina da Igreja, que foi assim indevidamente apresentada por difamadores como “verdade dogmática”. (consulta: Ludwig von Pastor , A História dos Papas, a partir do final da Idade Média, Francisco Kerr Ralph, ed., 1908, B. Herder, St. Louis, Volume 7, pp 347-348.)

1553 – Inventam a mentira que a Igreja proibiu a Bíblia: essa mentira dá conta que, o Papa Júlio III teria convocado três bispos que teriam optado por proibir a leitura da Bíblia visando “manter” a autoridade da Igreja. O autor desta farsa foi Pier Paolo Vergério (1498-1565), um protestante, grande inimigo da Igreja. O falsário na época, deu um jeito de colocar tal falsidade escrita dentro da Biblioteca Nacional de Paris, para dar-lhe ares de veracidade.

Recentemente o apologista católico Oswaldo Garcia deu-se ao trabalho de verificar isso junto àquela biblioteca e recebeu a seguinte informação: "O texto que procurais é uma crítica em estilo satírico, dirigida ao Papado e publicada em 1553 com o título "Consilium quorumdam apiscoporum Bononiae Congregatorum quod de ratione stabiliendae Romanae Ecclesiae Iulio III P.M. datum est". O seu autor Pier Paolo Vergério (1498-1565) Bispo de Modruch, e, depois, de Capo d'Istria, aderiu posteriormente à reforma protestante em 1549 aproximadamente, põe em cena Bispos que prestam conselho ao Papa Júlio III sobre a maneira de restabelecer a autoridade pontifícia". Às pessoas que interpelam esta instituição a respeito da autenticidade do documento, a biblioteca tem respondido: "É impossível que tal documento seja obra de alguma autoridade da Igreja Católica." Por sugestão do Garcia, esta informação foi publicada na revista "Pergunte e Responderemos" de novembro/2006, n. 533.

Veja, agora, uma norma católica de 1480, anterior à Revolta protestante, que por si só, seria suficiente para encerrar essa lenda que apregoa que a Igreja seria contra a Bíblia:

"Todos os cristãos devem ler a Bíblia com piedade e reverência, rezando para que o Espírito Santo, que inspirou as Escrituras, capacite-os a entendê-las... Os que puderem devem fazer uso da versão latina de São Jerônimo; mas os que não puderem e as pessoas simples, leigos ou do clero ... devem ler a versão alemã de que agora se dispõe, e, assim, armarem-se contra o inimigo de nossa salvação" (The publisher of the Cologne Bible [1480] ).

Bibliografia:
- Adolphe-Charles Siegfried, La Via et le travaux de Pierre-Paul Vergerio. Thése presentée [...] pou obtenir le grade de bachelier en théologie à la Faculté de théologie protestante de Strasbourg, Strasbourg, imprimerie de Vve Berger-Levrault, 1857

- Ugo Rozzo (a cura di), Pier Paolo Vergerio Il Giovane, um polemista attaterso l'Europa del Cinquecento, Atti del Convegnho intternazionale di studi, Forum Edizioni,2000.

1563 – Inventam a mentira que a Igreja teria acrescentado sete livros à Bíblia: era o final do Concílio de Trento, essa mentira foi plantada para desacreditar a Igreja e aquele Concílio feito para enfrentar a rebelião protestante. Sobre a Bíblia, tudo que houve neste concílio foi a pura confirmação do cânon dos 73 livros reafirmados nos concílios anteriores. Para desmascarar os propagadores dessa mentira basta mostrar-lhes que Santo Agostinho, no ano 397, em sua obra “Sobre a Doutrina Cristã, livro 2, cap. 8, 13” já aparece citando o cânon Bíblico de 73 livros : "... O cânon inteiro da Bíblia é o seguinte: os cinco livros de Moisés, ou seja, Gênese, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, ... Tobias, Éster e Judite, e os dois livros de Macabeus , ... , Sabedoria e Eclesiástico, ... Baruque, ..."

Na verdade os protestantes é que posteriormente arrancaram sete livros da Bíblia, as Bíblias dos reformadores continham os 73 livros, o próprio Lutero os traduziu na sua edição da Bíblia datada de 1534. Foi somente no século XIX que as Sociedades Bíblicas protestantes deixaram de incluir nos seus exemplares da Bíblia os sete livros deuterocanônicos.

Para confirmar de vez a mentira e a grave mutilação Bíblica feita pelos protestantes, basta conferir os livros da Bíblia de Gutemberg, impressa antes da reforma protestante e quase um século antes do Concílio de Trento, pois os livros Tobias, Judite, 1 Macabeus, 2 Macabeus, Sabedoria, Eclesiástico e Baruque que eles arrancaram estão lá. Este é o link direto, onde você pode ver escaneados todos os livros da Bíblia de Gutenberg e seu catálogo: http://prodigi.bl.uk/treasures/gutenberg/search.asp

Você poderá também, visitar a Biblioteca Nacional – Sede: Av. Rio Branco, 319 – Rio de Janeiro – CEP 20040-009 – Tel.: 55 21 3095 3879.

1563 – Chamam “apócrifos” os livros sagrados que excluíram das bíblias protestantes: essa manobra foi feita para justificar a exclusão dos sete livros: Tobias, Judithe, Sabedoria, I Macabeus, II Macabeus, Eclesiástico e Baruque, que contrariavam a recém criada religião protestante. Esses livros faziam parte da Bíblia Septuaginta usada pelos apóstolos, e vários destes foram encontrados integrando os escritos cristãos primitivos achados em 1947 no Mar Morto. Ao contrário do que dizem os protestantes, “Apócrifo” sempre significou: escritos de assunto sagrado não incluídos pela Igreja no Cânon das Escrituras autênticas e divinamente inspiradas. (Dicionário Enciclopédia. Encarta 99). Ou seja, “apócrifos” são os livros que ficaram fora do Cânon da Igreja Católica no século 4. Fica evidente que os protestantes para mais uma vez caluniarem a Igreja Católica, simplesmente resolveram chamar de “apócrifos”, os Livros Sagrados que começaram a rejeitar no século 16.


1567 –  Criam as falsidades sobre a Inquisição, Inventam todas as mentiras conhecidas hoje sobre o Tribunal Católico e forjam fantasiosos “instrumentos de tortura” que nunca existiram: o principal autor desses embustes, usava o pseudônimo de “Reginaldus Gonsalvius Montanus”, mas era na verdade o protestante Casiodoro de Reina (ou Reyna, no espanhol antigo). Ele reuniu todos os embustes num livro intitulado: “Uma reveladora e cabal descrição das várias práticas insidiosas da Santa Inquisição na Espanha”, publicado em 1567. Um ano depois foi traduzido para o inglês, francês, holandês e alemão. Foi sua obra que apresentou ao mundo a falsa imagem da inquisição que persistiu desde então enganando a todos até os dias de hoje.   Fontes: Revista “Águas Vivas” de maio/junho de 2009, Ano 10 · Nº 57 ; ( Relato colhido das informações do historiador Jaime Contreras e equipe, no documentário da BBC “o mito da inquisição espanhola”).

1685 – Criam a lenda de que o protestantismo teria surgido no dia da falsa fixação das teses de Lutero: como seria possível isso se Lutero ainda era católico e defendia o Papa naquelas teses, dizendo entre muitos outros muitos elogios: “Por isso, o Espírito Santo nos beneficia através do papa quando este, em seus decretos, sempre exclui a circunstância da morte e da necessidade.”(Tese nº 9).
Na verdade, foi ao final do século XVII, contexto da expansão militar de Luís XIV (que revogou o Édito de Nantes em 1685), que se começou a celebrar nos meios protestantes o dia de lançamento das teses de Lutero como um “marco de ruptura” com Roma. (Alexander Martins Vianna, Professor do Departamento de História da FEUDUC-RJ).

1819 – Caluniam que um “padre” traduziu a bíblia protestante para o português: no maior “conto do vigário” da história, João Ferreira de Almeida, um protestante adolescente de 16 anos de idade, de origem portuguesa (que não era padre coisa nenhuma, mas usava esse título para ganhar credibilidade), afirmava ter feito a primeira tradução em língua portuguesa da Bíblia, diretamente dos originais em hebraico e grego, o que não é verdade.

Este, nunca teve a mão os originais da bíblia, mas, escritos do séc. XVI. Também valeu-se de traduções católicas em vários idiomas, como atesta a Enciclopédia Wikipédia: “João Ferreira de Almeida lançou-se num enorme projecto: a tradução do Novo Testamento para o português usando como base parte dos Evangelhos e das Cartas do Novo Testamento em espanhol da tradução de Reyna Valera, 1569. Almeida usou também como fontes nessa tradução, as versões: Latina (de Beza), Francesa [Genebra, 1588] e Italiana [Diodati 1641] - todas elas traduzidas do grego e do hebraico. O trabalho foi concluído em menos de um ano quando Almeida tinha apenas 16 anos de idade.”http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Ferreira_de_Almeida

A tradução do NT do adolescente João Ferreira tinha tanto erro, que os revisores passaram quatro anos tentando corrigir o que ele fez em menos de um. Ele morreu em 1691, sem completar o VT, e outro continuou a desastrada missão. Antes de morrer, João Ferreira publicou uma lista de mais de mil erros em seu Novo Testamento, e Ribeiro dos Santos afirma serem mais. (Ribeiro dos Santos foi um importante historiador do protestantismo brasileiro. Ele era pastor presbiteriano).

Só em 1819 a bíblia completa de João Ferreira de Almeida foi publicada em um só volume pela primeira vez, com o título: “A Bíblia Sagrada, contendo o Novo e o Velho Testamentos, traduzida em português pelo Padre João Ferreira de Almeida, ministro pregador do Santo Evangelho em Batávia.(...)” .

Note que 128 anos depois da morte de João Ferreira, o continuaram chamando de “padre” no prefácio para agregar credibilidade a tal bíblia errática. Esta edição foi mais tarde reimpressa com a ressalva: “EDIÇÃO REVISTA E CORRIGIDA”, e depois novamente com: “ALMEIDA CORRIGIDA E FIEL”. Tais avisos significam, em bom português, que as edições anteriores estão sempre erradas.

1836 – Inventam a “Noite de São Bartolomeu” contra a Igreja: o alemão Giacomo Meyerbeer (1791- 1864 ) forja em 1836, uma ópera intitulada “Les Huguenotes” onde numa farsa musical, atribui a morte de protestantes (chamados huguenotes), envolvidos em brigas políticas como os reis em 1572, à Igreja Católica. Deram a esse episódio político o nome de “Noite de São Bartolomeu”, para sutilmente o vincularem a Igreja. Porém, não foi a Igreja e nem o Papa, e nem o alto clero francês que determinaram aquele massacre. Seria preciso lembrar que, antes, os protestantes haviam feito outros massacres de católicos, assassinado o Duque Francisco de Guise, destruído igrejas e profanado muitas vezes hóstias consagradas e destruído imagens. Os huguenotes eram uma bem pequena fração dos franceses, mas nessa minoria ínfima, se contavam inúmeros príncipes e personagens muito importantes que armavam os protestantes. Nesta tardia ópera, forjada 264 anos após os fatos, Meyerbeer vergonhosamente colocava o cardeal de Lorena, que no momento do massacre estava em Roma, a abençoar em Paris os punhais destinados à matança. Se a Igreja Católica de fato tivesse tido parte nisto, em 1593, o líder protestante huguenote, Henrique IV, que escapou do citado massacre, não teria se convertido voluntariamente e definitivamente ao Catolicismo. Consultas: DEVIVIER, Pe. W., SJ. Curso de Apologética Christã, 3ª ed., São Paulo: Melhoramentos, 1925, pp. 426-429; Enciclopédia Microsoft Encarta 99.

1858 – Inventam a mentira que as doutrinas católicas têm origens pagãs: o ministro protestante escocês Alexander Hislop, publica o mentiroso livro "A Duas Babilônias", onde alega que a religião da antiga Babilônia, sob a liderança do Nimrod e sua esposa, recebeu mais tarde disfarces de sonoridade cristã, transformando-se na Igreja Católica Apostólica Romana. Com efeito, existiriam duas "Babilônias": uma antiga e outra moderna (a Igreja Católica). É deste livro que dimanam os insultos protestantes que caluniam que as doutrinas católicas são pagãs, desde a hóstia até a celebração do Natal. Ainda hoje os vemos com tal insulto na ponta da língua.

Recentemente, o pastor, Ralph Woodrow, escritor protestante, reconheceu as acusações infundadas e retirou das livrarias e substitui seu livro que se baseava nas mentiras de Alexander Hislop. Aponta Ralph Woodrow: "É impressionante como ensinamentos infundados como esses circulam e se tornam críveis. Qualquer pessoa pode ir a qualquer biblioteca e consultar qualquer livro sobre a história antiga da Babilônia: nenhuma destas coisas poderá ser encontrada. Essas afirmações não possuem fundamento histórico; ao contrário, são baseadas em um monte de peças de quebra-cabeças sobre mitologia juntadas arbitrariamente.” (Confira em: http://www.ukapologetics.net/1hislopbaby.html )
Para entender as doutrinas católicas, bastava estudarem a Bíblia e a Patrística.

1883 – Forjam um sanguinário juramento e os atribuem aos jesuítas, para posar de perseguidos ao mundo: o escritor francês Charles Didier (1805-1864), forja em seu livro “Rome Souterraine”, um sanguinário “juramento” atribuindo-o aos jesuítas. Esse falso juramento, ainda mais carregado de brutalidades, continua sendo amplamente usado pelos protestantes em apostilas e na internet. No ano de 1912 no estado da Pensilvânia-EUA, eles o utilizaram alterado para ganhar uma eleição estadual contra o democrata católico, Eugene C. Bonniwell. Para ver a investigação que desmascarou a farsa, acesse:

1962 – Reúnem todas as calúnias e lançam o livro “Catolicismo Romano” repleto de falsidades: o protestante presbiteriano Loraine Boettner (1901-1990), lança o livro “Catolicismo Romano” que era conhecido como “A bíblia do Anti-catolicismo”. O livro continha quatrocentos e cinqüenta páginas com todos os tipos de distorções e mentiras sobre a Igreja Católica. Ainda hoje muitos protestantes fazem uso das falsidades constante naquele livro. O ministro protestante Scott Hahn distribuiu este embuste. Scott Hahn converteu-se ao catolicismo, provando ser o conteúdo do livro uma farsa. O cd do seu testemunho de conversão atingiu o maior número de cópias distribuídas em todos os tempos. O seu testemunho pode ser acessado aqui:

1963 – Aliam-se aos comunistas para injuriosamente fazer da Igreja Católica cúmplice do nazismo: o protestante Rolf Hochhuth, para macular o Papa Pio XII escreve a peça “O Vigário” (1963), onde criminosamente põe o Papa como colaborador de Hitler. Essa farsa culminou mais tarde no livro de John Cornwell, "O Papa de Hitler"(1999). Foi tudo de cabo a rabo uma criação da KGB. A operação foi desencadeada em 1960 por ordem pessoal de Nikita Kruschev. Pacepa foi um de seus participantes diretos. Entre 1960 e 1962 ele enviou a Moscou centenas de documentos sobre Pio XII. Na forma original, os papéis nada continham que pudesse incriminar o Papa. Maquiados pela KGB, fizeram dele um virtual colaborador de Hitler e cúmplice ao menos passivo do Holocausto. (leiam a história inteira aqui: http://www.nationalreview.com/articles/219739/moscows-assault-vatican/ion-mihai-pacepa ).
Desmoralizando estes difamadores: Albert Einstein (1879-1955), um refugiado do nazismo, e a primeira-ministra israelense Golda Meir (1898-1978), por exemplo, expressaram publicamente sua gratidão ao Santo Padre por salvar judeus do genocídio. Explicou à agência Zenit Gary L. Krupp, presidente da Fundação Judaica Pave The Way (PTWF): “Os judeus sobreviventes agradeceram pela oportunidade de saudar o Papa em alemão e italiano e de agradecer-lhe pela intervenção da Igreja Católica para salvar suas vidas durante a II Guerra Mundial.” (Fonte: http://www.zenit.org/article-18780?l=portuguese )

2003 – Lançam o filme “Lutero” recheado de mentiras e omissões: vendo o protestantismo definhar, tentam no cinema reabilitar Lutero, num tributo fantasioso ao pai da revolta protestante. Pois ainda que seus idealizadores tenham deixado de retratar fielmente a vida atribulada de Lutero, movidos claramente pela ideologia apaixonada que visou a reabilitação pública do monge alemão e o bem da Igreja luterana, usaram e abusaram do princípio escandaloso proposto pelo próprio Lutero: mentir a vontade, sem remorso, dizer boas e grossas mentiras! De antemão se sabia que o filme seria tendencioso, pois fora patrocinado por um fundo luterano milionário – Thrivent – bem como pela Federação Luterana. Mas o resultado ultrapassou em muito as piores perspectivas:

Do soberbo Lutero fizeram um religioso humilde, quando aquele na verdade dizia: "Cristo cometeu adultério pela primeira vez com a mulher da fonte [do poço de Jacó] de que nos fala São João. Não se murmurava em torno dele: Que fez, então, com ela? Depois, com Madalena, depois, com a mulher adúltera, que ele absolveu tão levianamente. Assim, Cristo, tão piedoso, também teve que fornicar, antes de morrer". (Lutero, Tischredden, Conversas à Mesa, N* 1472, edição de Weimar, Vol. II, p. 107, apud Franz Funck Brentano, Martim Lutero, Ed Vecchi Rio de Janeiro 1956, p. 15).

Do infiel Lutero, fizeram um homem leal, quando aquele dizia: "Eu tive até três esposas ao mesmo tempo." (Lutero). Dois meses após ter dito isto, Lutero se casa com uma quarta mulher, uma freira. (Guy Le Rumeur, La révolte des hommes et l'heure de Marie 1981, apud Lex Orandi: La Nouvelle Messe et la Foi - Daniel Raffard de Brienne 1983).

Do assassino Lutero, fizeram um santo, quando aquele dizia: "Eu, Dr. Martim Lutero, durante a rebelião matei todos os camponeses, porque fui eu quem ordenou que eles fossem mortos. Todo o sangue deles está sobre minha cabeça. Mas eu o ponho todo sobre Deus Nosso Senhor; pois foi ele quem assim me mandou falar!" ("Tischredden", Ed. Erlangen, Vol. 59, p. 284)

Jesus edificou Sua única Igreja sobre Pedro apóstolo (Mateus 16,18), nos ensinou que o Diabo é o pai da mentira (João 8,44), e príncipe deste mundo (João 12,31; 14,30; 16,11). Também nos ensinou que Ele, Jesus, é a verdade o caminho e a vida (Jo 14, 6), que sua Igreja é a coluna e fundamento da verdade (1 Timóteo 3,15) e que seu reino não é desse mundo (Jo 18, 36).

Não sendo o reino de Jesus deste mundo e Sua Igreja nesse mundo, a coluna e fundamento da verdade que conduz a Seu Santo reino, é natural que o Diabo, príncipe deste mundo, atue por meio da mentira contra a Igreja, usando os mais inesperados meios para que as almas a odeiem e neste mundo permaneçam para sempre.

Isto se confirma pelo que você acabou de ler. Observe que são exatamente essas mentiras e sabotagens históricas que moldam o DNA do protestantismo, que passa muito longe de ter sido uma revelação divina.

Deus tenha piedade!

Fonte: FIM DA FARSA

ANÁLISE: "TU ÉS KEPHA (PEDRA) E SOBRE ESTA KEPHA (PEDRA) EDIFICAREI... " (Mt 16,18)

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Análises do nome de S. Pedro Apóstolo e da passagem de
Mateus 16,18




NO ARAMAICO, temos duas palavras que designam os materiais rochosos:

1. Evna = Pedra;

2. Kepha ou, transliterado para o grego, Cefas = Rocha.

Em grego, assim como no aramaico, temos também duas palavras:

1. Lithos (λίθος), = Uma pedra pequena;

2. Petra (πέτρᾳ) = Rocha maciça; grande pedra (que é o equivalente de kepha).


Na Sagrada Escritura lemos como Jesus deu um nome novo ao pescador que se chamava Simão, e este nome foi Kepha (no aramaico original, em que Jesus e seus discípulos se comunicavam, e no qual certamente foi escrito originalmente o Evangelho segundo Mateus), transliterado como Cefas, que na tradução para o grego ficou Petrus, como podemos ver no Evangelho segundo João 1,42:

“Levou-o a Jesus, e Jesus, fixando nele o olhar, disse: 'Tu és Simão, filho de Jonas; serás chamado Cefas'(que quer dizer Pedro).”

É importante saber que em aramaico não há gênero, mas em grego sim. Por isso a palavra Petra, que é o equivalente a Kepha (Cefas) foi masculinizada para dar nome a um homem, o que deu origem a Petrus (e por fim a 'Pedro', no português), – mas o significado do nome, evidentemente, permaneceu o mesmo (rocha ou pedra grande); se uma tradução alterasse o significado do que foi dito, isto seria uma deturpação fundamental do sentido da fala do Senhor Jesus Cristo.

Esta realidade muito básica é atestada em todo o estudo formal e acadêmico das Sagradas Escrituras, inclusive nos principais léxicos protestantes, como podemos ver abaixo (grifos nossos).

• Concordância Strong:

"4074 – πετρος – Petros; Pedro = uma rocha ou uma pedra; 1) um dos doze discípulos de Jesus."

• Friberg, Analytical Greek Lexicon

Πέτρος, ου, ὁ – Pedro, nome próprio masculino dado como um título descritivo para Simão, um dos apóstolos (Mc 3,16); o significado do nome, 'a pedra', é provavelmente o equivalente grego de uma palavra aramaica transliterada como Κηφᾶς [Kephas – João 1,42].”

• Thayer, Greek Lexicon of NT

Πέτρος, Πέτρου, ὁ – Um nome próprio apelativo, o que significa 'uma pedra'; 'uma rocha'; 'rochedo'.”


Estamos tratando de um fato claríssimo. Não há polêmica ou discordância, ao menos entre estudiosos sérios, até aqui.

Outra nuance a ser observada é que na tradução para a língua portuguesa, a diferença entre "Pedro" (nome próprio) e "Pedra" (substantivo) não permite acentuar a força do original aramaico ou da tradução para o grego, nas quais são usadas palavras, tanto para o nome quanto para o objeto, que designam explicitamente a materialidade da rocha. O Concordância Strong, que é um dos léxicos bíblicos mais utilizados pelos protestantes brasileiros, define expressamente que Cefas ou Kepha significa "Rocha". Vejamos a citação literal (a tradução entre colchetes é nossa):

“03710 כף (Keph) – Procedente de 3721, grego 2786 – κηφας [Cefas]; DITAT – 1017; n m; – 1) Rocha; cavidade duma rocha.”


Mais uma vez, portanto, comprovamos que todos os principais especialistas, – católicos e não católicos, – confirmam que o nome de Pedro significa “Rocha” ou “Pedra” (com sentido genérico, sem definição de tamanho), sendo que na Bíblia Sagrada abundam as passagens que dão a Pedro o nome “Cefas”:

"Seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, seja a vida, seja a morte, seja o presente, seja o futuro; tudo é vosso," (1Cor 3,22)

"Acaso não temos nós direito de deixar que nos acompanhe uma mulher irmã, a exemplo dos outros Apóstolos e dos irmãos do Senhor e de Cefas?"(1Cor 9,5)

"E conhecendo Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as colunas, a Graça que me havia sido dada, deram-nos as destras, em comunhão comigo e com Barnabé, para que nós fôssemos aos gentios, e eles à circuncisão;" (Gl 2,9)


Entretanto, para a confusão e o desespero dos "evangélicos" mais radicais, que sustentam a estapafúrdia ideia de que na passagem de Mateus 16,18 Jesus teria se afirmado a si mesmo como Rocha e a Pedro como "pedrinha", – e, mais além, que essa suposta diferença conteria em si um importante significado teológico, – o texto literal da Bíblia também chama o próprio Senhor e Deus, Jesus Cristo em Pessoa, de “Lithos”; – a mesma palavra em gênero, número, grau e declinação que é usada para chamar as pedras que seriam arremessadas contra a mulher adúltera (cf. Jo 8,7) e das pedras que tomaram os incrédulos para atirar (pequenas, portanto) contra Jesus (cf. Jo 8,59):

Ὡς δὲ ἐπέμενον ἐρωτῶντες αὐτόν, ἀνακύψας εἶπεν πρὸς αὐτούς, Ὁ ἀναμάρτητος ὑμῶν, πρῶτον ἐπ᾽ αὐτὴν τὸν λίθον βαλέτω." (Jo 8,7)

Na tradução:

“Como insistissem na pergunta, Jesus se levantou e lhes disse: Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra.”


E novamente a mesma palavra, com o mesmo significado (aqui no plural):

"Ἦραν οὖν λίθους ἵνα βάλωσιν ἐπ᾽ αὐτόν· Ἰησοῦς δὲ ἐκρύβη, καὶ ἐξῆλθεν ἐκ τοῦ ἱεροῦ, διελθὼν διὰ μέσου αὐτῶν·" (João 8, 59)

Na tradução:

“Então pegaram em pedras para lhe atirarem; mas Jesus ocultou-se, e saiu do templo, passando pelo meio deles, e assim se retirou.”


Por fim, vemos a mesmíssima palavra sendo usada com sentido completamente diferente:
“Ὡς δὲ ἐπέμενον ἐρωτῶντες αὐτόν, ἀνακύψας εἶπεν πρὸς αὐτούς, Ὁ ἀναμάρτητος ὑμῶν, πρῶτον ἐπ᾽ αὐτὴν τὸν λίθον βαλέτω” (1Pd 2,4)

Na tradução:

“Achegai-vos a ele, Pedra viva que os homens rejeitaram, mas escolhida e preciosa aos olhos de Deus.”


Seria também Jesus uma "pedrinha", e não a grande Rocha da Salvação? Ou será que os fariseus e incrédulos tomaram rochas enorme para atirar contra a mulher adúltera e contra Jesus? A Bíblia não diz que eles tinham superforça...

O que fica inquestionavelmente demonstrado é que o texto sagrado usa a palavra traduzida como pedra sem distinção de tamanho ou de importância, como querem fazer parecer alguns. Não existe base ou sustentação alguma para se afirmar que “Petrus” signifique “pedra pequena”, pelo contrário: para especificar o tamanho a Bíblia utiliza outra palavra (a saber, lithos ou lithon), e mesmo assim isso não designa maior ou menor importância. A Primeira Carta de Pedro revela ainda mais:

"καὶ αὐτοὶ ὡς λίθοι ζῶντες οἰκοδομεῖσθε οἶκος πνευματικός, ἱεράτευμα ἅγιον, ἀνενέγκαι πνευματικὰς θυσίας εὐπροσδέκτους τῷ θεῷ διὰ Ἰησοῦ χριστοῦ" (1Pd 2,5)

Na tradução:

"Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo."


Mais uma vez, vemos que a mesma palavra, lithos, usada para Jesus (em 1Pd 2,4), é utilizada (no mesmo grau e gênero) para os demais cristãos. E, por incrível que pareça, mesmo assim, ainda existem "pastores" que insistem em alegar que o termo "rocha" ou "pedra" só pode ser utilizado para Jesus! São estes os grandes conhecedores da Bíblia que muitos andam seguindo...


Em outras passagens das Sagradas Escrituras, Jesus igualmente é chamado Petra, assim como Pedro (Petrus). Isto, entretanto, não tira a magnitude nem a exclusividade do Cristo como nossa única e maior Rocha da Salvação, – e nem da especial função de Pedro como Rocha da Unidade da Igreja, como reflexo ou imitação daquele que é seu Deus, Senhor e Mestre. Afinal, é isto que todo cristão deve ser: reflexo e imitação de Cristo. Tanto mais aquele que foi escolhido diretamente pelo Senhor para guiar o seu rebanho (cf. Jo 21, 15-17).

Aqui finalizamos a explicação sobre o nome de Pedro, e partimos para a apreciação aprofundada da passagem do Evangelho de Mateus (16,18) que é o tema central deste estudo e que, vista assim de perto, talvez surpreenda a muitos.


A tradução literal e fiel de Mateus 16,18: palavras que fazem toda a diferença

Com variações mínimas entre versões e edições, o que Nosso Senhor Jesus Cristo diz a Simão filho de Jonas, traduzido para o português (atenção para o trecho em negrito), é:
“Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.”


Em Grego, o texto é o que segue abaixo, com as mesmas palavras destacadas em negrito:

“κἀγὼ δέ σοι λέγω ὅτι σὺ εἶ Πέτρος, καὶἐπὶ ταύτῃ τῇ πέτρᾳ οἰκοδομήσω μου τὴν ἐκκλησίαν καὶ πύλαι ᾅδου οὐ κατισχύσουσιν αὐτῆς”


Vejamos no aramaico, – a língua original e primária deste Evangelho, – este mesmo trecho que destacamos em negrito (cf. Bíblia Peshita, tradução do grego para o aramaico do séc. V – lê-se da direita para a esquerda):

Veja que em aramaico não há diferença entre "Pedra" ou "Rocha" e o nome de Pedro


Agora analisaremos de modo especial duas palavras nesta frase, as quais fazem toda a diferença no sentido da expressão e que são literalmente o que chamamos de palavras-chave. Trataremos, a partir daqui, do que vai encerrar definitivamente a questão. Voltemos ao mesmo trecho escrito em grego:

“κἀγὼ δέ σοι λέγω ὅτι σὺ εἶ Πέτρος, καὶἐπὶ ταύτῃ τῇ πέτρᾳοἰκοδομήσω μου τὴν ἐκκλησίαν καὶ πύλαι ᾅδου οὐ κατισχύσουσιν αὐτῆς”

Note bem as duas palavras em negrito (ταύτῃ τῇque praticamente todas as versões (tanto católicas quanto protestantes) traduzem simplesmente pelo pronome demonstrativo “esta”. – O que não é errado, mas pode ser insuficiente para que os homens de mente fraca ou má vontade compreendam, no português, exatamente o que está sendo dito no idioma original, especialmente quando em torno do assunto se procura criar polêmica. Vejamos...

ταύτῃ (tauth) é o dativo feminino de οὗτος (outós), e sua tradução mais simples realmente seria “esta”, neste caso servindo para dar ênfase a algo previamente mencionado. τῇ (th) é também dativo feminino e o artigo da frase, ou seja, sua tradução seria “a”, como quando se diz "a" pedra, que não é o mesmo que dizer "uma" pedra. Se eu digo "a" pedra, estou me referindo a uma pedra específica, e se digo "uma" ou "alguma" pedra, estou me referindo a uma pedra qualquer, não específica. Ocorre, então, que as duas palavras juntas (ταύτῃ + τῇ) conferem o sentido deesta mesma”; “esta própria”.

Sim... Então, juntando o nome de Pedro, que foi previamente confirmado como Petra (Pedra ou Rocha, conforme atestado também nos léxicos protestantes, como vimos) podemos e, de fato, deveríamos, traduzir Mateus 16,18 da seguinte forma:

“Tu és Pedra e sobre esta mesma Pedra Eu edificarei a minha Igreja.”

Ou, ainda:

“Tu és Rocha e sobre esta mesma RochaEu edificarei a minha Igreja.”


Percebe agora, caro leitor, como a questão não é tão complexa como alguns querem fazer parecer? Como é perfeitamente possível comprovar o sentido real e insofismável do que a Bíblia realmente diz no Evangelho segundo Mateus, simplesmente prestando atenção ao que ali está escrito?



O Príncipe dos Apóstolos com as Chaves, Basílica de S. Pedro, Vaticano


A Pesca Milagrosa, por Rafael Sanzio (1483-1520)


Libertação de S. Pedro, por Bartolomé Esteban Murillo (1617 - 1682)

Aqui, uma pergunta que se poderia fazer, com certa justiça, seria: “Por que as Bíblias (especialmente as católicas) não trazem a tradução dada acima, que seria mais precisa e fiel ao texto original?”. E a resposta muito, muito simples, é esta: porque na tradução culta (e uma tradução da Bíblia precisa ser culta), o artigo (τῇ – th), do grego, depois de um pronome demonstrativo não precisa ser traduzido, pois está subentendido. Logo se traduz, comumente, somente o “esta”, e o sentido continua o mesmo.

Exemplificando, seria exatamente o mesmo caso, prezado leitor, se eu lhe dissesse: "você está usando gravata, e eu lhe digo que esta gravata é azul". Evidentemente, a gravata azul tem que ser a que você está usando, que eu mencionei antes, na mesma frase, e o complemento "mesma"é totalmente desnecessário numa asserção assim. Mais do que desnecessário, tornaria a frase até estranha: "você está usando uma gravata, e eu lhe digo que esta mesma gravata é azul".

Mesmo assim, São Jerônimo traduziu a passagem em questão, para o latim, com os seguintes termos: "Tu es Petrus et super hanc Petram aedificabo Ecclesiam meam”: o trecho em negrito seria igualmente traduzido por “sobre esta mesma Rocha", pois o "hanc" no latim tem igualmente o sentido de “esta mesma” ou “esta própria”. São Jerônimo, que falava fluentemente o grego koiné (bíblico), sabia muito bem o sentido real da passagem. Quando ele traduziu a vulgata, o koiné ainda era uma língua viva.

Finalizando, para que não fique realmente nenhuma dúvida a respeito das duas palavras que fazem toda a diferença, demonstraremos o fato de que ταύτῃ + τῇ têm o sentido literal de “esta mesma” usando a tradução protestante de João Ferreira de Almeida. – Como vimos, a maioria das passagens que contém estas duas palavras juntas não são assim traduzidas, simplesmente porque usando-se somente o pronome demonstrativo "esta" o sentido fica já claro, como no exemplo da gravata acima.

Então, abaixo, utilizamos a tradução de João Ferreira de Almeida, apenas para esgotar definitivamente a questão. O texto a ser analisado é o do versículo 23 do capítulo 27 do Livro dos Atos dos Apóstolos:

No grego:

"παρέστη γάρ μοι ταύτῃ τῇ νυκτὶ τοῦ θεοῦ, οὗ εἰμι [ἐγώ] ᾧ καὶ λατρεύω, ἄγγελος" (Atos 27,23)

Aí estão, novamente destacadas em negrito, exatamente as mesmas duas palavrinhas usadas por Jesus Cristo em Mateus 16,18. Pois bem, vamos à tradução de João Ferreira de Almeida ('Corrigida e revisada fiel') desta passagem:

"Porque esta mesma noite o anjo de Deus, de quem eu sou e a quem sirvo, esteve comigo." (Atos 27,23)


Aqui está o link para conferência. Por tudo o que vimos até aqui, podemos dizer com toda a clareza, cabeça erguida, em alto e bom tom e sem nenhum medo de errar, a quem quiser ouvir: PEDRO É A ROCHA sobre a qual o Senhor Jesus Cristo edificou a sua Igreja (e não 'as suas igrejas'), porque foi a este Apóstolo, e somente a ele, a quem o Senhor pessoalmente disse, exatamente nestes termos:

“TU ÉS ROCHA E SOBRE ESTA MESMA ROCHA EU EDIFICAREI A MINHA IGREJA.” (Mt 16,18)


Encerro este estudo em duas partes com um convite a uma breve reflexão. O fato simples, óbvio e concreto, para todo homem e mulher de boa vontade, é que não é preciso se perder em estudos linguísticos complexos nem em traduções de línguas estrangeiras antigas para compreender toda a questão. Além de toda a evidência gramatical, linguística e filológica, a própria estrutura da narração do Evangelho segundo Mateus (no cap. 16, vs. de 15 a 19) não permite uma diminuição do papel de Pedro na Igreja, de modo algum. Para confirmá-lo basta observar a forma na qual se estrutura o texto! Haveria algum sentido em Jesus dizer uma frase mais ou menos assim: “Bendito és tu, Simão, pois não foi a carne nem o sangue que te revelaram este Mistério, mas meu Pai, que está nos Céus. Por isso, eu te digo: és uma pedrinha insignificante, e sobre esta Pedra, que sou Eu mesmo, edificarei a minha Igreja... Eu te darei as chaves do Reino dos Céus, e tudo o que ligares na Terra será ligado no Céu, e tudo o que desligares na Terra será desligado no Céu”!?..

Querido leitor protestante/evangélico, será que isso realmente faz algum sentido para você?

Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. E quem tem entendimento para entender, entenda. Deus Pai, Filho e Espírito Santo nos guarde e salve no último dia.

________
Bibliografia:

• MALZONI, Cláudio Vianney. 25 Lições de Iniciação ao Grego do Novo Testamento, São Paulo: Paulinas, 2009.

• RUSCONI, Carlo. Dicionário de Grego do Novo Testamento, São Paulo: Paulus 2003.

• STRONG, James. Exaustiva Concordância – Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong, São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 2002.

• FRIBERG, Analytical Greek Lexicon.

• THAYER, Greek Lexicon Of NT.

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